Michael Green disse: “quase todo teólogo não gosta de
evangelização e quase todo evangelista não gosta de teologia”. A afirmação de Green é
verdadeira e imprimi um triste fato. O correto, biblicamente falando, seria
toda reflexão teológica desembocar em ferramentas para o avanço missionário
mundial. Ou seja, teologia em ação. Mas, missões sem os seus fundamentos
teológicos torna-se mero ativismo ou pragmatismo. O problema reside no fato de
que, infelizmente, a separação entre teologia e missões tem penetrado nas
igrejas e organizações missionárias hodiernamente. Tem havido, lamentavelmente, uma polarização tamanha entre teologia e
missões. Os frutos dessa dicotomia são conhecimento sem prática e
prática sem conhecimento, ou seja, apatia missionária e prática missionária deficiente.
Há teólogos sem visão missionária e missionários sem capacitação teológica.
Alguém disse que os teólogos têm o
conhecimento da Palavra de Deus e os missionários buscam pregar a Palavra de
Deus. Então, significa que os missionários precisam estudar teologia e os teólogos
precisam fazer missões. No apóstolo Paulo encontramos esta combinação: teólogo com visão missionária. Paulo era um plantador de igrejas com um forte
fundamento teológico. Nele vemos o exemplo de
teólogo/missionário. O calejado apóstolo era a junção de teólogo profundo e
missionário apaixonado. Paulo
passou para a história não somente como o maior teólogo da fé cristã, mas
também como o seu maior missionário. A presteza
missionária de Paulo era implicação direta da sua teologia. Paulo foi um grande
missionário porque era um grande teólogo. Ele foi um grande teólogo porque foi
um grande missionário. Em Paulo a missão é teológica e a teologia é
missiológica. Em menos de
dez anos, entre os anos 47 e 57, ele plantou igrejas em quatro províncias do
Império Romano: Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia proconsular. Paulo passa para
a história, então, como uma combinação de teólogo profundo e missionário
fervoroso.
Portanto, missões está no âmago da teologia. Missões
é a extensão das convicções teológicas do crente. Todo crescimento quantitativo da igreja deve ser fruto do
crescimento do estudo sério da Bíblia. Missões tem que ser o resultado
inevitável de uma teologia fundamenta na Palavra de Deus. O estudo sério da teologia e o
desejo de fazer a igreja crescer encaixam-se harmoniosamente. A teologia é, em essência, missiológica. Logo, significa que não são os
antropólogos, os sociólogos, os marqueteiros ou os psicólogos que são os
responsáveis por moldar a mensagem da proclamação, mas os teólogos, aqueles que
se dedicam à interpretação das Escrituras.
Teólogos precisam fazer missões e os missionários precisam estudar teologia.
Nos laços do Calvário que nos une,
Luciano Paes Landim.
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