
(Esboço de aula preparado para a turma de “Teologia Pastoral II” do CETADEB em São Sebastião/DF para o 25/06/12).
1. A tese preliminar na prática do aconselhamento pastoral é esta: O que almejamos, precisamente, com o ministério de aconselhamento pastoral? Bancar o psicólogo? Dissimular o profissional? Dominar as pessoas? Impor nosso ponto de vista? Ou instruir as pessoas verdadeiramente na Palavra Deus?
2. O conselheiro pastoral necessita de um espaço para estudo da Palavra e outro para atendimento pastoral com privacidades.
3. Um espaço físico necessário: “Ora, Moisés costumava tomar a tenda e armá-la para si, fora, bem longe do arraial; e lhe chamava a tenda da congregação. Todo aquele que buscava ao SENHOR saía à tenda da congregação, que estava fora do arraial.” (Ex 33.7).
4. O conselheiro pastoral deve evitar trabalhar na sala de casa: não se traz pessoas para dentro da intimidade do lar para aconselhamento.
5. O lar deve manter-se puro, e o conselheiro cristão deve manter sua família longe dos “negócios” da igreja e dos assuntos espirituais dos irmãos.
6. O lar é lugar da privacidade da família.
7. A importância do gabinete pastoral: espaço para oração e estudo da Palavra e liderança eclesiástica.
8. O ministro da Palavra precisa de tempo para se dedicar ao estudo da Palavra, oração e pastoreio (ver At 6.1-7).
9. O conselheiro pastoral deve preservar as conversas de gabinete.
10. O conselheiro pastoral é um depositário de informações e confidências que não devem ser partilhados, às vezes, nem com a esposa.
11. O conselheiro pastoral deve evitar conversas do gabinete pastoral no púlpito.
12. Ao aconselhar, o pastor descobre as necessidades do rebanho, vê as carências do povo e assim diagnostica seu estágio espiritual, como também vê por onde deve andar no ensino do púlpito.
13. “O gabinete pastoral é um termômetro que indica algumas enfermidades da igreja, e assinala para o pastor o que ele deve pregar, se deseja a terapia que vem da Palavra de Deus” (Isaltino Gomes Coelho Filho).
14. A tarefa do conselheiro pastoral não é de ajudar os pecadores a viverem bem com seus pecados, mas “anunciar todo o conselho de Deus” (At 20.27).
15. O conselheiro pastoral deve ter a postura de aceitação da pessoa e cultivar a imagem (que deve corresponder à realidade) de ser uma pessoa confiável.
16. “Se você almeja ser um conselheiro cristão, estas duas virtudes são indispensáveis: aceitação da pessoa e manutenção de sigilo” (Isaltino Gomes Coelho Filho).
17. O conselheiro pastoral deve se preparar antes do aconselhamento.
18. “Seja amigável, mas evite a intimidade e o excesso de camaradagem que pode impedir sua ação como conselheiro pastoral” (Isaltino Gomes Coelho Filho).
19. Se o aconselhamento for a longo prazo, faça anotações.
20. A área do aconselhamento em muitas igrejas tem se divorciado da Palavra de Deus. Aconselhamento pastoral sem base bíblica não é cristão.
21. O conselheiro pastoral deve lembrar que a autoridade última é da Bíblia e não da Psicologia.
22. O conselheiro pastoral deve ser zeloso no uso da Bíblia.
23. O conselheiro pastoral não pode aceitar os padrões psicológicos que atribuem todas as nossas mazelas a doenças. Todo aconselhamento pastoral deve ser guiado pelas Escrituras.
24. O perfil do conselheiro pastoral:
a) Biblicidade;
b) Empatia;
c) Respeito;
d) Sigilo;
e) Sobriedade (etc).
25. Algumas atitudes necessárias ao conselheiro pastoral:
a) Proceder sem preconceito quando aconselha;
b) Evitar dar ordens;
c) Cultivar objetividade e não ser envolvido emocionalmente;
d) Saber filtrar o que está sendo dito;
e) Conduzir biblicamente todo o processo de aconselhamento pastoral.
Nos laços do Calvário que nos une,
Rev. Luciano Paes Landim.
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