Esboço de Sermão
Ap 3.14-22
Introdução:
1.
Para
corrigir a igreja de Laodiceia, Jesus levou em conta o contexto que a mesma
vivia.
2.
Características
de Laodiceia:
a)
Rica
e possuidora de terras férteis ao seu redor.
b)
Possuidora
de um dinâmico comércio e uma posição privilegiada no sentido financeiro.
c)
Porém,
perdia para as cidades vizinhas em outras áreas. Não havia nela suprimentos de
água; esta vinha de uma fonte que ficava a certa distância e, provavelmente,
chegava a seu destino morna, através de pequenos canos de barro.
3.
Estava
localizada entre duas grandes e conhecidas cidades da região:
a)
Hierápolis: Ficava ao
norte. Conhecida em toda região por suas fontes de águas quentes, sobre as
quais se dizia possuírem poderes medicinais e terapêuticos, usadas por pessoas
com problemas ósseos, reumáticos, respiratórios e tantos outros. Era um lugar de cura e terapia para o corpo.
b)
Colossos: Ficava ao sul.
Era ainda mais conhecida, pelas suas fontes de águas frias, uma espécie de
oásis, no verão, para onde as multidões afluíam. Na entrada da cidade havia uma
inscrição com os dizeres: Lugar de
Refrigério.
4.
Laodiceia
era morna. A água morna e barrenta causava vômito.
5.
Jesus
desejava que a igreja de Laodiceia fosse quente ou fria. Fria como a água de
Colossos (que tivesse a função de refrigério ou quente como a água de
Hierápolis (que tivesse a função terapêutica de trazer alívio aos aflitos).
(v. 15): “Conheço as tuas obras” – Jesus nos conhece por dentro:
1.
O
texto utiliza a expressão “erga” para obras. “Erga” se refere a atos puramente
pessoais.
2.
Não
se trata de grandes realizações ou façanhas, mas da rotina da vida diária.
3.
Jesus
está dizendo: “Conheço a sua rotina fora do templo. Conheço sua vida além das
máscaras. Conheço o seu caráter”.
4.
A
maquiagem pode até esconder alguns dos nossos defeitos diante dos outros,
porém, jamais os encobre diante de Deus. Se preciso for, façamos uma cirurgia
plástica para corrigir as nossas imperfeições com o Grande Cirurgião: Jesus.
5.
Deus
não se impressiona com nossos ministérios e obras. O que Ele espera de nós é
santidade e fidelidade. Espera caráter e verdade, ao invés de resultados e
reputação.
6.
A
Bíblia nos conduz a tratarmos o coração antes de nos envolvermos na missão.
(v. 15): “que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!” – Jesus sabe quando somos pessoas espiritualmente indiferentes:
1.
Uma
igreja indiferente é uma igreja que vive de aparência. É uma igreja que causa enjôos
em Jesus. Dá ânsia de vômito.
2.
Água
morna é repulsiva, serve somente para ser cuspida fora.
3.
A
igreja indiferente é morna. A igreja morna é aquela que cede com o mundo e, em
procedimento, se assemelha à sociedade ímpia ao seu redor.
4.
Alfredo
dos Santos Oliva disse: “Podemos passar um verniz de crente em nossas vidas e
até convencer as pessoas de que somos supercrentes, mas não vamos conseguir
enganar a Deus, que tudo vê e tudo conhece”.
5.
Uma
igreja que não faz o que é errado, mas que também não faz o que é certo para a
glória de Deus, está fora de foco.
6.
A
igreja deve buscar intimidade com Deus e olhar para dentro de si e para o mundo
que está ao seu redor.
(v. 17): “pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” – Jesus sabe quando somos pessoas espiritualmente arrogantes:
1.
A
autoconfiança e segurança da igreja de Laodiceia eram definitivamente falsas.
2.
Os
crentes da igreja de Laodiceia consideravam-se ricos, porém, eram
espiritualmente pobres.
3.
De
tão envolvida e submergida com as coisas materiais, essa igreja não reconhecia
a sua verdadeira situação. O pecado do orgulho a transformava em uma igreja
estéril, sem vida.
4.
A
autossuficiência desta igreja ao demonstrar “não
preciso de nada...”, configurava a sua grande soberba e ao mesmo tempo seu
próprio drama.
5.
A
suficiência da igreja vem de Cristo.
(v. 18): “Aconselho-te que de mim compres outro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas” – Jesus nos chama para uma conversa séria sobre nossa espiritualidade:
1.
Ela
estava orgulhosa do seu ouro, roupas e colírio. Mas era pobre, nua e cega. Os
seus membros pensavam que sua religião ia bem, todavia, eram mendigos apesar de
seus bancos, cegos apesar de seus pós frígios e nus apesar de suas fábricas de
tecidos.
2.
“que de mim
compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres”: a verdadeira
riqueza está em Deus.
3.
“vestiduras
brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua
nudez”:
Uma igreja fervorosa é uma igreja vestida de vestes brancas (santidade), onde
sua vergonha não é exposta.
4.
“e colírio para
ungires os olhos, a fim de que vejas”: Uma igreja fervorosa
tem a visão de Deus.
5.
Uma
igreja fervorosa é:
a)
É
uma igreja que tem vida em Deus, espiritual e não mundana e materialista.
b)
Uma
igreja vestida de vestes brancas (santidade), onde sua vergonha não é exposta.
c)
Uma
igreja em que foi restaurado o ardor missionário tem a visão de Deus, e não a
visão humana.
(v. 19): “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te” – Jesus nos corrige quando trilhamos o caminho de uma espiritualidade descomprometida:
1.
Jesus
nos corrige quando trilhamos o caminho de uma espiritualidade descomprometida.
Ele nos chama a uma mudança de vida. Ele não desiste da igreja, pelo contrário,
demonstra misericórdia ao repreendê-la e discipliná-la. Sua atitude em relação
à igreja não era punitiva, mas disciplinadora e corretiva.
2.
Cristo
chama os cristãos complacentes, negligentes, inertes, indiferentes e coniventes
com o mal a mudarem de vida. Ele corrige a quem ama: “porque o Senhor corrige a quem ama...” (Hb 12.6).
3.
A
pedra precisa ser lapidada para brilhar. A igreja de Laodiceia precisava
arrepender-se, ou seja, dar as costas à religiosidade de aparências, de faz de
conta, de mornidão.
4.
Assim,
hoje, devemos nos arrepender de nossa mornidão e passarmos a ter zelo pela
glória de Deus. Cristo ainda nos convida para que nos arrependamos e sejamos
restaurados a uma posição de fé, justiça e comunhão (v. 18,19).
5.
Ilustração: Galinha e o
Porco.
(v. 20): “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”: Jesus nos convida para uma relação de intimidade:
1.
Aqui
não se trata de um texto evangelístico, para pecadores se arrependerem.
Trata-se de um convite à igreja, para ter comunhão com Jesus. Aqui Jesus nos
convida para uma relação de intimidade.
2.
No
mundo antigo, era costume entre os judeus compartilhar uma refeição como sinal
de confiança, afeição, intimidade e lealdade.
3.
O
contexto dessa passagem revela uma admoestação explícita e direta aos crentes
que se iludem com suas próprias conquistas e aquisições ou com uma
religiosidade formal, e abandonam o leal relacionamento com Cristo e o dedicado
amor ao próximo.
4.
Observe
que Cristo, o Senhor da igreja, está do lado de fora. A igreja não tem comunhão
com ele.
5.
Ilustração: O Menino
Paulinho.
6.
Algumas
características importantes da adoração (Jo 4):
a)
A
adoração exige exclusividade (4.22): “Vós
adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos; porque a salvação
vem dos judeus.”
b)
A adoração não se restringe a uma localidade (4.20 e
21): “Nossos pais adoraram neste monte, e
vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus:
Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis
o Pai.”
c)
A adoração é um estilo de vida (4.23 e 24): “Mas a hora vem, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai
procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o
adoram o adorem em espírito e em verdade.”
Conclusão e Aplicações:
1.
A
visão de Laodiceia sobre si mesma estava errada. Ela pensava ser rica e era
pobre, ter visão e era cega. A igreja de Laodiceia era uma igreja sem missão,
com as mãos fora do arado.
2.
Novamente,
como Cristo estava procurando entrar na Igreja de Laodiceia, que leva o seu
nome, mas que não contava com um único crente sequer, está também buscando
entrar em nossas igrejas. É necessário tão somente reconhecermos a nossa
falência espiritual e responder com fé salvadora. Deus tem avivamento para sua
igreja!
3.
Para
sermos uma igreja fervorosa é preciso que mantenhamos uma vida de intimidade
diária com Jesus.
4.
Para
sermos uma igreja fervorosa é preciso que trabalhemos na formação e treinamento
de líderes que sejam verdadeiros modelos de espiritualidade fervorosa e
comprometida.
5.
Para
sermos uma igreja fervorosa é preciso que estimulemos o serviço amoroso aos
necessitados da igreja local e da comunidade externa.
6.
Quero
desafiá-lo a responder com mais intensidade o chamado de Deus para sua vida.
7.
Ponho
diante de você a possibilidade de atender com responsabilidade ao chamado para
ser um seguidor de Jesus e um proclamador das boas novas de salvação através de
sua vida, obras e palavras.
8.
Que
a sua vida seja um instrumento para a glória de Deus.
Nos laços do Calvário que nos une,
Luciano Paes Landim.
Nos laços do Calvário que nos une,
Luciano Paes Landim.
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