23 jun 2012Paquistão
Por quase quatro anos, cristãos de todo o mundo têm orado por Aasiya Noreen, também conhecida como Aasiya Bibi.
Como a primeira mulher a ser condenada à pena de morte pela lei de blasfêmia do Paquistão, ela destaca a situação atual dos direitos humanos e da dignidade no sistema legal deste país.
Seus longos anos de prisão não foram um mar de rosas. Para sua própria segurança, a Portas Abertas no Paquistão, têm sido cautelosa ao dar informações sobre sua situação àqueles que fazem perguntas e querem ajudá-la de alguma forma. Por questões de segurança, sua própria família foi forçada a se esconder, sua vida pessoal foi atingida em todos os sentidos. A unica informação que temos é de que ela continua presa e tem pouco ou nenhum contato com outras pessoas. Quaisquer advogados ou ativistas que se envolvam em seu caso, colocam ainda mais risco à vida de Aasiya, assim como à sua família.
A Igreja no Paquistão é muito grata aos cristãos ao redor do mundo que fielmente oram por Aasiya. Enquanto sua situação continua instável, e dois homens (ministros) foram mortos por falar contra a injustiça da lei de blasfêmia, o fato é que ela ainda está viva, e isso é resposta de oração.
Ao longo dos anos a lei de blasfêmia tornou-se cada vez mais perigosa e cruel aos cristãos e outras minorias na República Islâmica. Mais de 4.000 casos de blasfêmia foram registrados pelos tribunais desde 1978.
Aasiya é um caso clássico. Quando as comunidades se cansam dos cristãos em seu meio ou simplesmente quando querem tomar as posses de uma minoria, fazem uma lavagem cerebral sobre os perigos de ter esses 'infiéis' por perto. Uma vez que a acusação de blasfêmia foi realizada e o caso registrado, há pouca esperança de evitar a prisão.
Aasiya foi, por semanas e meses, torturada emocionalmente e sofreu insultos por parte dos muçulmanos locais. Fontes locais dizem que à Aasiya foi negada água do poço e a permissão para usufruir dos grãos durante a colheita. Foram esses ataques contra a sua fé que a levaram a questionar o Islã e a defender suas próprias crenças.
Aasiya não é apenas uma pobre figura atrás das grades. Ela é uma mulher, uma esposa, uma mãe, uma irmã, e uma filha. A igreja que ora por ela precisa se lembrar que ela é uma mulher real, e que tudo o que enfrenta no seu cotidiano é real.
Infelizmente, não há nenhuma "nova" informação sobre o caso Aasiya Bibi. Ultimamente, uma onda de informações superfíciais tem surgido no Paquistão e no exterior, mas dificilmente qualquer uma delas é confiável. Como as informações não são comprovadas, divulgá-las pode colocar Aasiya em risco, por isso as equipes de campo são cautelosos ao divulgar informações sobre ela.
Embora os políticos e líderes do governo queiram resolver a situação de Aasiya, uma questão crucial permanece sem resposta: "Quem realmente controla o país"? O presidente, o Primeiro-Ministro ou os membros do Parlamento? Ou os grupos radicais como o Talibã e a Al Qaeda?
No contexto de um país dilacerado pela violência e pelo terrorismo, a história de Aasiya Bibi passou a representar as necessidades de outros cristãos que buscam justiça e socorro. Sua história mostra à igreja local e à Igreja ao redor do mundo a necessidade de não deixar de orar e de acreditar na libertação de Aasiya, e de milhões de outros cristãos, que passam pelas mesmas dificuldades.
Pedidos de oração
• Louve a Deus pela vida Aasiya Bibi, seu testemunho corajoso de não negar a Cristo mesmo na prisão.
• Ore para que, Aasiya Bibi seja visitada por Jesus dentro da prisão, e que as orações dos irmãos por ela possam fazê-la espiritualmente livre, quebrando as cadeias do isolamento, medo e desesperança, assim como Paulo e Silas experimentaram em Atos 16.
• Ore para que caso de Aasiya Bibi vai seja usado por Deus de alguma forma, para reverter os esforços de Satanás de intimidar os cristãos do Paquistão, que ao invés disso a fidelidade de Deus se mostre ao Seu povo.
Leia o livro CRISTÃOS SECRETOS e saiba mais sobre o cotidiano de cristãos que vivem em países de maioria muçulmana, como o Paquistão.
Fonte: Portas Abertas
Tradução: Marcelo Peixoto
Link: http://www.portasabertas.org.br/noticias/2012/06/1610856/
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