sábado, 13 de abril de 2013

Pastores Sem Qualificações Bíblicas



Alguns entram no pastorado com motivações perigosas que causam prejuízos terríveis ao rebanho. Uns entram procurando adquirir estabilidade financeira, outros buscando status social, outros a necessidade de firmar-se como pessoa, outros o senso de obrigação e ainda outros por falta de opções. Entretanto, a motivação principal na vida de um pastor vocacionado e que tem qualificações bíblicas é o desejo de glorificar a Deus e cuidar do rebanho do Bom Pastor. Ninguém entra no ministério pastoral sem ser chamado e ninguém consegue sair quando é chamado.

Características de pastores sem qualificações bíblicas:

Algumas características de pastores sem qualificações bíblicas são: ausência de vocação, desleixo para com a família, ganância, ambição, descuido com a vida devocional (oração e estudo da Palavra), desprezo ao trabalho de visitação e aconselhamento, envolvimento com as coisas do mundo, descontrole, repreensibilidade, inaptidão para ensinar, violência, avareza, amizade com contendas, politicagem, prepotência, péssimo testemunho dos de fora, etc.
O fato é que há muitos “pastores” sem qualificações bíblicas. Neste artigo, abordarei o tema na perspectiva positiva mostrando algumas características dos pastores bíblicos.

A vocação pastoral:

O ministério pastoral não é uma profissão. É uma vocação sublime acompanhada de missão. Ela é divina (Ef 4.11), pessoal (At 9.15), soberana (Rm 11.34,35), definitiva (Lc 9.62) e eficaz (Rm 8.30). É confirmada pela igreja (At 16.1,2) e imprescendivelmente, por Deus (Jr 1.4-10). Antes de alguém exercer o pastorado deve-se observar se há habilidades (Ef 4.11-12), anseio (1Tm 3.1) e um estilo de vida íntegro (1 Pe 1.15-16). O vocacionado deve corresponder a chamada pastoral com humildade (Mt 11.28-30), obediência (At 26.19) e submissão (1 Co 7.17) confiando totalmente no poder de Deus, tendo sua vida coerente com sã a doutrina e compreendendo que sua comissão vem de Deus, não de si mesmo. Lembrando que sua convicção da chamada lhe conserva firme na rota do seu ministério. Ou seja, a chamada para o ministério não é questão de escolha. Os pastores não escolhem serem pastores. Deus é quem escolhe homens para pastorearem suas ovelhas.

A escola pastoral:

O problema reside no fato de que não estamos preparando pastores, mas “ordenando” pastores despreparados ou não vocacionados. É indispensável, além da vocação divina, que o pastor tenha adequada preparação para desempenhar sua função. A realidade é que os que estão sendo treinados para o ministério defrontam-se com o desafio de determinar o papel bíblico de um obreiro. Ou seja, a preparação para o ministério é uma jornada multifacetada, um processo vasto que incide em diversas fases. O treinamento para o ministério exige o cumprimento de algumas etapas de treinamento destacadas na exortação de Paulo a Timóteo (ver 1Tm 4.12-16): vida moral (1Tm 3.2,3), vida familiar (1Tm 3.4,5), maturidade (1Tm 3.6) e reputação (1Tm 3.6).

O conhecimento bíblico:

Há muitos que estão sendo ordenados pastores sendo que nunca leram a Bíblia inteira nenhuma vez. Oito de cada dez pastores de nossa nação só leem a Bíblia quando vão preparar sermões. Assim, o propósito de adquirir conhecimento bíblico não é o prestígio pessoal ou respeito acadêmico. A motivação para reunir conhecimento bíblico e literalidade teológica deve nascer, antes de qualquer coisa, de uma sede de conhecer a Deus (Fp 3.8-10). Ou seja, antes de pedirmos a Deus para nos usar, devemos pedir ao Senhor para se revelar a nós. Portanto, o pastor deve encher sua mente com a Palavra de Deus, assim, ele será controlado por ela. Um pastor cheio das Escrituras liderará com convicção, ensinará com autoridade, pregará com paixão e pastoreará com cuidado.

Assim sendo, o bom pastor quer o bem das ovelhas. O mau pastor quer os bens das ovelhas. Ninguém entra no pastorado sem ser chamado e ninguém consegue sair do pastorado quando se é chamado. Pastores com qualificações bíblicas são o que as igrejas mais necessitam.

Pense nisto!

Nos laços do Calvário que nos une,
Luciano Paes Landim.

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