É
bom enfatizar que, louvar é uma coisa, tocar é outra. Você pode ser o mais
perfeito músico do planeta, mas se não houver louvor, Deus não aceita. É
verdade que o louvor pode conter música, mas nem sempre a música contém louvor.
Louvor é mais que música. A música é algo que pode ser usado no louvor, porém,
o louvor não é limitado à música. Isto significa que o músico deve ser um
adorador na vida antes de se colocar frente ao povo de Deus. Louvar a Deus
significa reconhecê-Lo, agradecê-Lo e exaltá-Lo. E isto deve ser feito através de uma vida piedosa,
santa, obediente e temente a Deus.
Louvamos
a Deus através da música, mas também louvamos a Deus por intermédio da oração,
leitura e pregação da Palavra, jejum, santificação, família, alimentação,
lazer, trabalho, estudo, etc (1 Co 10.31). O louvor a Deus não se limita apenas
a cantar. O mesmo abrange muito mais. É um estilo de vida, fundamentado nas
Escrituras, onde o Senhor é glorificado não somente pelo que cantamos, mas
também por ações, atitudes e comportamentos. Ou seja, é servir, amar, doar,
vigiar, trabalhar, etc. O cristão que não é um bom funcionário onde trabalha, não
está louvando a Deus. O cristão que é aluno, porém, não é um bom aluno (comporta-se mau), não
está louvando a Deus. Cristão que gasta o dinheiro compulsivamente não está louvando
a Deus, mas ao dinheiro. Tudo isso é consequência de uma interpretação
deficiente e distorcida que se fazem das Escrituras onde muitos criam uma visão dualista da
fé onde trabalho e faculdade é secular e igreja é sagrada. Entretanto, para o
cristão tudo é sagrado. Trabalhar, estudar, divertir-se, administrar
corretamente o dinheiro, exercitar-se, cantar, orar, pregar, jejuar e
etc. é sagrado. Neste contexto dualista de mundo, canta-se muito, mas louva-se
pouco.
Portanto,
o louvor por intermédio da música é reverente e envolve quebrantamento e
prostração. Não é uma “adoração extravagante” como está em moda em nosso país.
A adoração bíblica é em espírito e em verdade (Jo 4.24). Até mesmo porque a
palavra “extravagante” significa “delirante, aloucada, esdrúxula, esquisita,
excêntrica e insensata”. A adoração e louvor na Bíblia exprimem “prostração,
reverência, temor, amor, devoção, exclusividade a Deus”. Louvar a Deus é muito
mais que cantar apaixonadamente. É glorificar ao Senhor com uma vida honesta e
pura.
Nos laços
do Calvário que nos une,
Luciano
Paes Landim.
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