sexta-feira, 1 de março de 2013
O Propósito de Deus de Alcançar Todos os Povos
“A palavra de Deus não é apenas para consumo interno, é também, para exportação.” Willian Freel
A Bíblia inteira mostra o desígnio claro e intenso de Deus de alcançar todos os povos. A promessa do Salvador em Gênesis 3.15 foi dada aos pais de toda a raça humana: Adão e Eva. Isto nos mostra o plano abrangente de Deus desde o início. A aliança de Deus com Noé abarca seus três filhos, não excepcionalmente Sem. Em Abraão, compreendemos a eleição do mesmo para ser o pai duma nação com desígnio universal. É esclarecido mais ainda na aliança com Moisés que Israel era um povo escolhido de Deus para servir as nações (Isaías 40-44): para ser sacerdote de Deus no mundo (Êxodo 10.4-6). A aliança de Deus com Davi e Salomão mostra também sua amplidão mundial. Nos Salmos é mostrado que Deus é merecedor de todo louvor, de todas as nações. Nos profetas, o anúncio da glória de Deus é a evidência de que o seu Nome deve ser anunciado e temido entre todos os povos. Nos Evangelhos, Cristo é o mensageiro, a mensagem e o método de Deus para o anúncio das boas novas de salvação. Ele é o Missionário por excelência. Em Atos dos Apóstolos nos é apresentado o Espírito Santo como o Espírito Missionário e também o exemplo dos primeiros missionários cristãos. Nas Epístolas encontramos a forma de apologética missionária, instrumentos atuais e legítimos do trabalho missionário. Em Apocalipse, vemos o clímax missionário e a certeza do êxito da obra do Senhor. Ou seja, missões é central na Bíblia. Do início ao fim, missões fundamenta-se na Palavra de Deus.
Entretanto, apesar de a Bíblia expressar tudo isso de maneira clara a todos que a lêem, tendo sido o primeiro livro impresso e o livro mais vendido no mundo, ainda assim, das cerca de 6.700 línguas existentes no mundo, apenas 2.508 tem um trecho da Bíblia traduzido. A Bíblia completa está disponível somente em 459 línguas. O Novo Testamento pode ser encontrado somente em 1.213 línguas. Cerca de 840 línguas têm uma porção da Bíblia traduzida (um Evangelho, por exemplo). Ou seja, restam mais de 4 mil línguas no mundo que não têm nenhum trecho da Bíblia em tradução, que são faladas por cerca de 350 milhões de pessoas e são consideradas minoritárias por serem faladas por um número reduzido de pessoas. No Brasil, dezenas de tribos indígenas não têm nenhum contato com o evangelho. Graças à parceria entre a SIL (Associação Internacional de Linguística) e SBB (Sociedade Bíblica do Brasil), e também outras entidades, a igreja tem avançado na proclamação e tradução das Escrituras e assim está sendo possível evangelizar os índios brasileiros. A esperança avança à medida que o evangelho é proclamado.
Outro problema, além da não tradução das Escrituras em muitas línguas, é a negligência daqueles que as tem traduzidas em sua própria língua, no entanto, não as lêem devocional e constantemente. Os cristãos devem reafirmar a inspiração, inerrância, autoridade e suficiência das Escrituras. A Bíblia é divina, não contêm erros, é a nossa única regra de fé e prática e é suficiente para sabermos tudo o que necessitamos fazer para glorificar e obedecer a Deus. Isto significa que ao vivermos a Palavra de Deus seremos avivados e urgentes na proclamação do evangelho no mundo todo, a todas as pessoas. Se não estamos fazendo a obra missionária como deveria ser é porque não estamos crendo nas Escrituras. John Stott disse: “Toda a Escritura prega o evangelho. Deus evangeliza por meio dela”. Se Deus evangeliza por intermédio da Bíblia, logo significa que Deus é Missionário, então, nós cristãos também devemos ser missionários. Stott ainda afirma: “Sem a Bíblia, a evangelização mundial é impossível. Sem a Bíblia não temos nenhum evangelho para anunciar às nações, nenhuma garantia para ir até elas, nenhuma ideia de como ir e realizar a tarefa, e nenhuma esperança de sucesso. O grau de compromisso da igreja com a evangelização mundial é medido com o grau de sua convicção da autoridade da Bíblia. Quando os crentes perdem sua confiança na Bíblia, eles também perdem o zelo pelo evangelismo. Por outro lado, quando confiam na Bíblia, ficam determinados a evangelizar”.
Precisamos estar atentos às palavras de Stott quando diz “quando os crentes perdem sua confiança na Bíblia, eles também perdem o zelo pelo evangelismo. Por outro lado, quando confiam na Bíblia, ficam determinados a evangelizar”. Ou seja, necessitamos urgentemente voltar as nossas vidas para as Escrituras Sagradas e crer nelas como autoridade de Deus. Somente Elas poderão nos mostrar o caminho do avivamento que é evidenciado pela proclamação do evangelho. Somente a Bíblia poderá reformar e edificar o nosso coração e nos proporcionar vida e esperança em Jesus Cristo. Devemos lê-la de coração aberto, praticá-la com/em toda a vida e anunciá-la até o último povo da face da terra.
Nos laços do Calvário que nos une,
Luciano Paes Landim.
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