Esboço de Sermão
Jo
13.34-35
Introdução:
1.
Em breve Jesus deixaria os discípulos
(Jo 13.33: “Filhinhos, ainda por um pouco estou
convosco...”), mas antes quer legar tesouros espirituais aos seus
seguidores: seu amor, sua alegria e sua paz.
2.
O amor é uma das marcas dos salvos.
Fomos salvos para amar o próximo.
3.
O propósito real da nova vida em
Cristo é o amor fraternal (1Pe 1.22).
4.
O amor é a marca característica do
cristão e a prova evidente do discipulado.
5.
Por que devemos amar o próximo? Qual é
o modelo de amor ao próximo? Qual é a evidência de que estamos amando o
próximo?
I. A ordem do novo mandamento: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros...”
(v. 34a):
1.
O “novo mandamento” é a essência de
todos os “velhos” mandamentos da lei (Rm 13.8-10): “A
ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos
outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás,
não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento,
tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não
pratica o mal contra o próximo; de sorte
que o cumprimento da lei é o amor.”
2.
Tg 2.8,9 ensina que a “lei régia”
expressa concretamente o amor no modelo de Cristo, amando como Ele nos amou: “Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem; se, todavia, fazeis acepção
de pessoas, cometeis pecado, sendo arguidos pela lei como transgressores.”
3.
Não havia nada de novo a respeito do
mandamento para amar, uma vez que Lv 19.18 nos ensina: “amarás
o teu próximo como a ti mesmo”. O elemento novo aqui é composto de duas
partes:
a)
A mudança do termo “próximo” para “uns aos
outros”.
b)
A mudança da expressão “a ti mesmo” para “uns aos
outros”.
4.
Com seu ensino e com seu exemplo,
Jesus dar uma nova profundidade de significado ao “novo mandamento”.
II. O padrão do novo mandamento: “... assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos
outros” (v. 34b):
1.
O amor fraternal é o amor de escolha
(não de sentimento) que satisfaz os outros em suas necessidades e se estende
até o seu limite.
2.
A natureza do amor fraternal (1Pe 1.22):
“Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à
verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns
aos outros ardententemente.”:
a)
Genuíno: (v. 22) “não fingido”.
b)
De coração: (v. 22) “amai-vos de coração”.
c)
Ardente: (v. 22) “uns aos outros ardentemente”, significa
“intensamente, intimamente, fortemente, profundamente”.
3.
O nosso padrão é o amor de Cristo por
nós.
4.
O amor cristão segue o modelo do
sacrifício amoroso de Cristo
a)
Jo 3.16: “Porque Deus
amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
b)
1Jo 3.16: “Nisto
conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida
pelos irmãos.”
5.
Tertuliano relata que em seu tempo (um
século depois que o evangelho de João foi publicado) os pagãos diziam acerca
dos cristãos: “vejam como eles se amam!” E eles não estavam falando de mero
amor superficial, porque ele continua: “Como estão prontos a morrer uns pelos
outros!”
III. O cumprimento do novo
mandamento é a evidência do discipulado: “Nisto
conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”
(v. 35):
1.
O amor sobrenatural dos cristãos seria
um dos principais atrativos entre os mundanos para levá-los a Cristo. Amar é
evangelizar.
2.
O amor ao próximo é o sinal
inconfundível dos seguidores de Cristo (1Jo 4.7-8): “Amados,
amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama
é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois
Deus é amor.”
3.
A comunidade dos discípulos é o
contexto principal no qual esse amor é expresso.
4.
Russell Shedd: “O amor mútuo dentro da
família de Deus é o sinal mais claro do poder regenerador.”
Conclusão e Aplicações
1.
Ilustração:
O espião chinês que se converteu. O amor
converte as pessoas!
2.
Auxiliando:
prestar assistência aos irmãos que necessitam (emprego, conselho, levar alguém
ao hospital, ajudar com uma sexta básica, etc.).
3.
Orando:
a oração é a nossa arma secreta. Devemos orar uns pelos outros.
4. Congregando: Em nossas reuniões podemos socorrer e acolher
uns aos outros.