domingo, 26 de agosto de 2012

Espelhos Que Refletem a Glória de Deus


Esboço de Sermão

2 Co 3.18

Introdução:
1. Refletindo a glória do Senhor:
a) Significa experimentar a sua presença, o seu amor, a sua justiça e o seu poder através da oração e do Espírito Santo, quando permanecemos Nele e na sua Palavra.
b) Isto resulta em sermos transformados à sua semelhança (Cl 1.15; Hb 1.3).
c) Na presente era, essa transformação é progressiva e parcial. Quando, porém, Cristo voltar, nós o contemplaremos face a face, e a nossa transformação será completa (1 Jo 3.2; Ap 22.4).
2. Contexto imediato: 2 Co 3.12-18.
3. Contexto remoto: Êx 34.29-35.

Divisões:

I. “todos nós”:
a) Aquilo que, no AT, aconteceu com Moisés passa a ser, agora, no NT, um privilégio de todo o povo de Deus.
b) Não somente Moisés, ou os profetas, apóstolos e pregadores, mas todos os cristãos.
c) Uma experiência característica dos crentes da nova aliança é descrita aqui.

II. “com o rosto desvendado”:
a) Na nova aliança, os cristãos não têm nada mais obstruindo a visão deles de Cristo e sua glória, como revelado na Escritura.
b) Diferente de Moisés (v. 13).

III. “contemplando, como por espelho”:
a) A ênfase de Paulo aqui não é tanto na qualidade de reflexão do espelho, mas na observação exata que ele possibilita. Uma pessoa pode colocar um espelho na frente do seu rosto e ter uma imagem desobstruída. Na época de Paulo, os espelhos eram metais polidos, e, portanto, ofereciam um reflexo muito aquém do perfeito. Embora a visão não esteja obstruída e seja familiar, os cristãos não veem uma representação perfeita da glória de Deus agora, mas a verão um dia (1Co 13.12).
b) Ou “refletindo” (como em um espelho). Moisés cobria o seu rosto com o véu a fim de esconder a glória que desvanecia. Paulo permanecia descoberto diante das pessoas com o rosto desvendado, sabendo que a glória da nova aliança nunca iria diminuir, mas somente aumentar. Do mesmo modo, os crentes agora se mostram desembaraçadamente diante do mundo, “refletindo” na própria vida a glória de Cristo. Longe de manifestarem glória temporária, os crentes refletem uma glória sempre crescente à medida que são transformados progressivamente à semelhança de Cristo.

IV. “a glória do Senhor”:
1. Essa glória refletida do Senhor não é algo que os cristãos só experimentam passivamente.
2. Pelo contrário, eles refletem a glória de Cristo como um exercício que é ativo e que coincide com o processo da santificação.

V. “somos transformados”:
a) Uma transformação contínua e progressiva (Rm 12.2).
b) “Transformados”: Mudar a realidade interior para outra diferente.
c) As outras aplicações dessa palavra grega no Novo Testamento se referem à transfiguração de Cristo (Mt 17.2; Mc 9.2), e à contínua transformação dos crentes pela renovação de suas mentes (Rm 12.2).

VI. “de glória em glória”:
a) De um nível de glória a outro nível de glória – de um nível de manifestação e Cristo a outro.
b) Esse versículo descreve a santificação progressiva. Quanto mais os cristãos crescem no conhecimento de Cristo, mais ele se revela na vida deles (Fp 3.12-14).

VII. “na sua própria imagem”:
a) Enquanto contemplam a glória do Senhor, os cristãos são, de maneira contínua, transformados à semelhança de Cristo. O objetivo final do cristão é ser como Cristo, e na medida em que ele concentra-se continuamente em Cristo, o Espírito o torna cada vez mais à imagem de Cristo.
b) Uma referência ao crescimento da pessoa ao longo de sua vida à semelhança de Cristo. Trata-se de um crescimento moral e espiritual que Paulo chamou de “a crescente glória”. Os crentes estão sendo restaurados a uma semelhança cada vez maior à imagem de Deus, imagem essa que foi desfigurada na queda de Adão.

VIII. “como pelo Senhor, o Espírito”:
1. Como Moisés se voltou para Deus, assim nós nos voltamos para o Senhor e derivamos dele nossa glória mediante a operação do Espírito Santo (ver v. 17).
2. “Toda a nossa transformação é operação do Senhor no Espírito e por meio dele”.
3. Paulo conclui dizendo que todos os crentes refletem a glória do Senhor quando são transformados na sua imagem.

Conclusão:
1. 2 Co 3.18 (Nova Bíblia Viva): “E todos nós, no entanto, não temos um véu sobre nosso rosto e podemos ser espelhos que refletem claramente a glória do Senhor. À medida que o Espírito do Senhor trabalha dentro de nós, somos transformados com glória cada vez maior, e tornamo-nos mais e mais semelhantes a ele.”
2. O próprio Cristo é a glória de Deus na plenitude do seu fulgor (Hb 1.3); dele é a glória eterna que não desvanece, a qual tinha com o Pai antes de haver mundo (Jo 17.5).
3. Nós, que cremos, somos feitos participantes dessa glória ao sermos paulatinamente transformados na semelhança de Cristo.
4. Sejamos espelhos que refletem a glória do Senhor em casa, na escola e faculdade, no trabalho, na rua e no mundo inteiro.

Bibliografia Consultada:
Bíblia de Estudo de Genebra. Edição Revista e Ampliada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.
Bíblia de Estudo MacArthur. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2010.
Bíblia de Estudo NTLH. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2008.
Bíblia de Estudo NVI, org. geral Kenneth Barker. São Paulo, SP: Editora Vida, 2003.
Bíblia Shedd, ed. responsável Russel Shedd. São Paulo, SP: Edições Vida Nova, 2009.


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