domingo, 31 de outubro de 2010

UM ANJO VESTIDO DE MULHER

Sempre acreditei na existência dos anjos. E também creio que muitos deles aparecem-nos em forma humana: “Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos” (Hb 13.2). São seres espirituais enviados por Deus para proteger-nos. Mensageiros com a incumbência de servir aos santos. Uma tradição judaica diz que cada ser humano tem um anjo com as características do resguardado: “reconhecendo a voz de Pedro, tão alegre ficou, que nem o fez entrar, mas voltou correndo para anunciar que Pedro estava junto do portão. Eles lhe disseram: Estás louca. Ela, porém, persistia em afirmar que assim era. Então, disseram: É o seu anjo.” (At 12.14,15). Jesus diz que as crianças têm anjos que vêem a face do Pai: “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos. Pois eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus”. (Mt 18.10, grifo nosso).

A verdade é que alguns casais esperam ter filhos. Mas os meus avós maternos tiveram um anjo. Um anjo vestido de “mulher”. Diga-se de passagem: que mulher! Um ser tão divino e real. Criatura incomparável e sublime. Delineada pelo próprio Deus. Não sei se posso chamar esse anjo de “anjo-mãe” ou “mãe anjo”. Mas uma coisa eu sei: ela foi a criatura que Deus fez para me proteger enquanto esteve aqui na Terra. O meu anjo veio em forma humano-feminina.

Como a missão dos anjos não é para sempre na Terra, aprouve a Deus recolher o meu anjo da guarda. Não reclamo por isso, pois esse anjo me guardou poderosamente. Agora tenho um outro anjo. Alguém que estará para sempre comigo neste mundo.
Louvo a Deus por nos abrigar em seu colo. Agradeço ao Senhor por sua infinita bondade com que me agracia e me faz sentir realizado. Sua fidelidade e misericórdia duram para sempre.

Confesso que sinto muita saudade desse anjo que partiu para estar para sempre com Deus. Porém, sei que sua missão cumpriu-se aqui no habitat dos seres humanos. Sei também que o (a) verei novamente no céu de glória. Seres como esses são criados com um propósito específico: blindar-nos e nos defender. Não sei se posso chamar de “anjo-Raimunda” ou “Raimunda-anjo”. Outra coisa eu sei: eu tive o melhor anjo do mundo!

Valeu Deus, por ter me dado o maior anjo do mundo!


Nos laços do Calvário que nos une,
e no amor Daquele que envia anjos para nos proteger,
Rev. Luciano Paes Landim

COMUNHÃO É MAIS QUE BOLO E CAFÉ

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.” Atos 2.42

Uma das características da Igreja Primitiva era a comunhão. Comunhão significa “compartilhar ou ter tudo em comum”. Na caminhada da fé cristã a comunhão está profundamente ligada. Não existe divórcio nem dicotomia entre fé cristã e comunhão. A comunhão sem caminhada cristã, ou caminhada cristã sem comunhão deixa de ser koinonia para ser koinonite (koinonia refere-se à comunhão fraternal, enquanto que koinonite refere-se a uma doença relacional). A comunhão anda de mãos juntas com a jornada cristã. É uma condição indispensável para o caminhar com eficiência e eficácia.

A nossa comunhão com Deus depende muito de nossa comunhão com o próximo. A Bíblia diz que para recebermos o perdão de Deus, antes, precisamos perdoar o nosso próximo: “se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6.15). As Escrituras Sagradas também afirmam que para Deus aceitar a nossa oferta é preciso antes reconciliarmos com o nosso irmão: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus 5.23,24). Isto nos ensina que a verdadeira religião está embasada mais na direção horizontal do que na vertical: “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo” (Tiago 1.27).
Comunhão é mais que bolo e café. É mais que sentarmos juntos e tomarmos uma refeição. É viver a transparência do Evangelho. É ser verdadeiro com o próximo. É saber que nossas diferenças representam a multiforme sabedoria de Deus que nos complementam uns aos outros. Nossas diferenças não devem nos dividir, mas nos integrar. Comunhão não é simplesmente sentarmos e tomarmos um delicioso café e comer um bolo. É mais do que compartilhar o que temos. É compartilhar o que somos.

Comunhão é perseverar em buscar ser amigo dos nossos inimigos. É virar a outra face. É compartilhar a vida, a esperança, o perdão e o amor. Comunhão é insistir em partilhar o pão, não ter apenas momentos de caridade. É perseverar juntos na oração. É termos um só pensamento e um só coração.

Sejamos unidos na obra do Senhor, pois assim, avançaremos mais rápido e eficiente na proclamação do Evangelho. Devemos esquecer as nossas “diferenças” e agirmos com harmonia em favor do Reino de Deus.

Nos laços do Calvário que nos une,
e no amor Daquele que nos diz “ame o teu próximo como a ti mesmo”,
Rev. Luciano Paes Landim

LANÇAMENTO DA REVISTA MISSIONÁRIA “MISSIO DEI”

Estamos no mês de aniversário da Missão SAEM. No dia 21 de abril, comemoraremos 18 anos de existência da Sociedade de Apoio Evangelístico e ...