quarta-feira, 19 de março de 2014

Ilustração: O Monopólio do Espírito



“No século XIX, um grupo de pastores organizou uma campanha evangelística para alcançar uma cidade. Quando discutiam quem eles convidariam para pregar, o nome do famoso evangelista D. L. Moody foi apresentado. Relutante quanto à indicação de Moody para pregar, um pastor protestou: ‘Por que Moody? Ele tem o monopólio do Espírito Santo?’

A pergunta foi seguida por um longo silêncio. Por fim, outro pastor falou, dizendo: ‘Moody, Moody, Moody... ele tem monopólio do Espírito Santo?’ Outro pastor respondeu: ‘Não. Mas parece que o Espírito Santo tem o monopólio de Moody”.

(Extraído do livro “O Tipo de Pregação Que Deus Abençoa”, Steven J. Lawson, Editora Fiel, páginas 104 e 105).

1º Seminário de Escola Bíblica Dominical


segunda-feira, 17 de março de 2014

Diz-que-diz-que: A Manifestação da Falta de Conversão



 (Texto publicado no Boletim da ICP, no ano de 2007 em São Sebastião/DF)

“Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.” Tg 1.26

Em minha viagem à Buenos Aires, Argentina, em julho de 2007, ouvi uma linda frase que diz: “É incrível, uma língua que mede sete centímetros matar um homem que mede dois metros”. Estas palavras refletem até hoje em minha mente. Logo após chegar ao Brasil li um artigo de um pastor sobre a maledicência, que diz uma história que transcreverei aqui: “Conta-se que no século XVI, uma senhora procurou um famoso pregador para se aconselhar, mas o pastor conhecendo bem sua ovelha, e sabendo que era uma pessoa que mentia e fazia muita fofoca, pediu a ela que fosse à feira, comprasse uma galinha. No caminho de volta, deveria arrancar as penas da galinha atirando-as ao vento. Admirada, a senhora foi e cumpriu toda a tarefa. Quando voltou ao pastor com a galinha já depenada, este lhe disse: ‘Agora volte outra vez, por onde veio, recolha as penas que retirou deste animal e traga-me’. Logo, perplexa, respondeu a mulher: ‘Isso é impossível senhor! O vento espalhou todas as penas!!!’ Então, o pregador falou: ‘Justamente assim acontece com a sua maledicência. Você fala de outra pessoa e não está em seu poder o que será destas palavras. Elas voam por toda a vila, por nossa congregação e pessoas ficam feridas e machucadas. E por sua palavra você pode condenar o seu próximo à morte e sei que você não lhe servirá de testemunha favorável. Por favor, siga o seu caminho e não fale mais de ninguém,’”.
Como pastor dessa congregação e diante da história contada acima, pergunto: Será que temos imaginado o alcance das penas que temos atirado ao vento? Quantas pessoas foram atingidas, desmoralizadas e mortalmente feridas por nossa língua não convertida? Quantas perderam sua comunhão cristã por serem vítimas da mentira, da maldita fofoca e do nosso julgamento injusto?
Sei que todo pastor que zela pelo seu rebanho não pode tolerar essa prática maligna entre as suas ovelhas, porque isso é um câncer destruidor de almas. E sempre quando esse problema é detectado, os provocadores desse câncer precisam ser disciplinados para que essa doença não se espalhe para os demais.
Sabemos também, que esta prática pecaminosa destrói relacionamentos e nos impede de crescer saudavelmente. Afinal, no céu não entrarão os maldizentes: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros... nem maldizentes... herdarão o reino de Deus” (1 Co 6.9,10).
Convoco toda a igreja para juntos lutarmos contra a fofoca e repreender toda maledicência. Para isso, é necessário fazermos algumas perguntas antes de falarmos qualquer coisa sobre algo ou alguém:

1. É mesmo verdade o que falo? Ou vou colocar o que acho ser a verdade, mesmo que seja mentira?
2. Qual é o motivo que me leva a falar sobre isso? Será inveja, ira, ou falta de coisa boa para falar?
3. É necessário, útil e edificante o que vou falar? Ou é uma chacota desnecessária?

Se você tem pecado, falado mal do seu irmão, não deixe que este hábito continue te dominando. Pelo contrário, ore a Deus confessando a sua iniquidade e peça perdão pelo mal que você já causou na vida das pessoas e da igreja. Peça ao Senhor para converter a sua língua. Afinal, hoje é dia oportuno, por ser Dia de Ceia Senhor, isto é, dia de reconciliação com Deus e com o próximo!
E nunca se esqueça de uma coisa: De todas as coisas que fizermos ou falarmos, daremos contas diante de Deus e que sua boca pode ser um instrumento de bênção ou maldição para sua vida e do próximo!

Nos laços do Calvário que nos une,
Rev. Luciano Paes Landim.

quinta-feira, 13 de março de 2014

O BRASIL NÃO É MAIS UM CELEIRO MISSIONÁRIO



 Por Leonardo Gonçalves

Conheci a Cristo no final dos anos 90. Minha experiência de conversão se deu em uma igreja batista recém-plantada na minha cidade. Meu batismo e minha experiência de discípulo começou no inicio do ano 2000, na igreja Assembleia de Deus. Eu vivi uma parte do movimento AD2000 (1) e da chamada  “Década da Colheita” (2), e de certa forma toda minha geração foi influenciada por estes movimentos.  Uma e outra vez, escutávamos a frase: “O Brasil é um grande celeiro de missionário”. Por nossa pequena igreja passavam alunos da “Missão Horizontes” falando sobre a janela 10/40 e sobre como o brasileiro gasta mais com Coca-cola do que com o Reino de Deus. Após o culto, nós doávamos aquilo que tínhamos para as missões. Lembro-me de um diácono pobre doando um relógio a um missionário que havia perdido o seu em uma viagem de barco na Amazônia. Lembro-me também de um amigo que constrangido pela necessidade da obra e sem nada para doar, tirou dos pés um par de tênis Nike e colocou sobre o altar, voltando para casa descalço depois do culto. A gente dava o que tinha, e não era por causa de alguma promessa de retorno financeiro (como nas campanhas dos televangelistas atuais), mas simplesmente por amor e desejo de ver o evangelho avançando entre as nações da terra. Os jovens da igreja (e eu era um deles) eram muito ativos: organizavam jograis e teatros com temas missionários, e muitos de nós queríamos ser pastores ou missionários. Hoje, vários daqueles jovens com os quais cresci são pastores, evangelistas, missionários, obreiros em suas igrejas locais, e estão envolvidos de alguma forma com a grande comissão.

UMA IGREJA QUE RESPIRAVA MISSÕES

Mas eu não consigo escrever este texto sem lágrimas nos olhos. Agora mesmo, sinto o peito doer e meus olhos se enchem de água ao me lembrar daqueles dias quando a gente vivia de maneira tão intensa, organizávamos vigílias, acampamentos de oração, visitávamos, evangelizávamos de verdade. Conheço um jovem em Cristo que aos 16 anos tinha uma rotina invejável: Ele fazia semanalmente visitas no hospital da nossa pequena cidade, e saia dali direto para o asilo contrabandeando doces e bíblias para os anciãos com quem passava parte do seu domingo. Por volta das 4 horas da tarde saia dali com outros meninos da sua idade, numa kombi velha da wolksvagen para realizar visitas em uma comunidade rural e "cooperar" com os irmãos de lá. As vezes a Kombi não vinha, e eles faziam o trajeto de 18 quilômetros de bicicleta. Quando chegavam a cidade novamente, era para tomar um banho e ir ao culto, ansiosos por ouvir a Palavra pregada e dispostos a participar, seja cantando, pregando, limpando ou fazendo qualquer outra coisa na igreja local. Durante a semana, ele e outros eram voluntários no “Desafio Jovem Liberdade” – centro de recuperação para usuários de drogas – muitas vezes saindo do trabalho direto para lá, para ensinar violão, passar algum tempo de comunhão com os internos e pregar no culto da noite. Esses rapazes respiravam missões.  

Na época, surgiam seminários com cursos rápidos, em média 2 anos, em regime de internato, onde a ênfase não era apenas preparar teólogos, mas obreiros. Trabalhavam-se questões como caráter, perseverança, domínio próprio, obediência, e grande parte das disciplinas do curso eram de viés missionário. Éramos confrontados com as biografias de William Carey, David Brainerd, Hudson Taylor, Adoniran Judson, George Miller, e nos inspirávamos neles. Criticava-se o modelo de seminário que formava apenas teólogos e falava-se muito em vocação ministerial. Escutávamos uma e outra vez que ser pastor é um dom e não uma profissão, e que o ministério é muito mais dar do que receber. O ponto alto das aulas era quando por lá passava algum missionário em transito, e contava as experiências vividas naquela terra desconhecida. Lembro-me de ter ouvido um desses missionários falando sobre o país dos Incas, e de como me senti desafiado pelo testemunho daquele jovem obreiro. À noite, enquanto orava por aquele país, discerni claramente a voz de Deus falando fortemente ao meu coração: “Eu te levarei ao Peru!”. Cai em pranto, sentindo um misto de temor e imensa alegria, pelo peso da responsabilidade e pela honra recebida. Sai do meu país em 2003, quando ainda se vivia a ressaca destes movimentos.

JOVENS QUE NÃO ALMEJAM O MINISTÉRIO

Hoje a igreja evangélica definitivamente não é a mesma. Ela nem sequer se parece com aquela igreja de 15 anos atrás. Cada vez que viajo ao Brasil, fico absorto com a secularização cada vez maior da igreja. Vejo uma igreja rica, muito rica, mas tremendamente ensimesmada. Em círculos tradicionais e na ala pentecostal clássica, pouco se fala em evangelismo e missões. Já os neopentecostais distorceram o conceito de evangelismo e missões transformando a igreja em uma pirâmide e implementando visões celulares das mais absurdas, substituindo paixão missionária por obediência cega a um líder autoritário. Se antes os jovens desejavam o ministério, a geração atual foge dele. É comum ver rapazes de moças de vinte e poucos anos com altos salários, comprando carros importados, fundando empresas, empreendendo e ganhando muito dinheiro. Os pastores destas igrejas sofrem, pois tem que se desdobrar em mil ofícios para atender as necessidades do rebanho, já que ninguém quer se envolver no ministério e sacrificar as horas de descanso para cuidar das necessidades alheias. Alguns poucos ainda ousam se envolver com missões, mas raramente em tempo integral. Ao invés disso, doam parte das suas férias para servir em algum país exótico, e passam 4 ou 5 dias visitando alguma igreja local,  e o resto das férias em alguma praia paradisíaca do Índico ou do Pacífico. Não trabalham nada, mas tiram umas quinhentas fotos com crianças locais e chegam a suas igrejas com testemunhos fantasmagóricos acerca de como salvaram o mundo em seis dias e ensinaram os pastores e missionários locais a pastorearem suas igrejas. 

MISSIÓLOGOS DE INTERNET QUE NUNCA SE ENVOLVERAM COM MISSOES

O conceito de missão tem sido banalizado por uma geração hedonista mais preocupada com seus prazeres do que com glorificar o Cristo entre as nações. Para justificar sua falta de coragem para encarar o campo missionário, criam-se as mais distintas agencias missionárias, muitas das quais não enviam e nem sustentam nenhum missionário, dedicando-se apenas a recrutar voluntários para viagens de ferias, exatamente do tipo que mencionei no último parágrafo. Diga-se de passagem, o dinheiro gasto por uma equipe de voluntários de férias, se fosse doado integralmente a alguma missão séria que trabalhe entre os autóctones, daria para sustentar cerca de 10 obreiros durante um ano. Crer que 20 brasileiros em uma semana podem fazer um melhor trabalho que um obreiro nacional em um ano é um sofisma, mas parece ser este o pensamento predominante nessas missões recém-criadas no Brasil (as exceções conformam a regra).

Embora não estejamos mais tão engajados com missões transculturais, nunca tivemos tantos “ESPECIALISTAS” em missões! Meninos de vinte anos, com pouca ou nenhuma formação teológica, sem experiência de vida ou ministério e cujo maior esforço missionário foi falar de Jesus para o colega de classe, editam blogs e vlogs, dão opiniões e organizam conferencias missionárias onde eles mesmos são os preletores. Recentemente um desses palpiteiros da internet, um garoto de 20 anos, escreveu um livro sobre missões. Muita gente elogiou a atitude do rapaz e não encontrei ninguém, nem mesmo entre a velha guarda evangélica (que também é ativa nas redes sociais) para colocar freio na arrogância do moleque que escreveu suas 120 paginas sobre um assunto que ele nunca experimentou de fato. Há algum tempo recebi duas equipes de voluntários na cidade de Piura, onde desde 2008 temos desenvolvido alguns projetos missionários. Um dos rapazes que nos visitou, ainda nem tinha barba no rosto, mas logo se apresentou como consultor em missões. Segundo ele, varias igrejas no Brasil contam com seus conhecimentos de consultoria. Isso me parece estranho, se considerarmos que ele nunca foi missionário de fato, apenas participou de algumas palestras com ênfase na famigerada e pouco eficaz Missão Integral (3). Recebi deste garoto que nunca fez missões, diversos conselhos sobre como treinar meus obreiros e torná-los mais efetivos. Outros chegam já satanizando a cultura, tendo visões esquisitas acerca de demônios territoriais e correntes que estão aprisionando nossa igreja e missão, algo muito esquisito e sem bases bíblicas em minha opinião. 

UMA JUVENTUDE QUE QUER ENSINAR, MAS NÃO SE PRONTIFICA A APRENDER

Durante os dois últimos meses visitei varias igrejas no Brasil e por onde passei, desafiei pessoas para virem ao campo missionário no Peru, e o máximo que consegui foram uns garotos meio-hippies dispostos a vir salvar o mundo em uma semana e ensinar os pastores a pastorear suas igrejas. Todos os rapazes com quem falei queriam vir e ditar seminários, palestras, conferências, treinamento para pastores, e não atentavam para o ridículo das suas propostas, já que eles mesmos nunca pastorearam nem suas próprias famílias. No entanto, nenhum deles se mostrou disposto a passar ao menos um ano trabalhando de forma sistemática e fiel junto aos nativos, participando da vida, da luta e das dores do povo, compartilhando a comida e vivendo a verdadeira essência da missão. Todos queriam ensinar, ninguém estava disposto a viver. Todos queriam vir e impor; ninguém estava disposto a vir, viver e receber. Todos queriam formar obreiros, ninguém queria ser formado como obreiro. Todos queriam vir correndo e voltar; ninguém estava disposto a vir e permanecer. Cada um tinha uma visão diferente para a igreja peruana, mesmo sem ter conhecido de perto este campo missionário. Todos tinham receitas exatas para fortalecer o ministério local, mas ninguém queria servir no ministério. Muitos reis, nenhum servo. Como diria o pastor Kolenda, de saudosa memória, simplesmente “muito cacique para pouco índio”.

UMA IGREJA SECULARIZADA QUE NÃO AMA MISSOES

Não posso dizer exatamente onde foi que a igreja errou (não se preocupem, deve ter algum conferencista de vinte anos capaz de decifrar este mistério!). Porém, mesmo sem saber exatamente, acredito que alguns fatores são visíveis e fáceis de discernir: economia estável, bons empregos, oportunidade de fazer duas, três, quatro faculdades, anos de pregação antropocêntrica que exclui o sacrifício como parte da experiência cristã, tudo isso contribuiu para uma horrível secularização da igreja. Se eu fosse dispensacionalista, não teria dificuldade em aceitar que a igreja está vivendo a “Era de Laodicéia”. A igreja de Laodiceia e a igreja brasileira são irmãs: As duas são ricas materialmente, ensimesmadas, autossuficientes. As duas estão corroídas pelo pecado, empobrecidas de galardão e cegas quanto a sua real situação.  Se há algumas décadas dizia-se que o Brasil era um celeiro de missões, hoje tenho certeza que este título deve pertencer a algum outro país: China, Índia, Coreia do Sul, talvez... Mas definitivamente, esse título já não se pode aplicar ao Brasil.

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Leonardo Gonçalves é missionario há 11 anos. Neste período ajudou a plantar e consolidar igrejas no Brasil, Argentina (Patagonia e provincia de missiones), e no norte de Peru. Desde 2008 vive na cidade de Piura, envolvendo-se na plantação de 7 igrejas autóctones. O Projeto Piura sustenta hoje 6 obreiros autoctones e ajuda a 60 crianças provindas de comunidades carentes do Peru.

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NOTAS:

1. O Movimento Ano 2000 (AD 2000) surgiu de uma reunião em janeiro de 1989, em Singapura, onde foi realiazada uma Consulta Global de Evangelização Mundial para o ano 2000 e Além. Esta consulta deu origem ao movimento denominado AD 2000, cujo enfoque eram os povos não alcançados da chamada ‘janela 10/40’.
2. A Década da Colheita foi o resultado de um encontro de líderes das Assembleias de realizado nos Estados Unidos, em 1988. Foram também estabelecidas metas bem claras para a AD no Brasil, para serem alcançadas até o ano 2000: (1) Levantar um exército de três milhões de intercessores; (2) Ganhar 50 milhões de almas para Cristo; (3) Preparar 100 mil obreiros dispostos a trabalhar na seara do Mestre. (4) Estabelecer 50 mil novas igrejas em todo o Brasil; e (5) Enviar novos missionários para outras nações.
3. Não é que eu me oponha totalmente a Missão Integral. Minha crítica a este movimento pode ser resumida em poucos pontos: (1) A terminologia Missão Integral é, por si, uma redundância. Se é missão cristã, deve ser integral, e se não for integral (no sentido de total), não é missão. (2) Os promotores da Missão Integral no Brasil parecem se inspirar mais no marxismo do que na Bíblia. Um dos líderes desse movimento chega a apresentar o comunismo como uma ideia bíblica de comunidade. Ora, confundir comunidade cristã com uma ideologia que foi responsável por milhões de mortes no mundo, incluindo muitos cristãos, é uma boçalidade. (3) O discurso da Missão Integral tem servido de plataforma política para ideias esquerdistas, e sua super-ênfase no social tem levado alguns a pregar um conceito que beira a salvação pelas obras, algo abominável do ponto de vista bíblico. (4) Nunca vi um leprosário criado ou mantido por adeptos da Missão Integral.  

LANÇAMENTO DA REVISTA MISSIONÁRIA “MISSIO DEI”

Estamos no mês de aniversário da Missão SAEM. No dia 21 de abril, comemoraremos 18 anos de existência da Sociedade de Apoio Evangelístico e ...