Esboço de Palestra
(Palestra ministrada na manhã do domingo 26 de janeiro de 2014, na Igreja Cristã Evangélica da Aliança em São Sebastião/DF).
Sl
150.6
1.
É
possível louvar a Deus sem música? Como se portariam os músicos na igreja se o
“ministério de louvor” não tivesse música? Músico na igreja é o mesmo que
levita? O que é o louvor a Deus? O louvor liberta mesmo? O que Deus espera dos
músicos? O que Deus não espera dos músicos?
2.
A
música que estamos escutando ou cantando tem consistência e coerência moral e
teológica tanto na letra como na melodia? Qual o intento que está por trás da
música? Ela transmite a mensagem bíblica? Glorifica a Deus (1Co 10.31)? Oferece
o que é mais nobre e melhor (Fp 4.8)?
I. A música tem um valor inestimável:
1.
É
uma arte presente tanto no céu como na terra.
2.
Nos
motiva a despejar o coração em fervente louvor ao único Deus verdadeiro.
3.
Tem
uma extensão vertical (glorificar a Deus) e uma extensão horizontal (levar as
pessoas a confiar em Deus).
4.
Não
deve ser pobre em conteúdo, mas rica em teor bíblico.
5.
Deve
moldar nossa visão de mundo pela verdade bíblica e nos ensinar o significado da
Palavra de Deus.
II. Muitos se interessam pela música,
porém, poucos pelo louvor a Deus com música:
1.
Louvar
é uma coisa, tocar é outra.
2.
Você
pode ser o mais perfeito músico do planeta, mas se não houver louvor, Deus não
aceita.
3.
É
verdade que o louvor pode conter música, mas nem sempre a música contém louvor.
4.
O
músico deve ser um adorador na vida antes de se colocar frente ao povo de Deus.
Louvar a Deus significa reconhecê-Lo, agradecê-Lo e exaltá-Lo.
5.
Louvar
a Deus é ter uma vida piedosa, santa, obediente e temente a Deus.
III. Muitos insistem em dizer que
músico é levita:
1.
Não
temos mais levitas.
2.
A
Bíblia relata que existiam levitas envolvidos com a música no antigo Israel. No
entanto, nem todos os levitas eram músicos.
3.
A
música no serviço levítico era a menor das tarefas. Alguns levitas cuidavam de
outras atividades cultuais, como o sacrifício, tarefas administrativas e
operacionais.
4.
Músico
na igreja não é o mesmo que levita. Levitas eram os membros da tribo de Levi.
5.
Com
a morte e ressurreição de Cristo, o sacerdócio levítico tornou-se caduco.
6.
Vale
lembrar que em nenhum lugar do Novo Testamento encontramos referência de que
líderes de música, cantores ou instrumentistas sejam considerados como levitas
do Senhor.
7.
Algumas
coisas que os ditos “levitas” de hoje se esqueceram:
a)
De
circuncidar o prepúcio.
b)
Das
maldições destinadas à Israel explícitas em Dt 28.15...
c)
De
raspar os pelos do corpo como esclarece Nm 8.7.
d)
De
abandonar as suas casas e mudarem para as cidades determinadas (Nm 35.2) em
Israel, se ainda existirem.
IV. O “mercado gospel”:
1.
Heber
Carlos de Campos: “A adoração moderna é planejada para atrair pessoas (os
consumidores de música contemporânea) ao invés de ser promovida para que as
pessoas levantem os olhos para o céu para cultuar corretamente o verdadeiro
Deus... Antes que verdadeiros adoradores, estamos vendo pessoas preocupadas com
o consumo musical e litúrgico, querendo ouvir o que lhes agrada, e não o que
agrada a Deus”.
V. O show tem que parar:
1.
Subir
no altar e fazer imitação de crente não é louvor, é show, ou melhor, rascunho
de show mal feito.
2.
É
uma grande incoerência essa coisa de se tornar estrela gospel.
3.
O
tratamento dado a artistas gospel é inadmissível.
4.
Quando
a música na igreja é reduzida a entretenimento e recreação, ela se torna um
ídolo. Músico na igreja não é animador de auditório.
5.
Louvor
através da música não é show. Muita música dita “evangélica” é “do mundo”.
6.
A
música deve louvar adorar a Deus e não aos homens. O culto é feito para Deus e
não para nós mesmos.
VI. Por que os músicos são uma das
partes mais complicada da igreja?
1.
Porque
muitos deles são egocêntricos, creem piamente que o mundo gira em torno deles e
acham que nada funciona sem eles. Eles se acham insubstituíveis.
2.
A
maioria dos cantores evangélicos se comporta como artistas e não como servos.
3.
Músicos
na igreja não são estrelas.
4.
Todo
músico na igreja deve estar integrado na vida da igreja. Deve ser assíduo nos
cultos, ter sua vida irrepreensível, ser exemplo e nada de, após o momento de
louvor através da música, sair e ficar do lado de fora da igreja.
5.
Louvor
a Deus através da música não é brincadeira. Deus vai nos cobrar se de fato
tocamos e cantamos para a glória Dele.
VII. O músico precisa
conhecer profundamente a Bíblia:
1.
Josemar
Bessa: “alguns dos maiores perigos teológicos de nossos dias são localizados
nas asas da canção”.
2.
Assim
como a oração, a leitura da Palavra e principalmente a pregação dela, a música
também usa a palavra falada e escrita e faz parte do culto solene para juntos
transmitirem os ensinamentos das Escrituras.
3.
É
indispensável a ordem: Cante as Escrituras!
4.
Para
se cantar a Bíblia, antes é preciso conhecê-la. Músicos que não conhecem
profundamente as Escrituras não podem estar à frente da igreja.
5.
O
problema é que a teologia de muitos músicos é a música e não a Bíblia.
6.
Hoje
em dia, há muitos cânticos com letras heréticas.
VIII. O louvor liberta ou Deus liberta
por intermédio do louvor?
1.
A
resposta é: O louvor não liberta. Dez mil vezes não! Deus é quem liberta. Não
podemos idolatrizar a música achando que ela liberta. Somente Deus liberta.
2.
O
propósito da música na igreja não é libertar, mas louvar a Deus.
3.
Ela
é poderosa, mas não tem o poder de libertar. Somente Deus o tem!
IX. A vida da igreja é adorar, louvar,
agradar e exaltar ao seu Senhor:
Aqui
ficam algumas ferramentas valiosas para se louvar a Deus apesar da música:
1.
Oração.
2.
Leitura
bíblica.
3.
Finanças.
4.
Testemunho.
5.
Jejum.
6.
Santidade
7.
Serviço.
8.
Pensamentos.
Etc.
Conclusão
1.
Portanto,
precisamos rever o papel da música na adoração. Chegou a hora de pararmos de
brincar de ministério de música e levar a sério o que Deus nos confiou. Deus
procura adoradores que O adore em espírito e em verdade (Jo 4.24), com ou sem
música.
2.
Assim,
a música em seu conteúdo deve ser simples, resumida e direta aplicando os
conceitos da sã doutrina a vida do crente.
3.
Devemos
buscar equilíbrio e bom senso em nossas músicas.
4.
Podemos
até renovar a nossa hinódia, desde que não esqueçamos que o nosso culto deve
ser teocêntrico e que nossas músicas devem ser bibliocêntricas.
5.
Nosso
canto é para a glória de Deus e edificação da igreja. Portanto, vivamos e
cantemos para a glória de Cristo! Tenhamos cuidado com
o que estamos ensinando por meio da música. As letras das músicas têm o poder
formativo porque são memoráveis. Assim, cantemos a Bíblia para a glória de
Deus.
Nos laços do calvário que nos une,
Luciano Paes Landim.
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