Pensando sobre a obra
missionária, tenho meditado sobre três pontos:
Primeiro, como um
pastor local e professor de teologia, sinto-me no dever de me comprometer com
missões no que refere ao despertamento e capacitação missionária. Sinto-me na obrigação
de conscientizar e preparar as ovelhas e os alunos no que tange à obra de
missões. Entendo que o pastor, por ser o líder da igreja local, tem o papel de
engajar a igreja na obra evangelística local e mundial.
Segundo, tem pessoas
querendo fazer missões à distância. Sim, eu disse “fazer missões à distância” e
não “fazer curso de missões à distância”. Orar e ofertar para missões não é fazer
missões à distância (se é que existe isso). Muitas pessoas acham que orar e
ofertar é o suficiente. É claro que sem oração e sem o sustento financeiro fica
inviável a obra de missões, porém, a questão não é somente receber as notícias
dos missionários e interceder/ofertar pelos os mesmos. É preciso se comprometer
com o evangelismo e o discipulado individual e coletivo, seja perto ou
longe, local ou mundial. Precisamos ter igrejas missionais e missionárias, isto
é, igrejas que façam a diferença onde estão e que enviem missionários aos
campos não alcançados. Mas, não podemos esquecer-nos de orar consistentemente e
levantar recursos para missões.
Terceiro, não podemos
fazer missões semipresencialmente, isto é, evangelizar os povos e não
discípulá-los, ir de vez em quando ao campo missionário. O trabalho precisa ser
consistente, presente, atuante e contextual. Uma das maiores tragédias que podemos
cometer no campo missionário é a evangelização sem o discipulado. É como uma
mãe que dar à luz, mas não quer assumir a criança (amamentar, cuidar, dar
banho, vestir, proteger e etc. o bebê). Missões é a evangelização com o
propósito de discipular, amadurecer e fazer multiplicar aqueles discípulos que
foram alcançados com o evangelho, e isto só é possível com a implantação de
igrejas saudáveis.
Nos laços do
Calvário que nos une,
Luciano Paes
Landim.