domingo, 1 de dezembro de 2013

Teólogo e Missionário


Michael Green disse: “quase todo teólogo não gosta de evangelização e quase todo evangelista não gosta de teologia”. A afirmação de Green é verdadeira e imprimi um triste fato. O correto, biblicamente falando, seria toda reflexão teológica desembocar em ferramentas para o avanço missionário mundial. Ou seja, teologia em ação. Mas, missões sem os seus fundamentos teológicos torna-se mero ativismo ou pragmatismo. O problema reside no fato de que, infelizmente, a separação entre teologia e missões tem penetrado nas igrejas e organizações missionárias hodiernamente. Tem havido, lamentavelmente, uma polarização tamanha entre teologia e missões. Os frutos dessa dicotomia são conhecimento sem prática e prática sem conhecimento, ou seja, apatia missionária e prática missionária deficiente. Há teólogos sem visão missionária e missionários sem capacitação teológica.

Alguém disse que os teólogos têm o conhecimento da Palavra de Deus e os missionários buscam pregar a Palavra de Deus. Então, significa que os missionários precisam estudar teologia e os teólogos precisam fazer missões. No apóstolo Paulo encontramos esta combinação: teólogo com visão missionária. Paulo era um plantador de igrejas com um forte fundamento teológico. Nele vemos o exemplo de teólogo/missionário. O calejado apóstolo era a junção de teólogo profundo e missionário apaixonado. Paulo passou para a história não somente como o maior teólogo da fé cristã, mas também como o seu maior missionário. A presteza missionária de Paulo era implicação direta da sua teologia. Paulo foi um grande missionário porque era um grande teólogo. Ele foi um grande teólogo porque foi um grande missionário. Em Paulo a missão é teológica e a teologia é missiológica. Em menos de dez anos, entre os anos 47 e 57, ele plantou igrejas em quatro províncias do Império Romano: Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia proconsular. Paulo passa para a história, então, como uma combinação de teólogo profundo e missionário fervoroso.

Portanto, missões está no âmago da teologia. Missões é a extensão das convicções teológicas do crente. Todo crescimento quantitativo da igreja deve ser fruto do crescimento do estudo sério da Bíblia. Missões tem que ser o resultado inevitável de uma teologia fundamenta na Palavra de Deus. O estudo sério da teologia e o desejo de fazer a igreja crescer encaixam-se harmoniosamente. A teologia é, em essência, missiológica. Logo, significa que não são os antropólogos, os sociólogos, os marqueteiros ou os psicólogos que são os responsáveis por moldar a mensagem da proclamação, mas os teólogos, aqueles que se dedicam à interpretação das Escrituras. Teólogos precisam fazer missões e os missionários precisam estudar teologia.

Nos laços do Calvário que nos une,

Luciano Paes Landim.

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