segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O dia em que o meu coração quase parou

08 de outubro de 2009. O dia que nunca esquecerei. Numa tarde funesta, algo que meus irmãos e eu jamais esperaríamos. Uma notícia nada agradável. O ônibus da empresa TRANSPIAUÍ, depois de sair da rodoviária de Brasília às 12h45min, com destino a São Raimundo Nonato, Piauí, chegando ainda a Formosa, Goiás, colide de frente com uma carreta. Na primeira poltrona estava minha querida mãe. Minha rainha, minha heroína, criatura e beleza desenhada por Deus. Isso que faço agora (... escrever) é somente em momentos especiais. Isso era o que eu fazia para orgulhá-la, por ter um filho que ama escrever. Só que dessa vez, para noticiar (desabafar) a dor que sinto no peito. Foi nessa data que o Dono da vida predestinou para fazê-la dormir na terra e acordá-la no paraíso. Ela não suportou os ferimentos. Antes de desembarcar, ela pediu ao meu cunhado para levá-la à igreja para entregar o precioso dízimo e pedir ao pastor que orasse por ela. Satisfeita, com o dever cumprido, cheia de prazer, juntamente com a minha tia, Cidinha, entra no ônibus com destino à eternidade. Cidinha ainda está conosco, mas minha mãezinha encontra-se agora com meu Jesus.
Confesso que nunca conheci uma mulher tão fiel, submissa e temente a Deus como a minha mãe. Mulher de valor e exemplo que jamais esquecerei. Mulher que criou e educou 06 filhos na lealdade e honestidade. Generosidade e hospitalidade são as principais virtudes que Deus a agraciou. O maior legado que nos deixou foi a humildade e simplicidade. Brandura tão rara no mundo em que vivemos...

O meu coração chora e geme. Não de sofrimento inútil. Mas de saudades que sinto. Sei que sua palavra na hora da morte é mais um exemplo de fé que nos deixou. Ela disse aos seus socorristas, quando estava presa nas ferragens: “Ajudem-me! Estou sentindo muita dor. Mas estou com Deus!” Expressão essa que me enche de orgulho de ter tido a melhor e a mais bela mãe do mundo!

Alegro-me em saber que Deus é Soberano e tem o controle de tudo nas mãos. Ele que planta e colhe as flores que plantou. Ele que todo dia escolhe as melhores pessoas na terra para levá-las para seus braços. A morte do justo é preciosa aos olhos do Senhor. Agrada a Deus chamar os seus. Como disse um amigo, nesse dia de lágrimas, ao mandar uma mensagem para o meu celular: “Com a morte, a vida atinge seu ápice: a ressurreição em Cristo!” Glória a Deus!

Portanto, não digo à minha mãe que amanhã será devolvida ao pó: Adeus. Mas digo: Até breve! Pois um dia nos encontraremos nos braços do Pai. O lugar que nos foi preparado antes da fundação do mundo. Louvado seja Deus por ter me dado, para ser minha mãe, a mais linda e perfeita das criaturas. Obrigado dona-Rai (Raimunda Paes Landim) que nos deu tantas alegrias e que nos deixa tantas saudades! Beijos...

Nos laços do Calvário que nos une,
Rev. Luciano Paes Landim.

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