“Os
de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor” (1Co
5.13).
A igreja deve ser
sempre acolhedora. Todo pecador arrependido deve ser recebido, batizado,
discipulado e treinado na igreja. O problema é quando a igreja não se atenta
para a posição de Jesus acerca do pecador impenitente e arrogante, que não se
arrepende do mal e que tenta destruir o rebanho. Alguém disse que quando
toleramos o lobo acabamos sacrificando as ovelhas. A verdade é que há um grande
perigo na falta de disciplina na igreja, pois quando a mesma inexiste sucumbe-se
na licenciosidade e na confusão moral. Disciplina é um exercício de amor e graça, libertando o pecador da
escravidão do pecado. Toda disciplina deve ser bíblica, séria, graciosa, servirá como lição para os
demais. Mas há uma diferença entre
disciplina bíblica e exclusão.
O próprio Mestre nos
ensina como devemos tratar um irmão culpado (leia Mateus 18.15-18). No
versículo 17, Jesus diz: “... e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o
como gentio e publicano”. Jesus fala para
corrigirmos pessoalmente o impenitente, caso não aceite, devemos tentar
novamente com duas testemunhas e, por fim, diante de toda a igreja. Caso o
culpado não se arrependa, deverá ser considerado como gentio e publicano.
Em sua carta, Paulo diz
à igreja em Corinto para “expulsar o perverso do meio deles” (1Co 5.13).
Aos que provocam
divisões na igreja, Paulo manda avisar duas veze a “deixá-los de lado” (Tt
3.10).
Paulo nos manda também fazer
calar os pervertedores: “É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo
casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância” (Tt 1.11).
Paulo diz em 1Co 5.2
que alguém deveria ser tirado do meio da igreja: “... para que fosse tirado do
vosso meio quem tamanho ultraje praticou.” Diz que o ofensor deve ser “entregue
a Satanás” (1Co 5.5), para que seja tirado do círculo de proteção e comunhão
que é a igreja local, e colocado e exposto às chuvas diabólicas. Afirma também
que tem que “lançar fora todo o velho fermento” (1Co 5.7). Fala que não devemos
nos associar e nem comer “com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou
avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal,
nem ainda comais” (1Co 5.11). Diz também sobre expulsar o malfeitor: “Os de
fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor” (1Co
5.13).
Portanto, a igreja é
uma Casa de Oração, um lugar de adoração, comunhão, doutrina, cumplicidade,
etc., e não um covil de salteadores ou pecadores arrogantes e incontritos. Todos
que se convertem a Cristo e desejam andar como Jesus andou, devem ser
recebidos, abraçados e cuidados; mas aqueles que pervertem o ensino de Cristo, que
são indisciplinados, são insubmissos à liderança (“Obedecei a vossos líderes e
sede-lhes submissos”, Hb 13.17), deverão ser considerados como gentios e
publicanos, expulsos, deixados de lado e emudecidos.
Observação:
se você frequenta uma igreja em que Cristo não é pregado, onde não se proclama
o evangelho, mas anuncia-se a teologia da (falsa) prosperidade e confissão positiva,
onde não se administra corretamente as ordenanças (batismo e Santa Ceia) e nem
aplica a disciplina bíblica... EXCLUA-SE DESSE LUGAR! A questão não é procurar
a igreja mais próxima da sua casa, mas procurar uma igreja mais próxima da
Bíblia. Recuse-se a estar debaixo dos ensinos de um falso profeta, não faça
parte de uma seita. Sobre aqueles faltosos que foram disciplinados e se
corrigiram, devem ser restaurados e restabelecidos.
RESUMO:
Todo pecador arrependido deve ser acolhido e pastoreado na igreja. O pastor
deve pastorear tanto as ovelhas dóceis quanto as indóceis. O pastor foi chamado
para essa missão. Mas todo bode deve ser excluído. Alguém disse que a ovelha
quando cai na lama levanta e sai, mas o porco cai e rola na lama.
Nos laços do Calvário que
nos une,
Luciano Paes Landim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários: