Sempre acreditei na existência dos anjos. E também creio que muitos deles aparecem-nos em forma humana: “Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos” (Hb 13.2). São seres espirituais enviados por Deus para proteger-nos. Mensageiros com a incumbência de servir aos santos. Uma tradição judaica diz que cada ser humano tem um anjo com as características do resguardado: “reconhecendo a voz de Pedro, tão alegre ficou, que nem o fez entrar, mas voltou correndo para anunciar que Pedro estava junto do portão. Eles lhe disseram: Estás louca. Ela, porém, persistia em afirmar que assim era. Então, disseram: É o seu anjo.” (At 12.14,15). Jesus diz que as crianças têm anjos que vêem a face do Pai: “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos. Pois eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus”. (Mt 18.10, grifo nosso).
A verdade é que alguns casais esperam ter filhos. Mas os meus avós maternos tiveram um anjo. Um anjo vestido de “mulher”. Diga-se de passagem: que mulher! Um ser tão divino e real. Criatura incomparável e sublime. Delineada pelo próprio Deus. Não sei se posso chamar esse anjo de “anjo-mãe” ou “mãe anjo”. Mas uma coisa eu sei: ela foi a criatura que Deus fez para me proteger enquanto esteve aqui na Terra. O meu anjo veio em forma humano-feminina.
Como a missão dos anjos não é para sempre na Terra, aprouve a Deus recolher o meu anjo da guarda. Não reclamo por isso, pois esse anjo me guardou poderosamente. Agora tenho um outro anjo. Alguém que estará para sempre comigo neste mundo.
Louvo a Deus por nos abrigar em seu colo. Agradeço ao Senhor por sua infinita bondade com que me agracia e me faz sentir realizado. Sua fidelidade e misericórdia duram para sempre.
Confesso que sinto muita saudade desse anjo que partiu para estar para sempre com Deus. Porém, sei que sua missão cumpriu-se aqui no habitat dos seres humanos. Sei também que o (a) verei novamente no céu de glória. Seres como esses são criados com um propósito específico: blindar-nos e nos defender. Não sei se posso chamar de “anjo-Raimunda” ou “Raimunda-anjo”. Outra coisa eu sei: eu tive o melhor anjo do mundo!
Valeu Deus, por ter me dado o maior anjo do mundo!
Nos laços do Calvário que nos une,
e no amor Daquele que envia anjos para nos proteger,
Rev. Luciano Paes Landim
domingo, 31 de outubro de 2010
COMUNHÃO É MAIS QUE BOLO E CAFÉ
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.” Atos 2.42
Uma das características da Igreja Primitiva era a comunhão. Comunhão significa “compartilhar ou ter tudo em comum”. Na caminhada da fé cristã a comunhão está profundamente ligada. Não existe divórcio nem dicotomia entre fé cristã e comunhão. A comunhão sem caminhada cristã, ou caminhada cristã sem comunhão deixa de ser koinonia para ser koinonite (koinonia refere-se à comunhão fraternal, enquanto que koinonite refere-se a uma doença relacional). A comunhão anda de mãos juntas com a jornada cristã. É uma condição indispensável para o caminhar com eficiência e eficácia.
A nossa comunhão com Deus depende muito de nossa comunhão com o próximo. A Bíblia diz que para recebermos o perdão de Deus, antes, precisamos perdoar o nosso próximo: “se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6.15). As Escrituras Sagradas também afirmam que para Deus aceitar a nossa oferta é preciso antes reconciliarmos com o nosso irmão: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus 5.23,24). Isto nos ensina que a verdadeira religião está embasada mais na direção horizontal do que na vertical: “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo” (Tiago 1.27).
Comunhão é mais que bolo e café. É mais que sentarmos juntos e tomarmos uma refeição. É viver a transparência do Evangelho. É ser verdadeiro com o próximo. É saber que nossas diferenças representam a multiforme sabedoria de Deus que nos complementam uns aos outros. Nossas diferenças não devem nos dividir, mas nos integrar. Comunhão não é simplesmente sentarmos e tomarmos um delicioso café e comer um bolo. É mais do que compartilhar o que temos. É compartilhar o que somos.
Comunhão é perseverar em buscar ser amigo dos nossos inimigos. É virar a outra face. É compartilhar a vida, a esperança, o perdão e o amor. Comunhão é insistir em partilhar o pão, não ter apenas momentos de caridade. É perseverar juntos na oração. É termos um só pensamento e um só coração.
Sejamos unidos na obra do Senhor, pois assim, avançaremos mais rápido e eficiente na proclamação do Evangelho. Devemos esquecer as nossas “diferenças” e agirmos com harmonia em favor do Reino de Deus.
Nos laços do Calvário que nos une,
e no amor Daquele que nos diz “ame o teu próximo como a ti mesmo”,
Rev. Luciano Paes Landim
Uma das características da Igreja Primitiva era a comunhão. Comunhão significa “compartilhar ou ter tudo em comum”. Na caminhada da fé cristã a comunhão está profundamente ligada. Não existe divórcio nem dicotomia entre fé cristã e comunhão. A comunhão sem caminhada cristã, ou caminhada cristã sem comunhão deixa de ser koinonia para ser koinonite (koinonia refere-se à comunhão fraternal, enquanto que koinonite refere-se a uma doença relacional). A comunhão anda de mãos juntas com a jornada cristã. É uma condição indispensável para o caminhar com eficiência e eficácia.
A nossa comunhão com Deus depende muito de nossa comunhão com o próximo. A Bíblia diz que para recebermos o perdão de Deus, antes, precisamos perdoar o nosso próximo: “se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6.15). As Escrituras Sagradas também afirmam que para Deus aceitar a nossa oferta é preciso antes reconciliarmos com o nosso irmão: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus 5.23,24). Isto nos ensina que a verdadeira religião está embasada mais na direção horizontal do que na vertical: “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo” (Tiago 1.27).
Comunhão é mais que bolo e café. É mais que sentarmos juntos e tomarmos uma refeição. É viver a transparência do Evangelho. É ser verdadeiro com o próximo. É saber que nossas diferenças representam a multiforme sabedoria de Deus que nos complementam uns aos outros. Nossas diferenças não devem nos dividir, mas nos integrar. Comunhão não é simplesmente sentarmos e tomarmos um delicioso café e comer um bolo. É mais do que compartilhar o que temos. É compartilhar o que somos.
Comunhão é perseverar em buscar ser amigo dos nossos inimigos. É virar a outra face. É compartilhar a vida, a esperança, o perdão e o amor. Comunhão é insistir em partilhar o pão, não ter apenas momentos de caridade. É perseverar juntos na oração. É termos um só pensamento e um só coração.
Sejamos unidos na obra do Senhor, pois assim, avançaremos mais rápido e eficiente na proclamação do Evangelho. Devemos esquecer as nossas “diferenças” e agirmos com harmonia em favor do Reino de Deus.
Nos laços do Calvário que nos une,
e no amor Daquele que nos diz “ame o teu próximo como a ti mesmo”,
Rev. Luciano Paes Landim
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