“mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” Atos 1.8
Jesus prometeu enviar o Espírito Santo, o outro consolador, ao subir ao céu. O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trindade, ou seja, Ele é Deus. O Espírito Santo demonstraria o seu controle sobre a vida deles por meio de manifestações especiais: um som de vento impetuoso, surgimento de formas de língua de fogo e o falar em línguas estrangeiras (Atos 2) . A presença do Espírito Santo era uma prova da obra divina nas vidas das pessoas:
“E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu” (1 João 3.24).
“Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito” (1 João 4.13).
A missão dos apóstolos de difundir o Evangelho foi a razão principal para a qual o Espírito Santo os capacitou. Esse acontecimento alterou dramaticamente a história mundial, e a mensagem do Evangelho por fim chegou a todas as partes da terra (Mt 28.19-20). Sem o Espírito Santo não há poder. Sem poder não há testemunho. Sem testemunho não há avanço até aos confins da terra. O Espírito Santo é a fonte apropriada de ânimo e conforto no sofrimento missionário. É impossível haver um convertido sequer sem a transformação operada pelo Espírito Santo. Charles Spurgeon dizia que é mais fácil ensinar um leão a ser vegetariano do que converter um coração sem a obra regeneradora do Espírito Santo.
Aqui está uma lição bem clara: o missionário não deve confiar em si mesmo, mas no Espírito Santo. A suficiência missionária vem de Deus.
Vejamos algumas operações do Espírito Santo:
a) Ele convence do pecado, da justiça e do juízo:
“Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).
b) Ele opera o novo nascimento:
“Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (João 3.5).
c) Ele testifica que somos filhos de Deus:
“O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8.16).
d) Ele purifica o coração:
“Ora, Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo o Espírito Santo a eles, como também a nós nos concedera. E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração (Atos 15.8-9).
e) Ele derrama o seu amor em nós:
“Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Romanos 5.5).
f) Ele nos reveste para sermos testemunhas:
“mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1.8).
g) Ele nos transforma:
“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Coríntios 3.18).
O propósito principal do derramamento do Espírito Santo é o recebimento de poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto Cristo ordenou: discipulado. Sua finalidade é fazer Cristo conhecido entre todos os povos para a alegria de todas as gentes.
Todavia, é necessário também entender que havia abismos tenebrosos nos relacionamentos entre judeus e samaritanos. Eles se consideravam inimigos irreconciliáveis. Para resolver este problema era necessário o poder do Espírito Santo para perdoarem uns aos outros. Cristo manda que preguem também aos samaritanos.
Assim, uma igreja cheia do Espírito é tudo de que Deus precisa para fazer uma transformação.
Vejamos o modelo de uma igreja cheia do Espírito Santo (ver Atos 2.42-47):
a) Depois que a igreja ficou cheia do Espírito Santo sua vida refletiu isso e o mundo foi impactado.
b) A plenitude do Espírito foi percebida através da solidez na doutrina dos apóstolos, do engajamento na oração, da comunhão fraternal, da adoração fervorosa e do testemunho irrepreensível.
c) Uma igreja cheia do Espírito tem bom testemunho dos de dentro e também dos de fora.
O Espírito Santo revela e torna mais real para nós a presença pessoal de Jesus (ver João 14.16-18). Uma comunhão pessoal com o próprio Jesus Cristo brotará num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Senhor e Salvador. A ausência do poder do Espírito Santo na vida da igreja explicava os seus fracassos e revela a sua desobediência missionária.
Portanto, entendemos que:
O Espírito Santo é quem separa os missionários para o campo. É o Espírito Santo quem define quem vai e quem não vai para o campo missionário:
“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (Atos 13.2).
O Espírito Santo quer o melhor. A igreja local deve enviar os seus melhores para a obra missionária, pois o Deus Missionário quer o melhor em sua obra, a nata dos membros (ver novamente, acima, Atos 13.2).
O Espírito Santo envia por intermédio da igreja. O instrumento do Espírito Santo para o envio é a igreja local. A missão é apenas possível e eficaz se realizada no e através do Espírito Santo:
“Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram. Enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre” (Atos 13.3,4).
Deste modo, não há missões sem a presença e a ação do Espírito Santo.
Nos laços do Calvário que nos une,
Pastor Luciano Paes Landim.
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