Rejeitando tudo que não provêm da Bíblia
ALGUMAS COISAS QUE não devemos aceitar em nossas igrejas:
É de não
aceitar ver pessoas pensarem que a Bíblia é um livro
mágico ou “psicografado” pelo Espírito Santo, e não a revelação escrita,
inspirada, inerrante, autoritativa e suficiente Palavra de Deus:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão,
para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3.16).
É de não
aceitar ver “líderes” que querem fixar “inspirações”
doutrinais próprias, sonhos, visões e doutrinas extra-bíblicas, sendo que a
Bíblia é o que é: inspirada (soprada) Palavra de Deus. A Bíblia é a nossa única
regra de fé e prática.
É de não
aceitar ouvir o evangelho da prosperidade, coisa esta que
só traz miséria para a alma. O cristianismo não é comércio nem barganha. Muitos
esqueceram as riquezas do alto e se afundaram no materialismo. Eles se
esqueceram das palavras de Jesus que afirmam:
“E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma
agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mt 19.24).
É de não
aceitar os cultos-shows, onde a pregação fiel, pura e
simples do evangelho é abandonada e o espetáculo é aplaudido. O culto hoje tem
sido antropocêntrico. O show tem que parar e a adoração tem que continuar. O
culto não visa entreter ou agradar o homem, mas adorar a Deus.
É de não
aceitar os discursos repetitivos com palavras de efeito e
aberrações dos que comercializam a Palavra de Deus. Esses são os verdadeiros
“predadores” do evangelho, os vendedores de ilusão, os pulpiteiros da falsa
riqueza. São comunicadores sem conteúdo bíblico, que exploram e enganam o povo.
É de não
aceitar os programas de rádio e televisão em que os
pastores não pregam as boas novas de salvação em Jesus Cristo, porém, gastam o
tempo todo anunciando as atividades de suas próprias denominações e pregam seus
próprios pensamentos afundados na psicologia humanista secular.
É de não
aceitar as infinitas campanhas de prosperidade, colheita,
sucesso financeiro, “vitória”, etc. É puro egoísmo e capitalismo selvagem. É
pura mentira. Por que eles não fazem “campanhas” para se desapegarem das coisas
deste mundo? Por que eles não preparam as pessoas para as intempéries da vida?
Ou ainda, por que eles não falam que para seguir Jesus é necessário carregar a
cruz?
É de não
aceitar os “amuletos” evangélicos: réplicas da arca da
aliança, candelabros, querubins, pulseira, sal grosso, sabonete, óleo, etc. Há
uma diferença enorme e fundamental entre a fé bíblica e as crendices
supersticiosas. Cristianismo não é o mesmo que animismo. Essas coisas são
idolatria.
É de não
aceitar ver pessoas confundirem o evangelho com autoajuda
ou confissão positiva. Elas dizem “olhe pra dentro de você, você é capaz”,
“determine a sua vitória”, “se aceite como você é”, “siga o seu coração”. Ledo
engano! Ao olharmos para dentro de nós só vamos ver pecados. Devemos olhar para
dentro de nós e reconhecer o nosso pecado e olhar para Deus e contemplar a Sua
glória e santidade. Ele sim é Santo e capaz. A nossa suficiência vem de Deus.
Devemos nos inconformar da nossa inclinação pecaminosa. A nossa vitória não
está em palavras “determinadas” por nós, mas no sangue de Jesus Cristo, nas
palavras determinadas por Deus. Não podemos seguir o nosso próprio caminho. Não
devemos seguir o nosso próprio coração, mas a Bíblia, o caminho do Senhor. A
advertência de Jeremias é bem clara:
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente
corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17.9).
É de não
aceitar as expressões do tipo “eu decreto”, “eu
determino”, “eu não aceito”, “eu profetizo a minha vitória”. Deveríamos dizer
“eu clamo”, “eu peço”, “eu me rendo”, “eu confesso”, “eu me arrependo”, “eu sou
pecador”, “eu estou perdido”, “eu preciso de Deus”, “eu preciso do Salvador”. O
Evangelho não é mágica, mas o poder de Deus para a salvação de todo aquele que
crê (Rm 1.16).
É de não
aceitar as vaidades religiosas. É extenuante observar os
líderes que adoram cargos, posições e títulos. É de não suportar ouvir que mais
um se auto-intitulou apóstolo. Eles são ególatras. A igreja é lugar de
humildade e simplicidade. Quem deseja ser servido não deve estar na igreja.
Igreja é lugar de servir.
É de não
aceitar esses cultos de amarrar demônios, adoração
“extravagante”[1],
liberar “palavra profética”, “dança profética” ou de desfazer as maldições.
Muitos ainda não entenderam que a bênção está com o povo de Deus e a maldição
está com o mundo. Está na hora de assumirmos a culpa. Não podemos transferi-la
aos nossos ancestrais ou aos demônios. Se nos afastamos de Deus automaticamente
ficamos debaixo de maldição. Ninguém tem o poder de nos amaldiçoar. Somos
amaldiçoados quando abandonamos o caminho de Deus. Confessemos os nossos
próprios pecados.
Portanto, sigamos o evangelho puro e verdadeiro de Cristo. Recusemos totalmente o evangelho da superstição, do sincretismo, do esoterismo, da autoajuda e da confissão positiva. Voltemos a Palavra de Deus. Ela é suficiente!
Nos laços do Calvário que nos une,
Luciano Paes Landim
(Pastor da IIBN e Presidente/Fundador da Missão SAEM)
[1] A Bíblia diz que a adoração tem
que ser em espírito e em verdade (Jo 4.24), e não em extravagância.
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