sábado, 9 de junho de 2012

É de NÃO aceitar


Rejeitando tudo que não provêm da Bíblia
 
ALGUMAS COISAS QUE não devemos aceitar em nossas igrejas:
 
É de não aceitar ver pessoas pensarem que a Bíblia é um livro mágico ou “psicografado” pelo Espírito Santo, e não a revelação escrita, inspirada, inerrante, autoritativa e suficiente Palavra de Deus:
 
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3.16).
 
É de não aceitar ver “líderes” que querem fixar “inspirações” doutrinais próprias, sonhos, visões e doutrinas extra-bíblicas, sendo que a Bíblia é o que é: inspirada (soprada) Palavra de Deus. A Bíblia é a nossa única regra de fé e prática.
 
É de não aceitar ouvir o evangelho da prosperidade, coisa esta que só traz miséria para a alma. O cristianismo não é comércio nem barganha. Muitos esqueceram as riquezas do alto e se afundaram no materialismo. Eles se esqueceram das palavras de Jesus que afirmam:
 
“E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mt 19.24).
 
É de não aceitar os cultos-shows, onde a pregação fiel, pura e simples do evangelho é abandonada e o espetáculo é aplaudido. O culto hoje tem sido antropocêntrico. O show tem que parar e a adoração tem que continuar. O culto não visa entreter ou agradar o homem, mas adorar a Deus.
 
É de não aceitar os discursos repetitivos com palavras de efeito e aberrações dos que comercializam a Palavra de Deus. Esses são os verdadeiros “predadores” do evangelho, os vendedores de ilusão, os pulpiteiros da falsa riqueza. São comunicadores sem conteúdo bíblico, que exploram e enganam o povo.
 
É de não aceitar os programas de rádio e televisão em que os pastores não pregam as boas novas de salvação em Jesus Cristo, porém, gastam o tempo todo anunciando as atividades de suas próprias denominações e pregam seus próprios pensamentos afundados na psicologia humanista secular.
 
É de não aceitar as infinitas campanhas de prosperidade, colheita, sucesso financeiro, “vitória”, etc. É puro egoísmo e capitalismo selvagem. É pura mentira. Por que eles não fazem “campanhas” para se desapegarem das coisas deste mundo? Por que eles não preparam as pessoas para as intempéries da vida? Ou ainda, por que eles não falam que para seguir Jesus é necessário carregar a cruz?
 
É de não aceitar os “amuletos” evangélicos: réplicas da arca da aliança, candelabros, querubins, pulseira, sal grosso, sabonete, óleo, etc. Há uma diferença enorme e fundamental entre a fé bíblica e as crendices supersticiosas. Cristianismo não é o mesmo que animismo. Essas coisas são idolatria.
 
É de não aceitar ver pessoas confundirem o evangelho com autoajuda ou confissão positiva. Elas dizem “olhe pra dentro de você, você é capaz”, “determine a sua vitória”, “se aceite como você é”, “siga o seu coração”. Ledo engano! Ao olharmos para dentro de nós só vamos ver pecados. Devemos olhar para dentro de nós e reconhecer o nosso pecado e olhar para Deus e contemplar a Sua glória e santidade. Ele sim é Santo e capaz. A nossa suficiência vem de Deus. Devemos nos inconformar da nossa inclinação pecaminosa. A nossa vitória não está em palavras “determinadas” por nós, mas no sangue de Jesus Cristo, nas palavras determinadas por Deus. Não podemos seguir o nosso próprio caminho. Não devemos seguir o nosso próprio coração, mas a Bíblia, o caminho do Senhor. A advertência de Jeremias é bem clara:
 
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17.9).
 
 A Bíblia exige atitudes corretas. Deus nos convoca à conversão genuína, mudança de direção. Devemos deixar a gerência e pedir ao Senhor das circunstâncias para que nos conduza.
 
É de não aceitar as expressões do tipo “eu decreto”, “eu determino”, “eu não aceito”, “eu profetizo a minha vitória”. Deveríamos dizer “eu clamo”, “eu peço”, “eu me rendo”, “eu confesso”, “eu me arrependo”, “eu sou pecador”, “eu estou perdido”, “eu preciso de Deus”, “eu preciso do Salvador”. O Evangelho não é mágica, mas o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16).
 
É de não aceitar as vaidades religiosas. É extenuante observar os líderes que adoram cargos, posições e títulos. É de não suportar ouvir que mais um se auto-intitulou apóstolo. Eles são ególatras. A igreja é lugar de humildade e simplicidade. Quem deseja ser servido não deve estar na igreja. Igreja é lugar de servir.
 
É de não aceitar esses cultos de amarrar demônios, adoração “extravagante”[1], liberar “palavra profética”, “dança profética” ou de desfazer as maldições. Muitos ainda não entenderam que a bênção está com o povo de Deus e a maldição está com o mundo. Está na hora de assumirmos a culpa. Não podemos transferi-la aos nossos ancestrais ou aos demônios. Se nos afastamos de Deus automaticamente ficamos debaixo de maldição. Ninguém tem o poder de nos amaldiçoar. Somos amaldiçoados quando abandonamos o caminho de Deus. Confessemos os nossos próprios pecados.

Portanto, sigamos o evangelho puro e verdadeiro de Cristo. Recusemos totalmente o evangelho da superstição, do sincretismo, do esoterismo, da autoajuda e da confissão positiva. Voltemos a Palavra de Deus. Ela é suficiente!

Nos laços do Calvário que nos une,

Luciano Paes Landim

(Pastor da IIBN e Presidente/Fundador da Missão SAEM)

[1] A Bíblia diz que a adoração tem que ser em espírito e em verdade (Jo 4.24), e não em extravagância.

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