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conteúdo
geral da Bíblia é missionário. Missão nunca foi invenção ou produto humano,
pois vemos que este princípio partiu de Deus e está no centro da Bíblia. Se
Deus é um Deus Missionário e se a Bíblia é inspirada por Deus, logo, significa
que a Bíblia é um Livro Missionário. John Stott afirmou: “Por meio da Bíblia o
próprio Deus está evangelizando, isto é, comunicando as boas novas ao mundo.
Você deve estar lembrado da declaração de Paulo acerca de Gênesis 12.3, segundo
a qual ‘a Escritura [...] preanunciou o
evangelho a Abraão’ (Gl 3.8)”, continua: “Toda a Escritura prega o
evangelho. Deus evangeliza por meio dela”. A Bíblia é a nossa autoridade em
missão. Ela revela a mensagem do Evangelho, os motivos corretos para missão e
os objetivos e métodos que agradam a Deus. Todo trabalho missionário deve ser
fundamentado e dirigido pelas Escrituras Sagradas. Edison Queiroz disse: “A
Bíblia, desde Gênesis até o Apocalipse, é um livro missionário, a partir do
ponto de vista bíblico, o propósito de Deus é simplesmente reconciliar o homem
consigo mesmo. O problema é que muitas vezes estudamos a Bíblia, não para
buscar o propósito de Deus e sim para buscar respostas ou bases para nossas
ideias. Precisamos avaliar nossa hermenêutica[1]
a partir do ponto de vista dos propósitos de Deus”.
Greenway
cita o missiólogo europeu, Johannes Verkuyl, referindo-se ao Novo Testamento:
“Do começo ao fim, o Novo Testamento é um livro missionário. Ele deve sua
própria existência ao trabalho missionário das igrejas cristãs primitivas,
tanto a judia como a helenística. Os Evangelhos são ‘recordações vivas’ da
pregação missionária, e as Epístolas, mais do que uma forma de apologética
missionária, são instrumentos atuais e autênticos do trabalho missionário”.
Assim
sendo, é impossível entender devidamente missão no Novo Testamento sem
considerar suas raízes no Antigo Testamento. Russell Shedd disse: “A ordem de
fazer missões é muito clara no Novo Testamento, porém Jesus buscou no Antigo
Testamento a base para essa declaração. Se lermos a Bíblia toda sem observar
sua ênfase sobre missões, provavelmente a estamos lendo superficialmente, como
eu lia o Antigo Testamento, sem notar a centralidade do plano de Deus para as
nações. Agora penso de modo diferente. Foi uma mudança de paradigma para mim!”
1. A missão de Abraão (Gn 12.1-9);
2. A missão de Jonas (Jn 3.1-10);
3. A
missão de Jesus (Lc 19.10);
4. A
missão do Consolador (Jo 16.7-15);
5. A
missão dos doze (Mt 10);
6. A
missão dos setenta (Lc 10.1-12);
7.
As viagens missionárias de Paulo (At 13.1 ao 14.28; 15.36 ao 18.22 e 18.23 ao
20.28);
8. O
cumprimento da missão (Ap 5.9-14); e etc.
Vejamos
os quatro Evangelhos, segundo Roger Greenway, como “literatura missionária”:
1. O
Evangelho segundo Mateus foi escrito para os judeus, para ensiná-los sobre
Jesus e fazer deles a base para a missão da Igreja junto aos gentios;
2. O
Evangelho segundo Marcos foi um “tratado” missionário para os gentios que
precisavam de um breve relato sobre a vida e os ensinamentos de Jesus;
3. O
Evangelho segundo Lucas, um gentio convertido à fé em Jesus, escreveu para os
gentios como ele, os quais careciam saber que Jesus os queria em seu Reino
tanto quanto os judeus;
4. O
Evangelho segundo João foi escrito com o seguinte propósito missionário: “Para que creiais que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).
Portanto,
o maior exemplo de missão está no próprio Deus, que se fez carne e habitou
entre nós para salvar os perdidos (Jo 1.14; Fp 2.5-11). Missão está no centro
da Bíblia e deve estar no centro das nossas vidas. Pois, não há lugar mais
seguro do que o lugar em que Deus nos colocou.
Nos laços do Calvário que nos une,
Pastor Luciano Paes Landim.
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