domingo, 8 de abril de 2012

A Objetolatria


Um dos erros da Igreja Católica foi substituir Cristo pela objetolatria e fetichismo. Ela colocou o objeto no centro da adoração como se o contato com Deus dependesse de uma emanação estampada num determinado objeto que transmitisse poder. A religião que atribui poderes sobrenaturais a objetos inanimados como se a presença da divindade estivesse incorporada neles é o animismo.
Mas, qual o sentido de denunciarmos os erros do catolicismo, quando o evangelicalismo se corrompe cada vez mais? O que Martinho Lutero faria se presenciasse a prática evangélica atual? O que João Calvino diria da pregação evangélica moderna, da teologia da prosperidade e do comércio da graça?

Algumas igrejas que se dizem evangélicas também já adotaram essa prática. Isto pode ser observado em reuniões onde são utilizados objetos, tais como: sal grosso, sabonete ungido, fita vermelha, pulseiras, rosa amarela, réplicas da Arca da Aliança e do candelabro. Outra prática supersticiosa é tentar imitar os objetos de culto do Antigo Testamento (arcas, candelabros, querubins, etc.) como se Deus aceitasse tais fotocópias.

A superstição não somente é algo estúpido, mas também é uma afronta a Deus. A objetolatria está em páreo com a egolatria entre muitos evangélicos. Tudo isso é decorrência da falta de entendimento. A igreja de Jesus não pode ser igreja sem a Palavra de Deus. Não existe igreja sadia sem a confirmação da Palavra de Deus revelada nas Santas Escrituras. Cultuar a Deus sem o amparo da Palavra revelada é se perder na sociedade do maligno. O problema do nosso tempo é que abandonamos a Palavra que glorifica a Deus, edifica a igreja e salva os pecadores, substituindo-a por entretenimento social e valorizando mais o espetáculo da fé do que o mover verdadeiro do Espírito Santo, para simplesmente massagear o nosso ego.

Assim sendo, é necessário voltar às origens, ou seja, olhar para a Palavra de Deus como regra divina de fé e prática, que não pode ser modificada em conjectura alguma e não esquecermos de que o Espírito Santo não faz nada em detrimento das Escrituras. Coisas estas que não fazem parte de uma sociedade que perdeu a essência da mensagem do evangelho de Jesus Cristo.

Nos laços do Calvário que nos une,
Rev. Luciano Paes Landim.

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