quinta-feira, 6 de outubro de 2016

PODE A IGREJA EXCLUIR ALGUNS DOS SEUS MEMBROS?


“Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor” (1Co 5.13).

A igreja deve ser sempre acolhedora. Todo pecador arrependido deve ser recebido, batizado, discipulado e treinado na igreja. O problema é quando a igreja não se atenta para a posição de Jesus acerca do pecador impenitente e arrogante, que não se arrepende do mal e que tenta destruir o rebanho. Alguém disse que quando toleramos o lobo acabamos sacrificando as ovelhas. A verdade é que há um grande perigo na falta de disciplina na igreja, pois quando a mesma inexiste sucumbe-se na licenciosidade e na confusão moral. Disciplina é um exercício de amor e graça, libertando o pecador da escravidão do pecado. Toda disciplina deve ser bíblica, séria, graciosa, servirá como lição para os demais. Mas há uma diferença entre disciplina bíblica e exclusão.

O próprio Mestre nos ensina como devemos tratar um irmão culpado (leia Mateus 18.15-18). No versículo 17, Jesus diz: “... e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano”. Jesus fala para corrigirmos pessoalmente o impenitente, caso não aceite, devemos tentar novamente com duas testemunhas e, por fim, diante de toda a igreja. Caso o culpado não se arrependa, deverá ser considerado como gentio e publicano.

Em sua carta, Paulo diz à igreja em Corinto para “expulsar o perverso do meio deles” (1Co 5.13).

Aos que provocam divisões na igreja, Paulo manda avisar duas veze a “deixá-los de lado” (Tt 3.10).

Paulo nos manda também fazer calar os pervertedores: “É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância” (Tt 1.11).

Paulo diz em 1Co 5.2 que alguém deveria ser tirado do meio da igreja: “... para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou.” Diz que o ofensor deve ser “entregue a Satanás” (1Co 5.5), para que seja tirado do círculo de proteção e comunhão que é a igreja local, e colocado e exposto às chuvas diabólicas. Afirma também que tem que “lançar fora todo o velho fermento” (1Co 5.7). Fala que não devemos nos associar e nem comer “com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais” (1Co 5.11). Diz também sobre expulsar o malfeitor: “Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor” (1Co 5.13).

Portanto, a igreja é uma Casa de Oração, um lugar de adoração, comunhão, doutrina, cumplicidade, etc., e não um covil de salteadores ou pecadores arrogantes e incontritos. Todos que se convertem a Cristo e desejam andar como Jesus andou, devem ser recebidos, abraçados e cuidados; mas aqueles que pervertem o ensino de Cristo, que são indisciplinados, são insubmissos à liderança (“Obedecei a vossos líderes e sede-lhes submissos”, Hb 13.17), deverão ser considerados como gentios e publicanos, expulsos, deixados de lado e emudecidos.

Observação: se você frequenta uma igreja em que Cristo não é pregado, onde não se proclama o evangelho, mas anuncia-se a teologia da (falsa) prosperidade e confissão positiva, onde não se administra corretamente as ordenanças (batismo e Santa Ceia) e nem aplica a disciplina bíblica... EXCLUA-SE DESSE LUGAR! A questão não é procurar a igreja mais próxima da sua casa, mas procurar uma igreja mais próxima da Bíblia. Recuse-se a estar debaixo dos ensinos de um falso profeta, não faça parte de uma seita. Sobre aqueles faltosos que foram disciplinados e se corrigiram, devem ser restaurados e restabelecidos.

RESUMO: Todo pecador arrependido deve ser acolhido e pastoreado na igreja. O pastor deve pastorear tanto as ovelhas dóceis quanto as indóceis. O pastor foi chamado para essa missão. Mas todo bode deve ser excluído. Alguém disse que a ovelha quando cai na lama levanta e sai, mas o porco cai e rola na lama.

Nos laços do Calvário que nos une,

Luciano Paes Landim.

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