quarta-feira, 31 de julho de 2013
terça-feira, 30 de julho de 2013
John Harper e o Titanic
John Harper [um pastor batista de Glasgow, na Escócia] havia passado três meses ministrando na Igreja Moody, em Chicago, e durante esse tempo a igreja havia experimentado “um dos reavivamentos mais fantásticos de sua história”. Entretanto, não fazia muito tempo que ele estava de volta à Grã-Bretanha quando lhe pediram para voltar e continuar seu ministério. Harper tomou rapidamente as providências para ele mesmo e sua filhinha de seis anos, Nana, viajarem de volta à América, a bordo do Lusitânia, mas decidiram atrasar sua partida por uma semana para que pudessem viajar em um novo navio que estava para fazer sua viagem de estréia: o Titanic.
O Titanic bateu em um iceberg às 23h40m do dia 11 de abril de 1912. Quando foi dado o comando para os passageiros desocuparem suas cabines, Harper enrolou sua filha em um cobertor, disse-lhe que ela o veria novamente um dia, e a entregou a um dos homens da tripulação. Depois de observar que ela estava a salvo em um dos barcos salva-vidas, ele tirou seu colete salva-vidas e o deu a um dos outros passageiros. Um sobrevivente se lembrou distintamente de ouvi-lo gritar: “Mulheres, crianças e os que não são salvos, entrem nos barcos salva-vidas!” Depois, Harper correu pelo convés implorando às pessoas que se entregassem a Cristo, e, com o navio afundando, ele solicitou à orquestra do Titanic para tocar “Mais perto quero estar”. Ajuntando as pessoas a seu redor, ele então se ajoelhou e, “com alegria santa em seu rosto”, ergueu os braços em oração. À medida que o navio começou a adernar, ele pulou para dentro das águas geladas e nadou freneticamente para perto de todos a quem conseguiu alcançar, suplicando-lhes que se voltassem para o Senhor Jesus e fossem salvos. Finalmente, quando a hipotermia o imobilizou, John Harper afundou nas águas e passou para a presença do Senhor Jesus. Ele tinha 39 anos.
(Extraído de "Caráter Puritano", no Facebook).
A Seara e os Trabalhadores
Mt
9.35-38
Introdução:
1.
Jesus
nos mandou contar a todas as nações as boas novas, mas não temos feito isso.
Por que nós, que temos a melhor notícia do mundo, somos tão demorados em
contá-la aos outros?
a)
Talvez
pensemos que estamos evangelizando quando, de fato, não estamos.
b)
Ou
talvez porque ainda não conhecemos de fato o Evangelho de Jesus.
2.
O
evangelismo moderno diz: “Jesus te ama, vamos à minha igreja?” O evangelismo
bíblico diz: “Arrependa-se dos seus pecados e creia no Filho de Deus.”
3.
O
Príncipe dos Pregadores, Charles Spurgeon, disse: “Todo cristão ou é um
missionário ou é um impostor”.
4.
Aquele
que não ama missões é possível que nunca tenha encontrado Cristo.
5.
Se
você diz que ama a Deus, mas não tem visão missionária, então você é um
mentiroso.
6.
O
texto de Mt 9.35-38 nos ensina algumas lições preciosas no que refere a obra
missionária:
I. A seara é grande, mas os
trabalhadores são poucos (v. 37):
1.
A
seara é grande (v. 37b):
a) O desafio missionário brasileiro:
v Indígenas (cerca 500 mil índios).
v Ribeirinhos (quase 7 milhões de
brasileiros).
v Ciganos (800 mil ciganos em nossa
nação).
v Quilombolas (quase 800
comunidades no Brasil).
v Sertanejos (milhões de
brasileiros vivem no Sertão, com muita dificuldade e muitos povoados estão
clamando por um missionário).
v Moradores de rua (quase 2 milhões
de moradores de rua no Brasil).
v Milionários (condomínios fechados
de alto luxo, como pregar para eles? No Brasil aumenta diariamente o número de
milionários, onde eles vão congregar?).
v Imigrantes (mais de 2 milhões,
comunidades alemãs, italianas, chinesas, japoneses, árabes, etc.).
b)
De
cada seis habitantes no mundo, dois são cristãos (católicos, evangélicos,
ortodoxos, evangélicos não-praticantes, etc.), um é muçulmano, um já ouviu
falar de Jesus pelo menos uma vez e dois nunca ouviram falar de Jesus nenhuma
vez.
c)
Oswald
Smith disse: “Por que alguém deveria ouvir do evangelho duas vezes, quando há
pessoas que não ouviram nenhuma vez”.
2.
Os
trabalhadores são poucos (v. 37c):
a)
Para
todas as carreiras há concorrências entre os homens. Há milhares de excedentes
procurando vagas nas universidades e nos órgãos públicos.
b)
Mas
para o ministério, a mais urgente de todas as vocações, poucas pessoas se
oferecem.
3.
A
missão é dos discípulos (v. 37a):
a)
Os
cristãos não podem sonegar as boas novas aos perdidos.
b)
Somente
os cristãos podem/devem pregar o evangelho.
II. A importância da oração na obra
missionária (v. 38):
1.
Devemos
rogar (pedir, clamar) ao Senhor da seara (v. 38a):
a)
Dependemos
de Deus para fazermos missões. Deus é o Agente Missionário.
b)
Missões
se fazem de joelhos em oração.
2.
Somente
Deus manda trabalhadores para a sua seara (v. 38b):
a)
Ninguém
se auto-envia para missões.
b)
Somente
Deus envia missionários ao campo através da igreja.
3.
Aqueles
que devem orar ao Senhor da seara para que mande trabalhadores para a sua
seara, são os mesmos que devem trabalhar na seara (Mt 10):
a)
Ora-ação.
b)
Missões
é evangelizar.
III. O que é preciso fazer para
alcançar os perdidos (vv. 35,36):
1.
Precisamos
vê-los com compaixão (v. 36b):
a)
Eles
estão aflitos (v. 36c): atormentados, agoniados e assolados.
b)
Eles
estão exaustos (v. 36d): cansados, entediados e enfadados.
c)
Eles
não têm pastor (v. 36e): sem direção, sem alimentação e sem proteção.
2.
Percorrer
todas as cidades e povoados (v. 35a):
a)
Ensinando
as Escrituras (v. 35b).
b)
Pregando
o evangelho do reino (v. 35c).
c)
Curando
os doentes e enfermos (v. 35d).
3.
Precisamos
nos comprometer com missões.
Conclusão:
1.
Fazer
missões não dá lucro, fazer missões não enriquece, fazer missões não dá fama;
fazer missões só dá prazer, mas só dá prazer pra quem ama as almas.
2.
Devemos
orar, ofertar e evangelizar.
3.
Missões
não é uma obra pra quem quer ou pra quem gosta, mas pra quem é chamado.
4.
Missões
não são eventos, mas evangelizar.
5.
Ninguém
entra na obra missionária sem ser chamado, e ninguém consegue sair da obra
missionária quando se é chamado.
6. Missões é a nossa
respiração, a nossa filosofia de vida.
domingo, 28 de julho de 2013
Breve Bibliografia de Homilética
Para os amantes da
pregação, coloco abaixo uma lista de 10 livros sobre pregação bíblica:
1.
ANGLADA, Paulo. Introdução à Pregação Reformada. Ananindeua, PA: Knox Publicações,
2005.
2.
BLACKWOOD, A. W. A Preparação de Sermões. Rio de Janeiro, RJ: Aste/Juerp, 1981.
3.
BROADUS, John. O Sermão e Seu Preparo. Rio de Janeiro, RJ: Juerp, 1960.
4.
CHAPELL, Bryan. Pregação Cristocêntrica. São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã,
2002.
5.
LARSEN, David. Anatomia da Pregação. São Paulo, SP: Editora Vida, 2005.
6.
LLOYD-JONES, Martin. Pregação e Pregadores. São Paulo, SP:
Editora Fiel, 2008.
7.
LOPES, Hernandes Dias. Pregação Expositiva. São Paulo, SP:
Editora Hagnos, 2008.
8.
PIPER, John. A Supremacia de Deus na Pregação. São Paulo, SP: Shedd Publicações,
2003.
9.
ROBINSON, Haddon W. A Pregação Bíblica. São Paulo, SP:
Editora Vida Nova, 1983.
10. STOTT,
John. Eu Creio da Pregação. São
Paulo, SP: Editora Vida, 2004.
Nos laços do Calvário
que nos une,
Luciano Paes Landim.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
As consequências do “mercado gospel”
O Rev. Heber Carlos de Campos, em seu artigo “Crescimento de
Igreja: Com Reforma ou Com Reavivamento” diz: “A adoração
moderna é planejada para atrair pessoas (os consumidores de música
contemporânea) ao invés de ser promovida para que as pessoas levantem os olhos
para o céu para cultuar corretamente o verdadeiro Deus... Antes que verdadeiros
adoradores, estamos vendo pessoas preocupadas com o consumo musical e
litúrgico, querendo ouvir o que lhes agrada, e não o que agrada a Deus”. Toda pressão desse mercado tem apenas cooperado para a falta
de conteúdo e de qualidade nas músicas. Tirando raras ressalvas, é de ficar em
choque com a mesmice das letras e como são ininteligíveis. Há uma exaustão e empobrecimento das letras e um simplismo
que beira a repetição e a imitação mundana. Tudo isso para vender shows e
produtos. Devemos nos empenhar pela
excelência na musicalidade e nas letras das canções que cantamos.
Em nome da “espiritualidade” a fé
cristã tem sido comercializada de modo ruidoso. E não adianta reclamarmos o
porquê dos músicos cobrarem, afinal, eles só cobram porque nós pagamos! É
privilégio compor, tocar e cantar pra Deus, não comércio. Isto não significa
que há problema em vender o material ou receber oferta das igrejas (de coração),
desde que não seja uma exigência, porém, um ato de amor. Penso que o músico
cristão deveria ganhar o necessário. Sem extravagância financeira. Deveria
ganhar aquilo que Deus graciosamente lhe der.
O problema é que no
“mercado gospel” a motivação deixa de ser “louvar e
enaltecer a glória de Deus” e passa a ser “produzir entretenimento,
divertimento e distração na maioria das vezes pautada em emocionalismo e
sensacionalismo ou em apelos proféticos de avivamento e de extravagância que só
aumentam a idolatrização e egolatrização do ser”. Hoje em dia, vende-se mais
porcaria do que canções sérias. Tudo isso porque tem gente pra comprar e
“apreciar”. Sem querer tornar mínimo a acuidade da música no culto, o que
chamamos de ministério de louvor, é na verdade uma equipe de música que deve
louvar a Deus, musicalmente falando. Qualquer atitude ou ação oposta a isto
deve ser rejeitada, indispensavelmente.
Precisamos pedir a Deus para que nos
livre definitivamente do mercado gospel que tem empurrado goela abaixo, ensinos
antibíblicos cujos fins são satisfazer e agradar o homem e não adorar a Deus.
Soli Deo Gloria.
Nos laços do Calvário que nos une,
Luciano Paes Landim.
terça-feira, 23 de julho de 2013
Resoluções Ministeriais
Desejo colocar
aqui alguns princípios norteadores para um ministério fiel ao Senhor Deus:
1. Antes de
qualquer coisa, buscarei ser fiel ao Senhor que me chamou para sua obra.
2. Lutarei para
mortificar o pecado da vaidade e egolatria de tal forma que somente a presença
do Espírito Santo habitará em meu ser.
3. Confiarei no
Senhor da seara que me usará para sua glória e para a proclamação do Evangelho.
4. Pregarei de
tal forma que as pessoas observarão a soberania e senhorio de Cristo em suas
vidas.
5. Antes de
pregar aos outros pregarei a mim mesmo.
6. Pregarei
bíblica, cristocêntrica, doutrinária e evangelisticamente.
7. No ministério
não buscarei a minha própria glória, mas a glória do Senhor do Universo.
8. Pregarei todo
o Evangelho e somente o Evangelho de Cristo à igreja e aos perdidos.
9. Confiarei no
Espírito Santo na pregação da Palavra. Somente Ele pode regenerar o perdido por
intermédio da Palavra de Deus.
10. Esforçar-me-ei
em pregar através de vários métodos, todavia, antes e sempre, buscarei ser fiel
a Bíblia.
11. Selecionarei
excelentes livros de teologia e cultura geral para o meu crescimento
intelectual. Entretanto, buscarei na Lei do Senhor o padrão para a minha vida e
ministério.
Nos laços do Calvário que nos une,
Luciano Paes Landim.
domingo, 21 de julho de 2013
O músico precisa conhecer profundamente a Bíblia
Josemar Bessa disse que “alguns dos
maiores perigos teológicos de nossos dias são localizados nas asas da canção”.
É muito ruim ouvir músicos dentro da igreja falando, ou cantando, equívocos
teológicos por não conhecerem as Escrituras. Portanto,
assim como a oração, a leitura da Palavra e principalmente a pregação dela, a
música também usa a palavra falada e escrita e faz parte do culto solene para
juntos transmitirem os ensinamentos das Escrituras. Por isso, é indispensável a
ordem: Cante as Escrituras! Para se cantar a Bíblia, antes é preciso
conhecê-la. Músicos que não conhecem profundamente as Escrituras não podem
estar à frente da igreja. O problema é que a teologia de muitos músicos é a
música e não a Bíblia.
O músico que conhece a Bíblia evita que a igreja
cante, durante o culto, músicas sem fundamento bíblico. É indispensável que
voltemos às Escrituras. Basta de canções antropocêntricas! As músicas de antes
diziam “Tu és”, as de hoje dizem “eu sou”. A música na igreja deve focar o ser
de Deus e os seus atributos, e não as necessidades humanas.
O problema reside no empobrecimento das canções que
abandonaram a exposição e proclamação da Palavra. Hoje em dia, há muitos
cânticos com letras heréticas. São músicas cantadas em nossas igrejas onde
centralizam-se no homem com meras declarações repetitivas. Muitas músicas
dentro da igreja são mundanas, pois exaltam o poder material. Como disse Mark
Dever: "Precisamos resgatar a
centralidade da Palavra de Deus na adoração. A música é uma resposta, exigida
biblicamente, à Palavra de Deus. Mas a música que Deus nos deu, Ele não a deu
para que sobre ela edifiquemos nossas igrejas. Uma igreja edificada sobre a
música – de qualquer estilo – é uma igreja edificada sobre areia movediça."[1]
Os decretos de Deus devem ser o tema da nossa canção (Sl 119.54). Devemos ter
cuidado com o que estamos cantando. Portanto, é importante observar se a
letra das músicas que cantamos no ambiente eclesiástico está baseada na Bíblia.
O que edifica a igreja é quando se canta as Escrituras ou cânticos que refletem
o evangelho.
Nos laços do Calvário que
nos une,
Luciano Paes Landim.
[1] DEVER, Mark
& ALEXANDER, Paul. Deliberadamente
Igreja: edificando o seu ministério sobre o evangelho. São José dos Campos,
SP: Editora Fiel, 2008.
domingo, 14 de julho de 2013
O Mandamento Para Discipular as Nações
Esboço de Sermão
Mt 28.18-20
Introdução:
1.
Fazer
missões não dá lucro, fazer missões não enriquece, fazer missões não dá fama,
fazer missões só dá prazer, mas só dá prazer pra quem ama as almas.
2.
Jesus, antes de regressar ao céu e derramar seu Espírito, deu
a Grande Comissão aos seus discípulos. Essa Grande Comissão está registrada nos
quatro Evangelhos e também no livro de Atos: Mt 28.18-20, Mc 16.15, Lc
24.46-49, Jo 20.21-22 e At 1.8.
3.
Em Mateus 28.18-20, o Mestre
comissiona seus discípulos a ir por todo o mundo, até aos confins da terra,
proclamando as boas novas de salvação única e exclusiva em Jesus Cristo,
fazendo discípulos de todas as nações. O fato é que Jesus completou
sua obra na cruz. Venceu o diabo e levou sobre si os nossos pecados. Agora
Jesus, o missionário por excelência, comissiona sua igreja a levar essa
mensagem ao mundo inteiro.
4.
A
Grande Comissão é um chamado que o Senhor ressurreto faz à Igreja para que ela
se dedique e se sagre a formar discípulos que reconheçam seu Senhorio universal,
se integrem ao povo de Deus.
5.
O texto bíblico de Mateus 28.18-20 é
bem claro: O próprio Senhor da missão que nos alcançou com a salvação,
comissiona-nos a pregar a salvação pela graça mediante a fé em Jesus Cristo. Ou
seja, não são os pecadores que devem vir à igreja, porém é a igreja que deve ir
aos pecadores. Missões é pescar onde os pecadores estão.
6.
Missões não é um programa ou
departamento da igreja, mas o estilo de vida de todos os cristãos. Todos
aqueles que foram alcançados pelo Evangelho são mandados a pregar as boas novas
de salvação.
(v. 18a) “Jesus, aproximando-se, falou-lhes,
dizendo:”
1.
Jesus
chegou próximo dos discípulos e falou-lhes.
2.
A
Grande Comissão é dada pelo próprio Jesus.
3.
Jesus
é o Missionário por excelência e deseja que os seus discípulos também o sejam.
4.
O
próprio Jesus em sua pessoa, palavra, obra e posição é a autoridade de missões.
5.
Missões
não é invenção humana, ela emerge do próprio Jesus.
(v. 18b) “Toda autoridade me foi dada no céu e na
terra”
1.
Jesus
recebeu o domínio prometido (Dn 7.13-14): “Eu
estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu
um como o filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar
até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e
homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é o domínio eterno, que
não passará, e o seu reino jamais será destruído”.
2.
O
tempo de sua humilhação havia chegado ao fim e Deus o exaltou acima de todas as
coisas (Fp 2.9-11): “Pelo que também Deus
o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que
ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e
toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”.
3.
Autoridade
soberana absoluta – senhorio sobre tudo – é concedida a Cristo “no céu e na
terra”.
4.
Essa
é uma prova clara de sua divindade. Jesus é Deus!
(v. 19) “Portanto”
1.
A
Grande Comissão procede da autoridade Cristo.
2.
Ou
seja, com base na sua autoridade os discípulos foram enviados a fazer
“discípulos de todas as nações”.
3.
A
autoridade de Jesus em seu mandamento direto e inequívoco é nossa principal
razão para o evangelismo e missões.
4.
A
autoridade de Cristo garante o sucesso missionário final.
(v. 19) “Ide”
1.
A
ênfase não é o ide, mas o “fazei discípulos”.
2.
O
único verbo no imperativo é “fazei discípulos”, que no grego é uma palavra só
“discipulem”.
3.
A
palavra “ide” no grego não é um verbo no imperativo, mas um particípio
significando “indo”, ou “enquanto estejam indo”. O termo usado
“hebraisticamente” tem o sentido de “forma de viver”. Ou seja, a missão tem de
ser vista como a razão da Igreja, a filosofia de vida do povo de Deus. Trata-se
de uma forma de falar coerente com a forma de viver. Significa que quem vai
fazer discípulos vai como discípulo; quem batiza vai como batizado; e quem
educa vai como quem foi educado de acordo com as coisas que Jesus ensinou.
4. A
missão contém quatro elementos universais, cada um deles marcado pela palavra “todo”:
“toda autoridade”, “todas as nações”, “todas as coisas que vos tenho ordenado”
e “todos os dias”.
5. Mito missionário: quatro formas de fazer missões – orando, ofertando, enviando ou indo.
(v. 19) “fazei discípulos”
1.
O
ponto principal do mandato de acordo com Mateus é “fazei discípulos”.
2.
Nós
evangelizamos, mas falhamos quanto a fazer discípulos.
3.
O
verbo aqui é tipicamente entendido como “ensinar” ou “treinar”.
4.
Num
sentido, somente Deus “faz discípulos”, mas ele nos envia como mestres e
treinadores para aqueles que ele efetivamente chama.
5.
Discípulo
não é alguém que já aprendeu, mas que está aprendendo sempre.
6.
Esse
treinamento dos discípulos envolve batizá-los e ensiná-los a guardar os
mandamentos.
7.
O
padrão de discipulado cristão é encontrado na vida e no ensinamento de Jesus
Cristo.
8. O cerne
da missão é o discipulado. O imperativo bíblico é: fazei discípulos e não o “ide”. Discipular
pessoas para Jesus é uma ordem intransferível que a igreja tem que
cumprir.
(v.19) “de todas as nações”
1.
“nações”:
A mesma palavra que é com frequência traduzida como “gentios”.
2.
A
grande promessa de que por meio de Abraão todas as nações seriam abençoadas (Gn
12.3) deve ser agora cumprida à medida que os discípulos de Jesus espalham o
reino para todas as nações.
3.
A
expressão “todas as nações”, no grego é “pants tá ethne”, que não significa necessariamente
países, mas sim, grupos de povos, “povos étnicos”, raças.
4.
Destas
diferentes nações haveria de formar-se a igreja universal.
5.
O
amplo escopo do comissionamento dos discípulos é consumado por meio da
autoridade ilimitada de Jesus.
6.
A
Grande Comissão proíbe o nacionalismo, etnocentrismo, provincialismo e
particularismo.
(v. 19) “batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito”
1.
Os
confessos devem ser batizados.
2.
O
batismo é o sinal da união com Cristo e da sua dedicação a Ele.
3.
A
fórmula é uma forte declaração do trinitarianismo.
4.
Os
discípulos devem ser batizados em um nome trino. É um nome, e não “nos nomes
de”, e um batismo porque o Pai, Filho e Espírito Santos são somente um Deus.
5.
Ser
batizado em nome do Pai é ter Deus como Pai (Mt 6.9), ser batizado me nome do
Filho é receber os benefícios daquilo que o Filho de Deus fez pela humanidade
(At 2.38) e ser batizado em nome do Espírito Santo é ter a presença e o poder
do Espírito de Deus que dá vida.
(v. 20) “ensinando-os a guardar todas as coisas que
vos tenho ordenado”
1.
Os
discípulos não devem somente ensinar a pura verdade, mas também ensinar a
obedecer.
2.
Doutrina
e obediência não podem andar separadas.
3.
O
tipo de evangelismo evocado nessa comissão não termina com a conversão do não
crente.
4.
Isso
inclui os ensinamentos de Jesus no Sermão do Monte (Mt 5 – 7) e em Mt 18.
(v. 20) “E eis que estou convosco todos os dias”
1.
Existe
aqui um tocante eco do início do Evangelho de Mateus.
2.
Emanuel
(1.23) “que quer dizer: Deus conosco”, permanece conosco.
3.
Só
com a certeza da presença de Jesus é que os discípulos podem fazer o que Jesus
ordena.
4.
Nós
temos a confiança de que não estamos sozinhos, mesmo nos momentos mais
desanimadores, porque Ele está conosco “sempre”.
(v. 20) “até a consumação do século”
1.
Isto
é, até que ele volte corporalmente para julgar o mundo.
2.
Até
o fim do mundo.
3.
Conclusão,
consumação.
4.
Mt
24.14: “E será pregado este evangelho do
reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”.
Conclusão e Aplicações:
1.
A
atividade missionária é, primeiramente, um trabalho do Deus Trino: “Ide...
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19, grifo
nosso).
2.
Missão
é a atividade divina que emerge da própria natureza de Deus. O Deus da Bíblia é
um Deus que “envia”; eis aí, portanto, o significado da palavra.
3.
Ele
enviou os profetas a Israel, e enviou seu Filho ao mundo. Este, por sua vez,
enviou os apóstolos, os setenta e a Igreja.
4.
Enviou
também o Espírito Santo à Igreja, e hoje o envia aos... corações. Assim, a
missão da Igreja resulta da própria missão de Deus, e nela tem de ser modelada.
5.
Não
há esperança para o mundo fora do Evangelho. Nenhuma religião pode levar o homem
a Deus.
6.
Não
há salvação para o homem fora de Jesus Cristo (Jo 14.6 e 1Tm 2.5).
7.
Somente
Jesus salva. O mundo precisa de Cristo; precisa do Evangelho. Jesus é o
Salvador do mundo.
8.
Como
servos de Deus devemos pregar o arrependimento e proclamar expiação de pecados.
9.
Ilustração: “A Conferência
de Ratos”.
Nos laços do Calvário que nos une,
Luciano Paes Landim.
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