quinta-feira, 26 de abril de 2012

Charles Thomas Studd


Charles Thomas Studd (1860-1931) poderia ter sido mais um atleta que gastou seus dias em árduas competições e apenas isso. Entretanto, sua biografia demonstra que quando Deus toca o coração de alguém, seus rumos e planos são mudados dramaticamente, de uma maneira maravilhosa.

O inglês Charles Studd era considerado um dos maiores desportistas do final do século 19. Milionário, ele herdara da família a importância de 29 mil libras esterlinas, uma fortuna naquela época, mas se recusara a tirar proveito dela, temendo que o dinheiro pudesse atrapalhar seus nobres ideais. Determinado a investir na obra de Deus, enviou cinco mil libras esterlinas para o missionário James Hudson Taylor, que se tomou uma lenda ao ser o primeiro a levar a Palavra ao interior da China; outras cinco mil libras para um pastor, William Booth, fundador do Exército da Salvação; cinco mil para Dwight L. Moody, para que este iniciasse o estabelecimento do Instituto Bíblico Moody.

Studd doou ainda outras importâncias, sobrando-lhe apenas 3.400 libras, as quais ele, no dia do seu casamento, deu à esposa. Esta também doou o presente e comentou, na época: Jesus pediu ao jovem rico que desse tudo aos pobres. E Studd completou: Agora nos achamos na situação de poder dizer que não possuímos nem prata nem ouro, referindo-se ao texto de Atos 3.6. Loucura? Não. Charles Thomas Studd tinha a certeza de que o Senhor era o dono de todas as coisas. Essa demonstração de entrega total foi apenas o começo. Todavia, foi o suficiente para que o Senhor desse a Charles um novo rumo. Mais tarde, Ele o chamaria para o ministério.

Studd viajou para a China, onde trabalhou como missionário. Posteriormente, foi para a Índia e para o continente africano. Seu pensamento era: "Se Jesus é Deus e Ele morreu por mim, então nenhum sacrifício pode ser muito grande para nós". Como resultado de seus esforços, foi fundada, um pouco antes de sua morte, a Cruzada de Evangelização Mundial, que hoje conta com mais de mil missionários em todo o mundo. A mensagem deixada por Studd foi simples: enquanto a maioria investe em bens materiais, outros investem no Reino de Deus.

Família - Essas lições de Charles Studd foram aprendidas desde muito cedo. Ele era filho de um fazendeiro de origem indiana, Edward Studd, que se havia aposentado na Índia e mudado para uma casa rural no município de Tidworth, em Wiltshire, Inglaterra.

O pai de Studd, curiosamente, tinha-se convertido em 1877, quando um amigo o levou para ouvir uma pregação de Moody, o mesmo pastor que seria ajudado por seu filho, Charles Studd, anos mais tarde. Após a conversão, Edward, imediatamente, deixou as atividades seculares e passou a usar sua casa para reuniões evangelísticas até o dia de sua morte, em 1879.

Charles Studd e seus dois irmãos, Kynaston e George, estudavam longe de casa. Curiosamente, os três converteram-se a Cristo em um culto doméstico, e terminaram apaixonados pelo Evangelho. Os três irmãos eram campeões de críquete, um dos esportes mais tradicionais da Inglaterra. As habilidades excepcionais mostradas por Charles Studd naquele esporte fizeram com que ele ganhasse um lugar na seleção inglesa, em 1882, época em que a equipe havia perdido uma partida para a Austrália e estava desacreditada. Sob a liderança de Charles Studd, os ingleses jogaram na Austrália, no ano seguinte, e recuperaram o troféu.

Tempo de confrontação - Dois anos após a conquista do campeonato, no entanto, com a doença e morte de George, Charles Studd sentiu-se confrontado pela seguinte pergunta: De que adiantam toda a fama e valor de lisonja quando um homem tem de enfrentar a eternidade? Ele percebeu, então, que sua conversão, ocorrida seis anos antes, não havia produzido frutos. Resoluto, ele declarou: O críquete não vai durar; a honra também não, bem como nada neste mundo. Mas tenho que viver para o mundo que há de vir.

A partir de então, Charles começou a testemunhar de Jesus aos amigos e jogadores da mesma equipe. Sua intenção era captar recursos para o ministério de seu irmão, Kynaston, que tinha fundado uma organização missionária entre estudantes. Logo, ele teve a alegria de conduzir outros a Deus.

Até aquele momento, Studd testemunhara entre os próprios sócios e amigos. Contudo, depois de ouvir, na China, uma pregação na qual um missionário falara da necessidade de os servos de Deus agirem como pescadores de almas, tudo mudou. Ele sentiu que Deus o estava chamando. Embora seus amigos e parentes tentassem dissuadi-lo, Charles começou a considerar a pregação que ouvira e marcou uma reunião com o Pr. James Hudson Taylor, o diretor da missão no interior da China.

Rumo à China - A decisão de Studd foi seguida por mais seis amigos dele. Ao mesmo tempo em que o grupo se preparava, uma onda de conversões ocorria entre os estudantes das maiores Universidades da Grã-Bretanha, graças à missão fundada por Kynaston, anos antes. Alunos de Edimburgo, Londres, Oxford e Cambridge entregavam-se ao Senhor como jamais ocorrera antes. Eles se transformariam, anos depois, nos missionários que difundiriam a Palavra de Deus pelo mundo. Em pouco menos de dois meses, Studd e alguns amigos já estavam prontos para a viagem à China.

Lá, Charles Studd passou dez anos. Quando, finalmente, retomou à Inglaterra, ele foi convidado a visitar a América, onde Kynaston havia organizado um movimento evangelístico entre os estudantes locais. Durante aquela excursão, ele testemunhou o derramar de bênçãos poderosas em muitas faculdades e igrejas. Aquilo mexeu tanto com Studd, que ele iniciaria uma seqüência de viagens missionárias impressionante.
Missões na Índia e na África - De 1900 a 1906, Studd pastoreou uma igreja em Ootacamund, no Sul da Índia. Naquela região, diversos funcionários britânicos se converteram a Cristo. Depois de um rápido retomo à Inglaterra, ele partiu, em 1910, para o Sudão, na África. Studd ficara impressionado com o fato de a Palavra ser quase totalmente desconhecida na África Central, e lá fundou uma missão, a Heart of Africa Mission (Missão Coração da África).

Em sua primeira viagem ao Congo Belga*, em 1913, ele estabeleceu quatro missões em uma área habitada por oito tribos diferentes. A partir dali, Charles começaria a viajar sozinho — sua esposa ficara doente. Entretanto, o trabalho do Senhor e o chamado da família não mudaram. De sua casa, na Inglaterra, ela e as quatro filhas do casal coordenavam o ministério de Studd. Sua esposa era a responsável por missões em diversos países da África, do Oriente Médio e da China.

Ela fez uma última visita ao Congo em 1928, reviu o marido e faleceu pouco tempo depois. Em 1931, aos 70 anos, Charles Thomas Studd morreu, entretanto, até os seus últimos dias, ele pregou a salvação pela fé em Jesus Cristo, no campo missionário, em Málaga, na África. Foi, de fato, um gigante. Um herói da fé.

* (Até 1971, este país tinha o nome de Congo Belga. Depois, Mobuto Sese Seko o batizou com o nome de Zaire. Em 1997, passou a se chamar República Democrática do congo)

Autor: Marcelo Dutra

Link: http://www.renovado.kit.net/charles.htm

terça-feira, 24 de abril de 2012

LEMAS MISSIONÁRIOS


“Nesta vida, podemos não resolver completamente a relação teológica sistemática entre a soberania de Deus e o apelo para orar, mas certamente não podemos negar, para nosso próprio bem, a necessidade da oração. Se há uma área em que os cristãos podem fazer um impacto no mundo, certamente é pela intervenção da oração até o mais alto trono no universo (2 Cr 7.14).” Timóteo Carriker

“Precisamos entender que a obra de Deus é feita pelo poder de Deus, pelos recursos de Deus e dentro da metodologia de Deus. Não somos os agentes, apenas os instrumentos.” Hernandes Dias Lopes

“Um dos maiores perigos existentes no processo de plantar igrejas é defrontar-se com um cenário onde a missão da igreja está desassociada da missão de Deus. E isto ocorre quando a igreja segue sua própria agenda, de plantio ou crescimento, por motivações próprias e não bíblicas. Não para a glória de Deus, mas para a glória da igreja. Não para alcançar os perdidos, mas para fortalecer a denominação. Não para exaltar Jesus, mas para exaltar os seus líderes.” Ronaldo Lidório

“A obra mais importante da igreja de Jesus Cristo é a evangelização dos povos, línguas e nações.” Oswald Smith

“O nosso grande alvo é obter para o Cordeiro que foi morto a recompensa do seu sofrimento.” Zinzendorf

“Paremos de ser estudiosos de missões e sejamos missionários.” Arival Dias Casimiro

“Se olharmos para a história da igreja, veremos que sempre que houve um derramamento do Espírito Santo, o resultado foi um grande movimento de missões mundiais.” Edison Queiroz

“Só existem missões de acordo com Deus e com a Bíblia, se o Espírito Santo estiver no comando. O Espírito é indispensável à obra missionária.” Anônimo

“O que hoje a igreja necessita não é de mais e melhor maquinismo, de novas organizações ou mais e novos métodos, mas de mais homens a quem o Espírito Santo possa usar – homens de oração, homens poderosos na oração. O Espírito Santo não se derrama através dos métodos, mas por meio dos homens. Não vem sobre maquinarias, mas sobre homens. Não unge planos, mas homens – homens de oração.” E. M. Bounds

“Quando o homem trabalha, o homem trabalha. Quando o homem ora, Deus trabalha.” Patrick Johnstone

“Dê-me uma centena de pregadores que nada temem, a não ser o pecado; nada desejam, a não ser Deus, e não me importa se são clérigos ou leigos; somente tais pessoas abalarão os portões do inferno e estabelecerão o reino dos céus sobre a terra.” John Wesley

“O Espírito de Cristo é o espírito de missões, e quanto mais nos aproximarmos de Cristo, mais intensamente missionários devemos nos tornar.” Henry Martin

“A pregação é indispensável para o cristianismo. Sem a pregação, ele perde algo que lhe confere autoridade. Isso porque o cristianismo é, essencialmente, uma religião da Palavra de Deus.” John Stott

“Se há uma ênfase no livro de Atos, ela está no poder da igreja em pregar e em que este poder veio do enchimento do Espírito Santo. Não há outra maneira de explicar o rápido crescimento das igrejas.” Jay Adams

“Se quiser fazer crescer alguma coisa para durar uma estação – plante flores. Se quiser fazer crescer alguma coisa para durar uma vida – plante árvores. Se quiser fazer crescer alguma coisa para durar pela eternidade – plante igrejas.” Anônimo

“O programa de Deus para a evangelização do mundo envolve a igreja local. Na realidade, é quase impossível evangelizar pessoas e treinar convertidos de maneira adequada sem o funcionamento de uma igreja local.” Arthur F. Glasser

“Deus elegeu os meios de salvação, bem como as pessoas para a salvação. Sua Palavra revela que Ele próprio escolheu salvar através da pregação, oração e testemunho – ‘Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura...’ Eleição é a doutrina que assegura o sucesso dos nossos esforços missionários.” Ernest C. Reisinger

“Tente explicar a eleição e pode acabar perdendo o juízo; tente livrar-se dela e perderá a sua alma.” Anônimo

“A salvação não seria plena se não fornecesse uma libertação total do poder do dinheiro. A história de Pentecostes nos assegura que o Espírito Santo, quando chega em sua plenitude ao nosso coração, as posses materiais perdem o seu lugar e o dinheiro só é valorizado como meio de demonstrar nosso amor ao Senhor, prestando ajuda ao próximo.” Andrew Murray

“A maneira bíblica de aumentar a arrecadação da sua igreja é investindo em missões.” Arival Dias Casimiro

“A grande necessidade da igreja é ter um espírito de evangelização, não um esforço evangelístico temporário.” J. Blanchard

“O evangelho não cai das nuvens como chuva, por acidente, mas é levado pelas mãos dos homens para onde Deus o enviou.” João Calvino

“Quando os cristãos evangelizam, não estão empenhando-se em algum passatempo agradável e inofensivo, mas, sim, em uma luta terrível, cujos resultados são eternos.” Leon Morris

“A igreja que não evangeliza em breve deixará de ser evangélica.” Alexandre Duff

“Tua incumbência única sobre a terra é salvar almas.” João Wesley

“Meu destino é proclamar a mensagem, sem me importar com as consequências pessoais para mim mesmo.” Zinzendorf

“Não tenho o menor interesse em uma teologia que não evangelize.” James Denney

“A evangelização deve ser uma atitude que permeia todas as atividades do cristão.” Bryn Green

“Não há melhor evangelista no mundo do que o Espírito Santo.” D.L. Moody

“Deus tinha um único filho e fez dEle um missionário.” David Livingstone

“Dá-me a Escócia ou eu morro!” John Knox

“Ó Senhor, manda-me para o lugar mais escuro da terra!” João Mchenzie

“A força motivadora das missões da primeira igreja não era a propaganda de belos ideais de fraternidade entre os homens; era a proclamação dos atos poderosos de Deus.” James S. Stewart

“O evangelho não passa de uma riqueza congelada, a menos que seja comunicado.” J.B. Philips

“Toda idade é ideal para evangelizar. Deus não tem neto.” Eugene L. Smith

“Nenhuma igreja é mais do que água represada de caráter pietista, a não ser que, em primeiro lugar, sempre e fundamentalmente seja uma igreja dedicada a missões.” John Stott

“Evangelização é tarefa sempre perigosa, embora não seja tão perigosa como a falta de evangelização.” George Sweazey

“A palavra de Deus não é apenas para consumo interno, é também, para exportação.” Willian Freel

“Recusar-se a evangelizar é tão pecaminoso como cometer adultério ou homicídio.” J. Blanchard

“A evangelização não é uma atividade para horas vagas.” Thomas Cosmades

“A evangelização, à semelhança da caridade, começa em casa.” Arthur Skevington Wood

“Evangelização é um mendigo contando a outro onde encontrar o pão.” D.T. Niles

“Quando o nosso coração está cheio da presença de Cristo, a evangelização é tão inevitável quanto contagiante.” Robert E. Coleman

“O objetivo final e mais elevado da evangelização não é o bem-estar dos homens, nem mesmo sua bem-aventurança eterna, mas a glorificação de Deus.” R.B. Kuiper

“Evangelização é a tarefa perpétua de toda a igreja, não um passatempo peculiar de alguns de seus membros.” E. Wilson Carliste

“Nunca podemos permitir que nossa teologia nos roube nossa responsabilidade.” J. Blanchard

“A igreja é a única sociedade cooperativa no mundo, que existe em benefício dos que não são membros.” William Temple

“A igreja só é igreja quando o é para os de fora.” Dietrich Bonhoeffer




segunda-feira, 23 de abril de 2012

PREGAÇÃO: CONSIDERAÇÕES BÁSICAS (PARTE 03)


1. A revelação especial de Deus, a Bíblia Sagrada, é o fundamento essencial sobre o qual devemos pregar.

2. “A verdadeira pregação nunca é uma exibição do brilhantismo ou do intelecto do pregador; antes, é uma exposição da sabedoria e do poder de Deus.” R. Albert Mohler, Jr.

3. Toda pregação bíblica é essencialmente cristocêntrica.

4. A eficácia do sermão não está na técnica, porém, fundamentalmente no conteúdo bíblico e no auxílio do Espírito Santo.

5. O nosso alvo em pregar não é de sermos conhecidos e obtermos “sucesso”, mas sermos fiéis ao Deus santo.

6. “Pregação é o evento pelo qual Deus traz ao povo uma mensagem de instrução e orientação procedente dele mesmo, biblicamente fundamentada, impactante e que diz respeito a Cristo, através das palavras de um porta-voz.” J. I. Packer.

7. O papel do pregador é “repetir” o que está na Bíblia.

8. O fundamento da pregação é a Bíblia.

9. O propósito da pregação é glorificar a Deus e revelar o Seu propósito de salvação ao mundo.

10. O sermão bíblico é fundamental, invencível e inegociável.

11. A exclusiva maneira de pregação bíblica fidedigna é a pregação expositiva.

12. Pregar é ler, explicar e aplicar o Texto Sagrado. Se não é isso que estamos fazendo, então, não estamos pregando.

13. Em vez de pregarem a Palavra de Deus, muitos estão pregando filosofia, auto-ajuda, confissão positiva, teologia da prosperidade, etc.

14. Pregar é sempre uma questão de vida ou morte.

15. A nossa pregação não deve ser nada menos e nada mais do que a exposição da Bíblia.

Nos laços do Calvário que nos une,
Rev. Luciano Paes Landim.

PREGAÇÃO: CONSIDERAÇÕES BÁSICAS (PARTE 02)


1. Uma das principais causas da superficialidade da igreja evangélica de nosso país é a falta de pregadores bíblicos.

2. A pregação bíblica é definitivamente fundamental à saúde e à vitalidade da igreja.

3. A pregação bíblica é o meio elementar que Deus escolheu para salvar aqueles que crêem (1Co 1.21).

4. A pregação bíblica é a principal estratégia ordenada por Deus para o crescimento da igreja.

5. A pregação bíblica visa à glória de Deus, a edificação da igreja e a salvação dos perdidos.

6. A prioridade da pregação bíblica não pode ser contestada em hipótese alguma.

7. O poder da Palavra de Deus é singular, pois penetra todas as dimensões da personalidade humana.

8. A Bíblia é a Palavra de Deus inspirada, inerrante, autoritária e suficiente.

9. A pregação moderna sofre de esvaziamento de substância bíblica.

10. Os apóstolos pregavam consistentemente a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus Cristo, isto é, o Evangelho.

11. A pregação bíblica confronta a congregação com a Palavra de Deus.

12. Muitas igrejas evangélicas de hoje definem equivocadamente o culto. Isto é, o modelo de culto que prevalece hoje é cada vez mais definido pela música, inovações, dramatizações, apresentações e shows. O correto é o culto definido pela pregação da Palavra.

13. “Esta é uma época de sermonetes, e sermonetes produzem cristãos medíocres.” Michael Green.

14. Devemos pregar porque fomos ordenados a pregar.

15. A pregação bíblica não é uma invenção humana, mas sim uma criação graciosa de Deus.

Nos laços do Calvário que nos une,
Rev. Luciano Paes Landim.

domingo, 22 de abril de 2012

PREGAÇÃO: CONSIDERAÇÕES BÁSICAS


1. A Bíblia é a nossa única regra de fé e prática.

2. Pregar a Palavra de Deus significa, antes de qualquer coisa, comprometer-se com a Palavra infalível.

3. Alguma tentativa de empregar a Bíblia para uma conclusão distinta daquela instituída por Deus é considerada uma forma irresponsável e implicará em fracasso.

4. Um sermão sem o seu fundamento na Bíblia não é um sermão, porém uma mera apresentação.

5. Sem a Bíblia a igreja não é igreja, mas um grêmio social ou localidade de eventos.

6. A exposição poderosa da Bíblia definha-se exatamente quando as melhores ferramentas para auxiliar os mestres da Palavra são de fácil acesso. (Russell Shedd).

7. Os ouvintes estão saindo dos cultos da mesma forma que entraram. Tudo isto é consequência do empobrecimento espiritual no púlpito moderno.

8. O pregador nunca deve enfeitar ou distorcer o Texto Sagrado.

9. Só é possível pastorear ensinando a Palavra de Deus. “Pastor-mestre” significa que o pastor ensina ou que o mestre pastoreia (Ef 4.11).

10. Pregar o Evangelho sem a obra do Espírito Santo de nada adiantará.

11. A legítima finalidade da pregação é expor fielmente a Palavra de Deus de forma vitalizada pelo Espírito Santo onde o pecado é atacado pela raiz.

12. O que faz com que cristãos sejam derrotados facilmente é a pregação que não tem a Bíblia como fundamento.

13. Pregações que não têm Jesus como a sua preocupação central não transforma vidas.

Nos laços do Calvário que nos une,
Rev. Luciano Paes Landim.

sábado, 21 de abril de 2012

Guerrilheiros ameaçam pastor na Colômbia

21 abr 2012 Colômbia

O pastor da Igreja Missão Pan-Americana de Meta na região sudeste da Colômbia recebeu um "Último Aviso", de guerrilheiros em 29 de março, exigindo que ele interrompesse todas as reuniões religiosas e parasse de pregar a Palavra de Deus
Esta é a segunda vez no ano, que o pastor Juan Rodriguez* foi ameaçado por guerrilheiros das FARC-EP, ordenando que ele pare com todas as atividades da Igreja.
De acordo com informações dadas à Portas Abertas, um grupo de rebeldes foi à casa do pastor que lidera uma Igreja, localizada em La Palestina, uma pequena aldeia na Serra de La Macarena, na região de Meta. Disseram ao pastor Rodriguez que este era apenas um aviso, que esperavam não ter que voltar lá para repreendê-lo novamente, caso contrário, ele sofreria "sérias conseqüências".

"Este foi o veredicto final, e ninguém como eu sabe como é a sensação de estar na boca do Lobo", disse o pastor Rodriguez à Portas Abertas menos de 24 horas após ter recebido a ameaça. "Nós já sabíamos que isso poderia acontecer", disse ele, referindo-se à perseguição que ele e a esposa têm enfrentado nos últimos 16 anos.
Seis meses atrás, Rodriguez quase morreu por intoxicação após uma tentativa de homicídio instigada por insurgentes da FARC-EL, tentando pôr fim a seu Ministério de pregação e ensino do evangelho.

O pastor admitiu que não sabe o que fazer agora, ele é economicamente dependente das contribuições dos membros de sua Igreja, que atualmente têm menos de 70 pessoas. Ele pediu oração por fortalecimento espiritual para si e para sua esposa, e por provisão de Deus para suas necessidades básicas. Mas à despeito do medo, o pastor Rodriguez disse que os irmãos de sua Igreja entendem as dificuldades que ele tem enfrentado nesse Ministério. "Esta é uma situação muito difícil, mas estamos preparados, porque já passamos por isso antes quando tivemos que fechar nossa Igreja por um período de 7 anos”, disse ele.

Depois de receber o treinamento "Permanecendo Firmes Através da Tempestade", ministrado pela Portas Abertas em fevereiro deste ano, o pastor disse:" Hoje sabemos que o Senhor permitiu que tudo isso acontecesse, para nos preparar para essa situação específica".

Quando o pastor Rodriguez comunicou aos líderes de sua denominação que ele havia sido ameaçado, eles demonstraram pouco apoio. Eles teriam dito a ele que foi por sua escolha de ficar em uma zona de intenso conflito entre guerrilheiros e o Exército colombiano, conflitos que se intensificaram muito nos últimos meses.

Apesar disso, o Pastor Rodriguez disse à Portas Abertas que os irmãos de sua Igreja continuarão se reunindo com as portas de suas casas fechadas , trabalhando em pequenos grupos e exercitando a oração juntos. Acompanhado de outros irmãos que compõem o corpo de liderança de sua igreja, ele tem separado 3 dias para um “retiro espiritual” no qual se fortalecem lendo a palavra e buscando a Deus em oração, de modo que possam suportar a dura realidade que enfrentam.

"Estamos cientes de que será necessário buscar outras alternativas para continuarmos nos reunindo e ensinando a Palavra", disse ele. "Estamos confiantes de que o grupo que vem se reunindo em nossa Igreja crescerá e se fortalecerá. Mas sabemos também que muitos ficarão assustados e vão querer desistir de sua fé. Apesar disso, estamos dispostos a continuar a servir o Senhor e a confiar Nele ", concluiu.

A Igreja do pastor Rodriguez ficou fechada de 1998 a 2005 por comando direto das FARC-EP. A igreja foi reaberta após o Exército Nacional dominar a região. Durante a administração anterior do presidente Álvaro Uribe, o exército colombiano havia investido 3,7% do PIB para combater os grupos guerrilheiros. Pouco após a eleição de Juan Manuel Santos, como presidente, em agosto de 2010, a guerrilha voltou a atuar em algumas áreas, revivendo sua estratégia de intimidar e atacar a Igreja Cristã.

* Pseudônimo


Pedidos de oração
• Peça a Deus que proteja o pastor Rodriguez, sua família e os membros de sua igreja dos ataques dos grupos guerrilheiros.
• Ore para que mesmo em meio à perseguição a Igreja cresça e se fortaleça na Colômbia, e que mais homens corajosos estejam dispostos a dar a vida para que outros conheçam o evangelho.
• Peça a Deus que a pregação do evangelho e o testemunho dos cristãos possam mudar a realidade política, econômica e social da Colômbia, transformando-a em um país menos corrupto.

Fonte: Portas Abertas

Tradução:
Marcelo Peixoto

http://www.portasabertas.org.br/noticias/2012/04/1512601/

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Rebeldes maoístas matam pastor na Índia

19 abr 2012Índia

Um pastor de 35 anos foi assassinado em Andhra Pradesh, no sudeste da Índia, por um rebelde maoísta. A Polícia indiana e ativistas de direitos humanos confirmaram que o pastor teve a garganta cortada.

O Fórum secular católico-cristão (CSF), uma organização não governamental indiana, disse que S. Dumbu, também conhecido na localidade como o Bingo, foi morto na semana passada na aldeia Jerrela depois que 3 homens mascarados bateram na porta de sua casa.

"Disseram-lhe que os maoístas estavam esperando por ele para discutir um assunto importante. Dumbu então acompanhou um dos mascarados, enquanto sua esposta, Janaki, ficou em casa," afirma o relatório da CSF.

"Alguns minutos mais tarde, o homem mascarado retornou à casa de Dumba e informou à Janaki que os maoístas o haviam assassinado, supostamente por causa de irregularidades na manutenção da Igreja."

O homem também teria tentado abusar sexualmente da esposa do pastor e fugiu com o dinheiro que ela tinha. A Polícia suspeita que os os maoístas sejam os responsaveis por outros três assassinatos locais. Oficialmente, os maoístas não reivindicaram o ataque.

Os rebeldes, que dizem ser inspirados pelo revolucionário chinês Mao Zedong, têm lutado por mais de três décadas em vários estados indianos, exigindo terras e melhores condições de vida para trabalhadores agrícolas e para os pobres.

Pedidos de oração:
•Ore pelos cristãos indianos que enfrentam perseguição religiosa de todos os lados.
•Peça a Deus que os fortaleça e os encoraje e que a alegria do Espírito os mantenha firmes nEle .
•Ore por consolo à familia do pastor Dumbu.

FonteWorthy News

TraduçãoMarcelo Peixoto

Link: http://www.portasabertas.org.br/noticias/2012/04/1509869/

Presença e ação missionária evangélica entre os povos indígenas do Brasil


Manifesto da AMTB – Departamento Indígena *

Há, normalmente, três recorrentes questionamentos quanto à presença missionária evangélica entre os povos indígenas do Brasil e desejamos, como AMTB – Associação de Missões Transculturais Brasileiras - , tratar e nos posicionar objetivamente quanto aos mesmos. A primeira infere que a presença missionária é nociva à cultura dos povos indígenas em nosso país. Que a mensagem levada pelos missionários tende a degenerar cultura e costumes dos grupos com os quais se relacionam. O segundo questionamento é quanto à legalidade da presença e ação missionária evangélica à frente de projetos sociais e na evangelização. O terceiro pressupõe que os projetos sociais, coordenados pelos movimentos missionários, sirvam de fachada para fundamentar sua presença entre os mesmos.

Perante tais questionamentos, sentimos que se torna apropriado narrar com objetividade quem somos, nossos valores e ações entre os povos indígenas do Brasil.

O Evangelho e a Cultura Indígena

A simples presença missionária entre povos indígenas suscita em alguns um sentimento de rejeição, que advém de um emaranhado de impressões e fatos históricos em relação à atuação missionária indígena desde a colonização, relembrando uma Igreja que estava a serviço dos interesses políticos, imperialistas e colonizadores. Em outros, o sentimento é de suspeição, debaixo do pressuposto de que qualquer atuação missionária é nociva à preservação cultural indígena. Perante este contexto, e, sobretudo para aqueles que se embutem de rejeição ou suspeição, desejamos expor fatos sociais, culturais e históricos que poderão mostrar com clareza que a presença missionária evangélica entre povos indígenas está hoje associada a um crescente processo de colaboração com a preservação lingüística e cultural dos povos do Brasil, além de mostrar-se ativamente interessada em participar do despertar indígena que busca seu lugar neste grande país.

A presente realidade cultural indígena em relação aos processos de mudança social

Tornou-se rotineira a veiculação de notícias sobre indígenas brasileiros ingressando em cursos superiores, formando-se advogados, enfermeiros, ambientalistas, dentre muitas outras profissões, galgando novos patamares de protagonismo, empreendedorismo e agenciamento na sociedade nacional. Alguns grupos e indivíduos participam ativamente da economia local e até internacional. Cada vez em maior número e força, as sociedades indígenas e seus indivíduos influenciam ativamente a política local, desejando ansiosamente participar da construção de leis e atividades que são de seu interesse e os afetam diretamente. Em algumas regiões do Brasil, a participação indígena pode mudar os rumos das eleições municipais. Muitos indígenas podem e usufruem dos benefícios sociais garantidos constitucionalmente, oferecidos pelas três instâncias da administração executiva do país. Do Governo Federal, vêm auxílios e bolsas, tais como Auxílio Maternidade, Bolsa Família, aposentadorias e salários, além das atividades praticadas pelos dois órgãos de auxílio indígena federais: a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e FUNASA (Fundação Nacional da Saúde). Dos governos Estaduais e Municipais, vêm projetos desenvolvimentistas, apoio para projetos locais, além da educação e saúde, operacionalizados na esfera municipal. O universo indígena brasileiro está em franca transformação social por diversos motivos e poucas etnias continuam alheias a este processo. Tais motivos são muito menos religiosos (evangelização) e muito mais sociais e políticos, ou seja, o poder de influência e atração da sociedade brasileira não indígena bem como as políticas públicas do governo do nosso país provendo educação, saúde e bem estar, gerando nas etnias indígenas expectativas cada vez mais associadas ao universo não indígena. Qualquer contato, seja motivado pelo interesse econômico, político, governamental ou religioso, pode ser potencialmente revolucionário para as sociedades indígenas.

É fácil constatar tal realidade de transformação sociocultural e dissociá-la das ações missionárias, em grande parte. Para isso, basta observar as vastas áreas indígenas sem presença missionária onde tais processos de transformação transcorrem com grande velocidade, sempre atrelados à atração que pequenos vilarejos ou cidades exercem sobre os povos indígenas, ou às políticas públicas que se propõem a levar bem estar e, conseqüentemente, conduzem também padrões socioculturais alienígenas ao universo indígena. Não são poucas as etnias migrando do interior da mata para a beira dos grandes rios, a fim de terem acesso ao escambo promovido por barcos-comércios bem como à educação e saúde em pólos mais próximos aos centros urbanos ou em urbanização. É certo concluir que, à medida que o indígena se aproxima de um contexto distinto e urbanizado, ele se insere em um ambiente onde é facilmente descriminado por não se adequar às exigências sociais locais, gerando, assim, um misto de frustração em relação ao meio e anseio por encontrar uma medida de concordância entre ser índio ao mesmo tempo em que possa ser respeitado e usufruir do novo que julga bom. Esse estado de transição, no qual a maior parte das etnias brasileiras se encontra, é, certamente, um dos problemas mais graves e complexos observados, e não há fácil resposta. Há iniciativas integracionistas, outras preservacionistas e ainda as que segregam socialmente os indígenas. Porém todas concordam que a presente realidade de transição é complexa e com graves conseqüências culturais para os povos do Brasil. Junto a isso, soma-se o fato de que se lida, no Brasil e em toda a América do Sul, com uma vasta diversidade lingüística e cultural entre os grupos indígenas. O próprio termo indígena é resultado de nosso simplismo ao imaginarmos um grupo homogêneo, com anseios e necessidades também semelhantes. É preciso relembrar que as mais de 250 etnias indígenas brasileiras formam, assim, um universo pulverizado e heterogêneo, lingüística, cultural e socialmente.

Se por um lado esses processos nos preocupam, por outro devem nos levar a refletir sobre as escolhas iniciadas pela maioria dos grupos indígenas, o que buscam e quais seus anseios. Todos os principais teóricos da antropologia afirmaram, em maior ou menos escala, o pressuposto das mudanças culturais. Para muitos destes, a mudança cultural é um fenômeno natural e previsível, um processo inerente à dinâmica essencial das culturas humanas, podendo ocorrer como reações e reajustes endógenos e/ou por motivações exógenas, geralmente advindas do contato intercultural, marcadas ou não por pressões e imposições externas. As trocas interculturais são, portanto, um processo comum e importante na medida em que alargam os horizontes da compreensão humana, as possibilidades de atuação econômica e produtiva, e possibilitam que os membros de uma sociedade repensem sua organização social, seus tabus, interditos e preconceitos, e revejam seu modus vivendi. A história humana é repleta de exemplos de grupos humanos que cresceram, progrediram e multiplicaram-se após ajustes sociais advindos de mudanças culturais, quer motivadas pela reflexão interna e endógena, quer pelo contato com indivíduos de outras sociedades. A dinâmica cultural é um dado fundamental para toda e qualquer sociedade, e sinal de que a cultura está viva e gozando de plena saúde. Isso nos faz pensar sobre a postura do mundo não indígena em relação ao indígena concernente ao respeito às suas escolhas, decisões e questionamentos.

Percebemos assim, que:

O universo indígena é heterogêneo, sendo formado por uma grande diversidade cultural e lingüística. A realidade de um grupo indígena não é a realidade de todos, bem como sua jornada. O universo indígena é formado tanto pelos índios citadinos semi integrados ao ambiente não indígena, quanto pelos índios da floresta que desejam manter distância, e por um leque enorme de categorias entre estes dois pontos.

As principais forças de transformação cultural entre os grupos indígenas do Brasil são a sociedade não indígena e as políticas públicas governamentais. Enquanto a primeira produz um poder de atração de forma não planejada e informal a segunda o faz por meio dos serviços que julga relevantes e necessários aos povos indígenas.

A cultura humana é dinâmica, provocando e sofrendo processos de mudanças. Seja por motivações internas ou a partir de trocas interculturais, cabe ao próprio grupo refletir sobre sua organização social, tabus e crenças. Cabe também ao próprio grupo promover, ou não, ajustes sociais que julguem de benefício humano.

A cultura e o evangelho

Nenhum elemento externo jamais deve ser imposto a uma cultura. Toda imposição pressupõe carência de respeito humano e cultural, além de grave erro na construção do diálogo. Assim, a catequese histórica e impositiva, bem como qualquer outro elemento que force a mudanças não desejadas, mesmo em áreas como educação, saúde e subsistência, devem ser duramente criticadas.

Por outro lado, é também respeito cultural conceber ao indígena o direito de realizar escolhas, voluntárias e desejadas, dentro de seu próprio bojo cultural. Para Roberto Cardoso, a mudança é possível se percebida sua necessidade e deve ser processada no interior de uma comunidade intercultural de argumentação[1]. Ele se baseia no etno-desenvolvimento que, na declaração de San José (1981) é “o fortalecimento da capacidade autônoma de decisão de uma sociedade culturalmente diferenciada para orientar seu próprio desenvolvimento e o exercício da autodeterminação”.

Rouanet expõe que “o homem não pode viver fora da cultura, mas ela não é seu destino, e sim um meio para sua liberdade. Levar a sério a cultura não significa sacralizá-la e sim permitir que a exigência de problematização inerente à comunicação que se dá na cultura se desenvolva até o telos do descentramento”[2]. Este argumento nos leva a compreender que os conflitos são universais, tais como a morte, o sofrimento, a discriminação ou a repressão. E perante estes conflitos, podemos compartilhar a mútua experimentação na busca de soluções internas.

As chamadas mudanças culturais, em lugar de causarem rápida rejeição, devem ser observadas de forma mais íntegra, ou seja, se tais mudanças são voluntárias e desejadas. O machismo, na América Latina, embora seja cultural, é atacado e limitado por políticas públicas que vêem neste elemento cultural um dano ao próprio homem e sociedade. O jeitinho brasileiro, que patrocina a corrupção e tolerância de pequenos delitos, apesar de ser resultante de elementos também culturais, não deixa de ser compreendido como nocivo ao homem. Como tal não é aceito pela sociedade como desculpa para a continuidade de práticas danosas à vida. O mesmo poderíamos falar a respeito do racismo. Nestes três casos, a universalidade ética é evocada e aceita de forma geral pela sociedade e os direitos humanos são reconhecidos. Por que não no caso de elementos culturais nocivos à vida, como o infanticídio e conflitos étnicos, em contexto indígena?

O fato é que a aproximação e conhecimento do evangelho e valores bíblico-cristãos contribuem para uma reflexão interna em algumas sociedades indígenas, gerando mudanças voluntárias e desejadas. Se as culturas são móveis e mutáveis, por que as mudanças provocadas a partir do conhecimento dos valores cristãos e do evangelho despertam tantas e tão violentas reações quando se trata de culturas indígenas?

Quando as motivações missionárias são questionadas, em sua relação com as sociedades indígenas, há de se notar clara discriminação. Há iniciativas particulares e governamentais junto às sociedades indígenas, conduzidas pelas mais diversas motivações como a política, financeira e humanista. A iniciativa missionária evangélica possui, como principal motivação, valores cristãos como o amor ao próximo, a solidariedade humana e o evangelho e, devido a isso, sente-se freqüentemente discriminada, como se a motivação religiosa fosse menos digna que a política. Precisamos rever nossos pressupostos.

Há grave diferença entre a catequese e a evangelização. Todo cristão, sincero e convicto de sua fé, tem ou deveria ter o desejo de compartilhar aquilo que tem de mais precioso em seu ser e sua cultura, qual seja, a sua fé e as verdades do evangelho, uma baseada e construtora da outra. Tal compartilhar, quando em um ambiente em que o mesmo é desejado pelo receptor, não oprime a cultura, ao contrário promove diálogo e reflexão.

Esta evangelização difere-se da catequese em relação ao conteúdo, abordagem e comunicação. O conteúdo da catequese é a Igreja, com seus símbolos, estrutura e práticas, sua eclesiologia. O conteúdo da evangelização é o evangelho, os valores cristãos centrados em Jesus Cristo. A abordagem da catequese é impositiva e coercitiva. A abordagem da evangelização é dialógica e expositiva. A catequese se comunica a partir dos códigos do transmissor, sua língua e seus costumes, importando e enraizando valores. A evangelização se dá com a utilização dos códigos do receptor, sua língua, cultura e ambiente, respeitando os valores locais e contextualizando a mensagem.

A influência intencional do movimento missionário evangélico orientado pela AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras) possui alvos de forte colaboração com a preservação cultural, social e lingüística das sociedades indígenas de nosso País, tais como:

- Contribuir para que o indígena valorize e permaneça em sua própria terra natal (sua homeland), evitando migrações tempestivas e com conseqüência social negativa para a beira dos grandes rios, centros em urbanização ou urbanizados.

- Colaborar para que haja um bom programa de educação na própria língua materna, valorizando-a e possibilitando que seus fatos históricos e sociais sejam por eles registrados, preservados e transmitidos perante este contexto de rápida influência social externa que, não raramente, invalida o valor da língua materna para um grupo.

- Colaborar para que haja programas em áreas vitais, como a saúde, que responda às necessidades essenciais dos grupos indígenas.

- Contribuir para que, em processos já em andamento de integração com a sociedade não indígena, colaborar com os mecanismos de valorização étnica, cultural e lingüística, a fim de que o grupo não seja diluído perante a sociedade maior. Também colaborar com o grupo em sua busca por uma convivência digna com outros, quando fora da sua terra natal.

Em uma observação imparcial, destituída de pressupostos discriminatórios quanto à evangelização, perceberíamos que diversas sociedades indígenas que mantêm um relacionamento mais próximo com missionários evangélicos valorizam mais sua própria cultura e língua do que no passado.

Não podemos negar que a postura antropológica brasileira, não intervencionista, é influenciada também pela culpa coletiva pelo passado, pela forma desastrosa como os indígenas foram julgados e condenados. Postura semelhante se viu na Alemanha pós-nazista que, de uma xenofobia causticante, se extremou por algum tempo nos caminhos de uma tolerância radical ao diferente, qualquer diferente, mesmo o nocivo socialmente.

Aryon Rodrigues estima que, na época da conquista, eram faladas 1.273 línguas,[3] ou seja, perdemos 85% de nossa diversidade lingüística em 500 anos. Luciana Storto chama a atenção para o Estado de Rondônia, onde 65% das línguas estão seriamente em perigo por não serem mais aprendidas pelas crianças e por terem um ínfimo número de falantes. Precisamos perceber que a perda lingüística está associada a perdas culturais complexas, como a transmissão do conhecimento, formas artísticas, tradições orais, perspectivas ontológicas e cosmológicas.

Perante tal realidade, somos levados a observar o passado e defender uma postura radicalmente não intervencionista, não dialógica, no presente. No subconsciente, talvez estejamos tentando minimizar o risco de outros erros. Porém não percebemos que essa omissão apenas há de contribuir para a ausência de soluções de subsistência, seja numérica, lingüística ou cultural, dos povos indígenas do Brasil. Não devemos evitar o diálogo, mas sim a subversão. Não devemos nos omitir da busca coletiva pela solução de conflitos, mas sim evitar a imposição em reações que não sejam autônomas. Ao participar da construção do ambiente que gera o dano, devemos também participar da busca pelas soluções.

Percebemos, assim, que:

Toda imposição é nociva e desrespeitosa. Nenhum elemento deve ser imposto a uma sociedade, seja indígena ou não indígena, sob nenhum pressuposto.

A cultura humana não é o destino do homem e sim seu meio de liberdade. É também respeito cultural conceber ao indígena o direito de realizar escolhas, voluntárias e desejadas, dentro de seu próprio bojo pessoal e social.

As motivações missionárias evangélicas para o relacionamento com as sociedades indígenas devem ser igualmente respeitadas. Motivação religiosa não deve ser confundida com imposição religiosa.

A evangelização difere-se da catequese em relação ao conteúdo, abordagem e comunicação. Cabe ao indígena mensurar o valor da evangelização, em seu ambiente e com total liberdade.

Legalidade e presença missionária entre os povos indígenas no Brasil

Percebe-se que, no Brasil, a história das relações entre missões evangélicas e o órgão oficial indigenista – FUNAI – tem sido esquecida, fenômeno que muito facilmente produz acusações falsas como a de que as missões evangélicas, que atuam em território nacional, exercem ilegalmente suas atividades em terras indígenas. Portanto, para compreender a situação presente das relações entre essas entidades e a FUNAI, faz-se necessário relembrar os respectivos eventos que se desenrolaram na década de 90, dos quais a realidade atual é legítima herdeira.

A tensão entre alguns setores da sociedade e o contingente missionário não é novidade. Muitas das entidades de apoio aos indígenas foram construídas sobre esse alicerce. Devido à inconsistência de uma política indigenista nacional, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) fica muito mais à mercê da ideologia de seu presidente em exercício, que costuma permanecer um curto período de tempo nessa posição. Assim, algumas vezes, as missões evangélicas foram recebidas como parceiras; outras vezes, rechaçadas como se fossem inimigas. Uma das últimas tensões ocorreu na década de 1990, mais precisamente no ano de 92. Naquela época, a validade de todos os convênios entre missões e FUNAI venceria no mês de março. O então presidente deste órgão oficial, Sidney Ferreira Possuelo, utilizando-se de atribuições que não lhe competiam, elaborou uma portaria que tinha como objetivo final a retirada dos missionários das áreas indígenas, sob suas próprias expensas, pois teriam que financiar a viagem de antropólogos para avaliar (leia-se: condenar) suas atividades nas aldeias. O excelentíssimo Ministro da Justiça naquele ano, o Dr. Maurício Correa, negou-se a compactuar com a trama e não assinou o maroto documento. Após as devidas considerações, o mesmo foi devolvido à FUNAI. Um pouco mais tarde, o presidente dessa instituição deixou o cargo e acusou os militares de estarem por trás de sua destituição.

O próximo presidente da FUNAI, o Sr. Dinarte Nobre de Madeiro, convencido por seus assessores imediatos, articuladores da fracassada tentativa anterior, publicou o referido documento como a Instrução Normativa nº 2 (IN 2), no dia 08 de abril de 1994, com a sua posterior publicação no D.O.U. nº 71 de 15/04/94. Assim, ele não precisou da aprovação de instâncias superiores. A reação imediata das instituições interessadas na questão indígena foi de total reprovação à IN 2. O Conselho Indigenista Missionário (CIMI), órgão ligado à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi taxativo e incisivo contra este documento, rechaçando-o e afirmando sua intenção de ignorar o mesmo por completo. A Associação Brasileira de Antropologia (ABA), surpresa com a publicação dessa instrução normativa e da IN no. 1 (que tratava do ingresso de pesquisadores em áreas indígenas) também se manifestou, redigindo nota de protesto contra ambas instruções normativas.

As agências missionárias evangélicas, através de sua representante legal, a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) também redigiu um documento contestando a elaboração e o conteúdo da IN 2. Insensível ao protesto destas entidades, o mencionado Presidente da FUNAI respondeu indelicadamente (Ofício nº 317/PRES/94, de 27/05/94) às considerações da AMTB, ao mesmo tempo em que enviava para todas as administrações regionais as informações sobre a publicação da IN 2, tanto em caráter informativo como administrativo, ordenando o cumprimento da mesma (MEMO 091/circ/cgep/94). Contudo, a IN 2 portava um cronograma e organograma que só poderia ser iniciado através da FUNAI de Brasília, retirando de suas regionais a autonomia para processá-los.

Diante da atitude do então presidente da FUNAI, nenhuma das instituições com atividades em áreas indígenas manifestou-se na direção de celebrar convênio com o órgão governamental. Nesse contexto de controvérsia, a FUNAI enviou à AMTB um ofício (OF/nº 367/PRESI/CIRC/94), no dia 23/06/94, com o seguinte conteúdo: “o prazo estabelecido para dar início ao processo de regulamentação das atividades desenvolvidas junto às sociedades indígenas será prorrogado por 30 dias. Assim sendo, a Instituição que tiver interesse em dar continuidade às ações em áreas indígenas deverá formalizar junto a esta Presidência através da solicitação oficial, dando início o processo de análise, não será concedida nova prorrogação.” As agências missionárias evangélicas, depois de terem consultado o ministro da justiça, resolveram atender as orientações da IN2, ao mesmo tempo em que entravam com um processo administrativo contra a publicação desse documento. A Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB) entregou o seu pedido para renovação de convênio no dia 20/07/94, dentro do prazo legal.

Com as agências missionárias iniciando o processo oficial de ingresso e permanência nas áreas indígenas, competia à FUNAI, a partir daquele momento, seguir os parâmetros estipulados por si mesma na IN 2. Porém, nunca houve continuidade a esse processo, por razões que só a cúpula administrativa da FUNAI poderia explicar. Diante da omissão concreta do órgão, as missões continuaram seus trabalhos que já vinham realizando, o que revela a aprovação dos indígenas sobre as atividades dessas organizações. Além disso, muitas etnias indígenas já haviam preparado abaixo-assinados a favor da continuidade do trabalho missionário em suas áreas. No entanto, a então direção da FUNAI conseguiu impedir a abertura de novos trabalhos missionários. Dessa perspectiva, a assessoria do presidente desse órgão teve sucesso parcial quanto aos objetivos finais da IN 2, que era encerrar as atividades missionárias nas aldeias. Por outro lado, na óbvia impossibilidade de anular o trabalho missionário através da IN2, a direção do órgão oficial optou por deixar o tempo transcorrer sem tomar nenhuma iniciativa para que convênios fossem celebrados. Portanto, após o advento da IN 2, não existe nenhum documento geral elaborado pela FUNAI-Brasília concedendo permissão ou promovendo proibição de ingresso de missionários nas áreas indígenas onde eles já vêm desenvolvendo suas atividades. Apesar da ambigüidade e indefinição da situação, algumas agências missionárias optaram por enviar seus relatórios anuais à FUNAI. Para todos os efeitos legais, a presença missionária nas áreas indígenas está em processo de avaliação por esse órgão governamental.

Contudo, os abaixo-assinados indígenas, aprovando o trabalho missionário em suas áreas, são documentos legalmente válidos e fundamentais a favor da oficialização das atividades missionárias em suas aldeias. O artigo 232 da Constituição Federal corrobora isso, garantindo que: “Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo.” Foi a partir dessa perspectiva que o CIMI se manifestou, registrando: “Se a comunidade aprova a nossa presença, não tem ninguém que possa nos tirar.” Na prática, a FUNAI passou a reconhecer os abaixo-assinados indígenas, principalmente nas administrações regionais (ADRs), onde a permissão do ingresso dos missionários de fato acontece.

Em resumo, as agências missionárias seguiram as orientações da IN 2 expedida pela presidência da FUNAI em 1994, ao ingressarem com pedido, em tempo hábil, de celebração de convênios. Esse órgão, aparentemente, não deu o devido valor à própria legislação que expediu. Mesmo assim, os missionários receberam abaixo-assinados de várias comunidades indígenas, solicitando sua permanência nas aldeias. Portanto, se nenhum missionário está em área indígena portando documento de permissão de ingresso emitido pela FUNAI-Brasília, existe a documentação mais importante de todo o processo de concessão de entrada nas áreas indígenas: a permissão dos próprios indígenas. Além do mais, no geral, as atividades missionárias são desenvolvidas em harmonia com as diversas ADRs ao redor do país. Em outras palavras, os missionários não estão ilegais nas aldeias, embora não estejam regulamentados pelo órgão oficial responsável pela política indígena do Brasil.

Após a gestão do Sr. Dinarte Madeiro, que durou até setembro de 95, outros dois presidentes da FUNAI, os Srs. Márcio José Brando Santilli e Júlio Marcos Germany Gaiger, dispensaram esforços para gerir adequadamente o órgão, ademais permaneceram por pouco tempo no cargo. Depois, assumiu o órgão o Dr. Sulivan Silvestre e as agências missionárias se reuniram várias vezes com o departamento jurídico da FUNAI para chegar a uma solução quanto ao problema gerado pela IN 2. Como conseqüência, uma Portaria foi rascunhada em meados de setembro de 97, visando a normatizar os convênios entre missões e FUNAI. O documento foi criteriosamente elaborado, mas recebeu críticas, inclusive da ABA, que não se fazia presente nos encontros e reclamava por não ter participado das decisões. O processo foi abruptamente interrompido com o óbito do Dr. Sullivan no trágico acidente com a aeronave da FUNAI, na cidade de Goiânia. Com esse incidente, o assunto de convênios foi protelado e caiu no esquecimento oficial. Os missionários e as comunidades indígenas brasileiras não podem ser punidos pelo tipo de dinâmica de trabalho de alguns dirigentes e assessores da FUNAI.

A Essência da Legislação Indígena Brasileira Normativa da Questão Cultural e Religiosa

Questiona-se, no meio acadêmico e jurídico, se os índios podem ou não receber outra orientação religiosa além da sua. Mesmo que em todos os demais aspectos se apregoa a liberdade aos indígenas com base no artigo 232, tenta-se restringir seus direitos quando se trata de questões religiosas e culturais. Ora nada melhor do que o conjunto de leis que regem essa questão para esclarecer isso, e, melhor ainda, começar com nossa Carta Magna:

Constituição Federal

Art. 231 - São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

A interpretação deste artigo deve harmonizar-se com os direitos fundamentais de todo cidadão brasileiro: “reconhecido” não quer dizer “obrigatório” como querem alguns.

Art. 5 - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei a proteção aos locais de culto e suas liturgias;

Comparando esses direitos com convenções internacionais, achamos harmonia com os direitos fundamentais:

Declaração Universal dos Direitos Humanos: Cláusulas XIX e XVII

Com destaque à Claúsula XVII: Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar esta religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

A Convenção número 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sancionada pelo Presidente Lula, assegura que:

Art3 # 1 - Os povos indígenas e tribais deverão gozar plenamente dos direitos humanos e liberdades fundamentais sem obstáculos nem discriminação…

Art. 7 # 1 - Os povos interessados deverão ter o direito de escolher suas próprias prioridades no que diz respeito ao processo de desenvolvimento, na medida em que ele afete as suas vidas, crenças, instituições e bem-estar espiritual bem como as terras que ocupam ou utilizam de alguma forma e de controlar, na medida do possível o seu próprio desenvolvimento econômico, social e cultural…

Art. 8 # 2 - Esses povos deverão ter o direito de conservar seus costumes e instituições próprias desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais definidos …

3 - A aplicação dos parágrafos 1 e 2 deste artigo não deverá impedir que os membros destes povos exerçam os direitos reconhecidos para todos os cidadãos do país…

4- Resta citar ainda a alínea “d” # VIII do artigo V da Convenção da ONU de 21/12/65, aprovada pelo Decreto Legislativo no. 3 de 1967 (DO 23/06/67) e promulgada pelo Decreto no. 65.810, de 1969 (DO 10/12/69; ret. 30/12/69).

Alínea “d” outros direitos civis, particularmente:

VI - Direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião.

Ademais, o desrespeito a estas leis nacionais e internacionais em nome da diferenciação de raças poderia ser enquadrado como discriminação pelos artigos 1 e 20 da Lei número: 7.716 05/01/89 reformulada pela lei 9.459 de 13/05/97.

Cremos que a lei existe para defender os inocentes e para incriminar os culpados e que devemos buscar sua proteção para o trabalho missionário.

Ações sociais coordenadas pela presença missionária

entre os Indígenas do Brasil

Determinados princípios do código de ética missionária enfatizam: “incentivar a ação e, sempre que possível, colaborar com as autoridades em prol do desenvolvimento comunitário; Tratar com igualdade todos os segmentos da comunidade como um todo, independente de serem ou não evangélicos, recusando-se a manipular decisões individuais ou comunitárias, seja por meio de bens materiais ou favores”.

Em outras palavras, as ações sociais, na ética cristã, se justificam tão somente pelas necessidades sociais. Toda inferência quanto à barganha religiosa, usando as ações sociais como moeda de troca junto aos povos do Brasil, contrapõe-se justamente ao cerne de nossos valores cristãos e missionários. Em diversas áreas indígenas, as missões evangélicas atuaram e atuam fortemente na promoção de boa saúde, educação e dignidade, sem um envolvimento direto com a evangelização. A ação social é autojustificável. A confusão entre catequese e evangelização, mais uma vez, se faz presente aqui. Enquanto a catequese ocorre de forma impositiva e coercitiva, a evangelização se dá, também, por meio de atos de amor, que motivam as ações que tentam minimizar os sofrimento humano.

Sobre nossa motivação, de fato é cristã. Enquanto ONGs humanistas atuam sem dificuldade junto aos povos indígenas em nosso país, sentimo-nos discriminados por termos, na raiz de nossa motivação, o amor de Deus por todo homem. A ação missionária tem, como motivação e centro, a postura de Jesus diante dos necessitados que lhes apresenta o evangelho e também lhes atende em suas necessidades pessoais. Com isso, o movimento missionário vislumbra minimizar os males sociais entre populações indígenas.

A história da evangelização indígena no Brasil, que remonta há mais de 100 anos, é também uma história de compromisso com áreas sociais carentes, sobretudo a saúde e educação indígenas. Os missionários, a partir de relação diária e com aprendizado da língua e cultura, nunca se furtaram a atender estas necessidades dos povos indígenas, sem nenhuma discriminação, considerando no atendimento os que se interessaram ou não pela mensagem do evangelho.

Estamos certos de que as centenas de ações sociais, sobretudo nas áreas de saúde, educação e valorização cultural, coordenadas por missionários evangélicos, tem contribuído, e muito, para o aumento populacional e melhor qualidade de vida entre as etnias indígenas em nosso país. Há dezenas de casos, como os Dâw, Wai-Wai, Nadëb e tantos outros que passaram por um verdadeiro ciclo de crescimento populacional, restauração da valorização da cultura e língua e melhoria de qualidade de vida por meio de projetos missionários durante décadas em seu meio.

Muitas línguas, com risco de extinção ou experimentando épocas de desvalorização junto ao próprio grupo, foram e são alvo de projetos linguísticos que tendem a grafá-las, produzir cartilhas de alfabetização, fomentar o seu uso e garantir sua existência para a próxima geração. Os lingüistas evangélicos atuam na produção de material de relevância para a preservação lingüística e seu uso, em meio ao próprio povo em cerca de 80 idiomas no momento. Trabalho este nem sempre reconhecido pelo segmento acadêmico, por discriminação religiosa e pela intenção de tradução da Bíblia para tais línguas.

Em 2007, as agências missionárias evangélicas promoveram mais de 50.000 atendimentos médicos e odontológicos entre as populações indígenas em nosso país, por meio de agentes de saúde permanentes ou clínicas móveis em terra indígena.

Atualmente, a Igreja evangélica tem repensado cada vez mais o seu papel como agente de transformação social. Numa visão de evangelho integral, iniciativa e projetos surgem a cada dia, por isso é natural que tais iniciativas contemplem também os povos indígenas. Lamentamos que a linha de isolamento da política indigenista seja uma barreira para que recursos humanos, materiais e de tecnologia social, oriundos dos segmentos evangélicos, possam chegar aos indígenas que, como seres humanos e brasileiros, têm direitos e necessidades.

Vale ressaltar que várias organizações missionárias, que atuam em contexto indígena nas áreas de assistência social, são certificadas pelo CNAS- Conselho Nacional de Assistência Social, como entidades sem fins lucrativos e aptas para firmar convênios de parcerias com o governo e com empresas. Infelizmente, a inexistência de convênios formais impede (m) que milhares de atendimentos realizados pelos missionários constem nos relatórios oficiais.

(*) A AMTB - Associação Missionária Transcultural Brasileira – é formada por 32 Agências Missionárias Brasileiras as quais representam mais de 50 denominações evangélicas em nosso país.

[1]. Cardoso de Oliveira, Roberto. A questão Étnica: qual a possibilidade de uma ética global? Arizpe, Lourdes (Org.). As Dimensões Culturais da Transformação Global: uma abordagem antropológica. Brasília. UNESCO, 2001.

[2]. Rouanet, Sergio Paulo. Artigo: Ética e antropóloga. Revista Estudos Avançados. Edição 10, set./dez 1990.

[3]. Rodrigues, Aryon. Línguas indígenas — 500 anos de descobertas e perdas.

Porque Evangelizar os Povos Indígenas?


Eliésio Marubo

Para discorrer sobre o assunto, uso minha região para responder esse questionamento.
O Vale do Javari é uma região onde mais morre índios no Brasil. Segundo dados publicados pelo Centro de Trabalho Indigenista“morre um índio a cada 12 dias durante os dez anos”. Com isso, vem uma pergunta natural do cristão:
Morreram conhecendo a Deus?
Do ponto de vista pessoal:

Dependendo de quem lê essa pergunta, já pode avistar uma resposta pelo “bom senso” com uma NEGATIVA. Os que percorrem o caminho da razão humana até justificam. Mas como, nós cristão, ainda não assumimos a verdade de Cristo em nossas vidas, cumprindo com o que diz a palavra dEle? “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” Marcos 16: 15-16.

Do ponto de vista hierarquico entre as organizações:
As organizações religiosas criadas por homens sob a luz da sabedoria de Deus, existem para organizar o trabalho e facilitar a pregação da palavra de dEle, ganhar vidas para Cristo e cumprir com a determinação imputada a todo cristão, como vimos em Marcos:16:15-16. Mas, uma organização humana pode ser fundada em falhas humanas. Você que lê estas linhas agora, já parou para refletir na quantidade de cristãos que existe em todo o mundo? E com essa reflexão te apresento outra pergunta. Por que não existe muito mais ceifeiros no pregando a palavra de Deus a quem ainda não o conhece? A própria palavra santa de Deus, nos responde: através de I Coríntios 12-13 “Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo.Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?” Apesar de Paulo estar falando de contendas entre irmão, esse pensamento repreensivo é tranposto para as organizações que literalmente “discutem” entre sí de quem é cada área a ser evangelizada. É como se existisse uma “demarcação” de território e que naquele território ninguém, além da organização missionária “proprietária”, pode evangelizar os perdidos, trazendo-s de volta para Cristo, cumprindo com a palavra dEle imputada a todo cristão. Está posta aí uma das dificuldades criadas por homens conhecedores da palvra de Deus, possuídores do chamado dEle, mas nem por isso pecadores e regozijadores do auto-ego.
Esse termo tão conhecido como politicagem faz com que o evangelho de Cristo não avance nos campos e com isso, doze índios continuam morrendo a cada dez dias sem conhecer a Cristo, assim como no Vale do Javari que segue afundando no caos social que impera sob nossos olhos. E certamente o direcionamento que temos nos dias de hoje, com a “propriedade” missionária que se instalou naquela região, fará com que o trabalho do Senhor não avance, assim como não avançou nas mais de cinco décadas pelo monopólio da palavra.

Quando Jesus orou pelos seus discípulos em João 17:20-21 “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” No auto da supra sabedoria santa, intervei no futuro dos seus discípulos, orou por mim nascido no meio da floresta, e por você que certamente nesceu na cidade. De forma que Ele não fazia essa distinção entre eu e você. Ele queria, e quer, que nos regozijemos nEle, e façamos disso nossa vida, evangelizando a toda criatura, independentemente da “propriedade” e que nos encontremos.

Na singularidade de minha recente conversão, faço essa reflexão na palavra do Senhor na certeza que ele vai cobrar a mim o tenho feito na obra dEle sobre a terra. Apesar da salvação não depender de obras. No entanto, faço um “check list” das minhas responsabilidades na condição de cristão, crente no senhor Jesus que deu sua vida para salvar a mim e a você. Não podemos deixar esse mundo assistindo doze mortes a cada dez dias sem ao menos permitir que esses seres humanos, filhos de Deus e irmão em Cristo conheçam a verdade.

Entendi depois de muito tempo de minha vida, que não importa onde eu vá ou o que eu faça, Deus sempre me quer na obra dEle. Ao ser resgatado pela palavra dEle, vi que quanto maior for a tarefa que Ele nos impõe, mais desafiador será o trabalho. Assim como Moisés, que Deus o expôs na peregrinação do deserto do sinai preparando-o para liderar seu povo e sair da escravidão. A escravidão aqui surge de muitas formas, basta entendermos em que cenário estamos e focalizarmos o objetivo que Ele já nos mostra.

Portanto, chamo você a refletir sobre essa necessidade dos povos indígenas no Amazonas e no Brasil, para rasgarmos os “títulos” de propriedades e prepararmos o campo para a colheita do mestre Senhor e Salvador.

*Eliesio Marubo (*Perfil do Articulista: Clique aqui.)

"A força indígena para o trabalho no Amazonas"

Movimento Político Indígena do Vale do Javari terra indígena do Vale do Javari

www.valedojavari.rg3.net



Fonte: http://www.ooutroladodamoeda.com

As Dez Maiores Tribos Indígenas Brasileiras


1. GUARANI

POPULAÇÃO - 46 566

Os guaranis "brasileiros" (também há guaranis no Paraguai e na Bolívia) dividem-se em três grupos: caiová, ñandeva e mbya. Embora eles tenham costumes comuns - como viver em grandes grupos familiares (tekoha) liderados política e religiosamente por um dos avós -, cada grupo fala um dialeto particular e tem suas peculiaridades: a poligamia, por exemplo, é proibida entre os caiovás, mas é bem aceita entre os ñandeva

2. TICUNA


POPULAÇÃO - 26 813

Os ticunas vivem em aldeias ao longo do rio Solimões, tanto no Brasil quanto no Peru e na Colômbia, e são adeptos da caça e da pesca. Os núcleos familiares são agrupados em duas "metades": clãs com nomes de aves e clãs com nomes de plantas e animais terrestres. Um índio ticuna sempre se casa com uma representante da "metade" oposta e a nova família herda os hábitos do clã do homem. A língua deles é fonal, ou seja, a entonação muda o sentido das palavras

3. CAINGANGUE

POPULAÇÃO - 25 755

Nos casamentos, os caingangues também cruzam as "metades", como os ticunas. Mas, entre os caingangues, a nova família vai morar junto ao pai da noiva. Na hierarquia das comunidades a maior autoridade é o cacique, eleito democraticamente entre os homens maiores de 15 anos. O cacique eleito indica um vice-cacique, geralmente vindo de outra "metade", com o intuito de facilitar o planejamento político, já que punições só podem ser aplicadas por indivíduos da mesma "metade"

4. MACUXI

POPULAÇÃO - 23 182

Como vivem em uma região com períodos prolongados de seca e de chuva, os macuxis alternam entre dois modos de vida bem distintos. Durante a estiagem, formam grandes aglomerações e aproveitam para caçar, pescar, criar gado, cultivar alimentos e coletar madeira e argila - algumas aldeias também garimpam ouro. Na estação chuvosa, espalham-se em pequenos grupos que vivem dos alimentos armazenados durante a seca

5. TERENA


POPULAÇÃO - 19 851

É o povo indígena mais "urbanizado": há terenas trabalhando no comércio de rua em Campo Grande, MS, e na colheita de cana-de-açúcar. Uma das justificativas para a "urbanização" é a superPOPULAÇÃO - das reservas - o excedente populacional abandona as aldeias em busca de bicos para fazendeiros ou subempregos nas cidades. Ao contrário do que rola entre os caingangues, quando os terenas se casam vão morar com o pai do noivo

6. GUAJAJARA

POPULAÇÃO - 19 524

Antigamente, os guajajaras não se fixavam em um lugar por muito tempo, mas hoje esse costume se perdeu e as aldeias, além de permanentes, podem ser grandes, com mais de 400 habitantes. A agricultura é a principal atividade econômica, mas o artesanato também é uma fonte de renda importante. Entre os produtos cultivados está a maconha, cuja comercialização ilegal gera violentos conflitos com as Polícias Militar e Federal

7. IANOMâMI

POPULAÇÃO - 16 037

A Terra Indígena Ianomâmi, encravada no meio da floresta tropical, é um importante centro de preservação de biodiversidade amazônica, constantemente ameaçado pelos garimpeiros. Os ianomâmis têm o costume de aglomerar seus membros: várias famílias vivem juntas sob o teto de grandes habitações e geralmente se casam com parentes. Assim como os sobreviventes em Lost, os ianomâmis desconfiam dos "outros" (pessoas de outra etnia, brancos ou índios)

8. XAVANTE

POPULAÇÃO - 12 848

As cerca de 70 aldeias xavantes no MT seguem a mesma configuração: casas enfileiradas em forma de semicírculo. Numa das pontas da aldeia, há uma casa reservada à reclusão de meninos de 10 a 18 anos - eles ficam ali durante cinco anos e, ao final do período, saem prontos para a vida adulta. Uma festa marca essa transição. Os xavantes costumam pintar o corpo de preto e vermelho, além de usar uma espécie de gravata de algodão nas cerimônias

9. PATAXÓ

POPULAÇÃO - 10 664

Ganharam projeção nacional em 1997 com a morte do índio Galdino, incendiado por jovens de classe alta de Brasília enquanto dormia em uma rua da capital federal. O ganha-pão principal dos pataxós é o artesanato, com peças que misturam madeira, sementes, penas, barro e cipó. Nas festas, eles costumam dançar o típico auê, servir o mukussuy - peixe assado em folhas de palmeira - e o tradicional kauím - uma espécie de vinho de mandioca

10. POTIGUARA

POPULAÇÃO - 10 036

Os potiguaras são de origem tupi-guarani, mas hoje se comunicam em bom (e não tão claro) português mesmo. Eles costumam se referir aos não-índios como "particulares" e quase toda aldeia tem uma igreja católica e um santo padroeiro. O nome do povo significa "comedores de camarão", porque, além de tirarem o sustento de atividades agrícolas, caça, pesca e extrativismo vegetal, são grandes coletores de crustáceos e moluscos



FONTE: http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/pergunta_287713.shtml , em 10/08/2010.

SEMINÁRIO "O SACRIFÍCIO MISSIONÁRIO"


O Seminário "O Sacrifício Missionário" é um curso realizado presencialmente em quatro palestras. Agora, o mesmo está disponível à distância (o material é enviado por e-mail).

O Seminário aborda os seguintes temas:

1. O Preparo Missionário.
2. O Envio e o cuidado do missionário.
3. O Sustento Financeiro, Um Sacrifício Missionário.
4. A Oração é a Chave Para a Obra Missionária.

Totalmente gratuito!

SOLICITE O SEU CURSO: lucianolandim@hotmail.com

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Brasil é a segunda maior "força missionária" do mundo


Na década de 1980, o Brasil passou a ser chamado de “celeiro de missões” por estudiosos que percebiam o potencial do país. Juntamente com outras nações emergentes, foi chamado de NPE (Novo País Enviador) juntamente com países como Coreia do Sul, Cingapura e Filipinas. De acordo com Todd Johnson, diretor do Centro para o Estudo do Cristianismo Global do Seminário Teológico Gordon-Conwell, que estuda o avanço do cristianismo, o Brasil já se tornou o segundo país que mais envia missionários para o exterior. Dos 400.000 missionários globais enviados para países estrangeiros em 2010, o Brasil enviou 34.000. Ficou apenas atrás dos Estados Unidos, que enviou 127.000. As estatísticas foram apresentadas por Todd Johnson este mês. Curiosamente, apesar de os Estados Unidos serem o país que mais envia missionários ao exterior, também é o país que mais recebe missionários estrangeiros. Cerca de 32.400 obreiros cristãos foram enviados para lá e a maioria veio justamente do Brasil.

O crescimento no envolvimento missionário do Brasil está relacionado com a “explosão” dos evangélicos nos últimos 30 anos. O país tem a segunda maior população protestante do mundo. Também abriga um grande número de organizações missionárias. A maior atualmente é a JOCUM (Jovens Com Uma Missão) que tem 16.000 missionários trabalhando em cerca de 150 países. A história missionária moderna começou na Inglaterra, em 1972, quando William Carrey foi para a Índia. Duas décadas depois, Adoniram Judson e sua esposa Ann Hasseltine Judson chegaram a Mianmar (antiga Birmânia). No Brasil, os primeiros missionários enviados para o exterior foram para Portugal, cerca de 100 anos atrás.

De acordo com Dana Robert, autor do livro “Missão cristã: Como o cristianismo se tornou uma religião mundial”, até o ano 2000 cerca de dois terços dos cristãos eram originários de países onde os missionários ocidentais trabalharam um século antes. Robert acrescentou que nas últimas décadas houve uma explosão de interesse no trabalho missionário entre os cristãos da Ásia, África e América Latina. O autor acredita que o trabalho voluntário missionário aumentou devido à globalização das comunicações e transportes, e através do que agora pode ser feito pela Internet. “Hoje, alguém sentado em casa com um computador e conexão à Internet pode praticamente se definir como missionário”, disse Robert.

Fonte: Com informações Christian Post
Via: Igreja Anglicana

http://www.dar.org.br/noticias/1-ultimas/3249-brasil-e-a-segunda-maior-forca-missionaria-do-mundo.html

sábado, 14 de abril de 2012

Oração de um missionário africano


Senhor nosso Deus e Pai, inclina os teus ouvidos ao nosso clamor, e dirija os teus olhos sobre nós.

Os nossos ancestrais, pais, povos desde o princípio e até hoje estão constantemente pecando contra Ti, mas neste momento pedimos um breve instante da Tua atenção, pois a nossa alma está triste até a morte.

O mundo nos esqueceu!!!

Tenha misericórdia de nós Senhor, pois estamos fartos do desprezo, da arrogância e do egoísmo daqueles que dizem serem Teus verdadeiros filhos!!!

Eles nos dizem que o sol que criastes se levanta sobre justos e injustos, no entanto, nós não temos visto este sol brilhar sobre nós.

Dizem que a Tua ira dura pouco tempo e Tua misericórdia dura para sempre, mas até agora não temos visto a Tua misericórdia.

Dizem que o Senhor é dono do ouro e da prata, mas até então estamos como o lixo desta terra.

Dizem que pelo sangue do Teu Amado Filho nós que antes estávamos longe, agora nos achegamos a Ti e somos co-herdeiros de Cristo, mas até agora isso parece ser um sonho que nunca se realiza.

Dizem que somos unidos em um só corpo e fazemos parte de uma única família, mas quando passamos fome ninguém nos acolhe.

Dizem sobre tudo, que o Senhor voltará na Tua glória quando todos os povos já tiverem a Tua Palavra, mas ainda muitos de nós nem conhecem o Nome Santo do Teu Filho. Como então alcançaremos o Teu Reino? Senhor, quem nos pregará a Tua Palavra, quem? Senhor, responda-nos porque nossa angústia é grande, Tu sabes muito bem, temos urgência, muitos dos nossos se foram e milhares estão morrendo sem conhecer o Senhor.
Dizem enfim que o Senhor tudo pode e nenhum dos teus planos pode ser impedido, então se nós fazemos parte dos Teus planos, queremos te ver, te conhecer e parar de sonhar. Queremos sim, um Deus real, tão real quanto o nosso estado miserável. Tenha misericórdia de nós Senhor porque ainda cremos em Ti.

Pr. Fêlix Baroan

Obs: Saudoso missionário originário da Costa do Marfim – África).

quinta-feira, 12 de abril de 2012

João Calvino - uma breve biografia


Jean Cauvin, mais conhecido por nós como João Calvino, nasceu em Noyon, França, em 10 de Julho de 1509. Aos 14 anos foi estudar em Paris preparando-se para entrar na universidade. Estudou gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música. Em 1523 foi estudar no famoso Colégio Montaigu.

Em 1528, com 19 anos, iniciou seus estudos em Direito e, depois, em Literatura. Em 1532 escreveu seu primeiro livro, um comentário à obra De Clementia de Sêneca. Em 1533, na reabertura da Universidade de Paris, escreveu um discurso atacando a teologia dos escolásticos e foi perseguido. Possivelmente foi neste período 1533-34 que Calvino foi convertido pelo Senhor, por influência de seu primo Robert Olivétan.

Em 1536, a caminho de Estrasburgo, encontrou uma estrada obstruída, o que o fez passar a noite em Genebra. Como sua fama já o precedia, Farel o encontrou e o convenceu a permanecer em Genebra para implantarem a Reforma Protestante naquela cidade. Começou a escrever a obra magna da Reforma – As Institutas da Religião Cristã. Em 1538 foi expulso de Genebra e viajou para Estrasburgo, onde trabalhou como pastor e professor. Casou-se com uma viúva anabatista chamada Idelette de Bure. Em 1541 foi convidado a voltar a Genebra. Em 1559 escreveu a edição final das Institutas e, no decorrer de seus poucos anos de vida, escreveu tratados, centenas de cartas, e comentários sobre quase todos os livros da Bíblia.

Em 27 de Maio de 1564, com 55 anos de idade, foi ao encontro do Senhor. O grande Teológo da Reforma, usado por Deus, influenciou o mundo com seus escritos. Sua piedade e dedicação ao estudo da Palavra são inspiradores.

Seminário Presbiteriano JMC
www.seminariojmc.br

http://www.teuministerio.com.br/BRSPIGBSDCMCMC/vsItemDisplay.dsp&objectID=CE33FAFD-826F-43B5-A8F811EF5D65CE5F&method=display

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O SENHOR DA GLÓRIA


Entendo que muitos líderes religiosos que se intitulam cristãos vêm mudando a glória de Deus, e ensinando de forma incorreta o caminho da graça aos seus discípulos. A verdade bíblica virou promessa de político: “Se você aceitar a Cristo, todos os seus problemas serão resolvidos, automaticamente”. Com timidez e acanhamento para pregar o evangelho, a igreja corre ao risco de perder seu impacto sobre a sociedade, causando um dano enorme em nossa geração. Portanto, precisamos centrar o foco da proclamação pura e genuína do evangelho e no combate ao pecado interno da egolatria. Precisamos de uma igreja concentrada nas Escrituras, que honra e serve a Deus. Nós não precisamos de artistas, mas de servos de Deus chamados para anunciar a glória do Senhor. Somos sal, que não aparece, mas que dá sabor. Somos pecadores salvos pela graça de Deus, não pelas obras para que não nos gloriemos: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8,9). Mas porque Deus determinou salvar aqueles que creem nEle. Graça que pode alcançar qualquer pessoa. Entretanto, se alguém se achega a Deus com base em alguma suposta sabedoria, obra, riqueza ou poder, tal pessoa é fundamentalmente rejeitada. A razão da predestinação (escolha) de Deus é sobremodo importante. Ele escolhe os seus “a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1Co 1.29). Deus não divide a sua glória com ninguém: “A minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Is 42.8). “Por amor de mim, por amor de mim, é que faço isto; porque como seria profanado o meu nome? A minha glória, não a dou a outrem” (Is 48.11). Não devemos nos gloriar em nós mesmos, mas: “O que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado” (Jr 9.24). Ou seja, devemos nos gloriar em Deus: “... Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1Co 1.31).

Pela graça de Deus, confiamos, descansamos e entregamo-nos a Ele. Que é o centro de nossas vidas, é a nossa rocha, a nossa âncora, a nossa confiança. Assim, Deus, o Senhor da glória, repele silenciosa e eficientemente, a sabedoria, a soberba e egolatria da sociedade sem Deus. Precisamos de mais pessoas que façam coisas obedecendo a Deus e menos pessoas favorecendo o homem.

Soli Deo Gloria!

Nos laços do Calvário que nos une,
Rev. Luciano Paes Landim.

A oração realiza grandes coisas - um testemunho do poder da oração

21 abr 2011 Oriente Médio

“A oração realiza grandes coisas. Algumas vezes, quando oramos, não enxergamos o resultado de nossa oração. Outras vezes, você vai ouvir que a reunião de oração da qual participou foi diretamente usada pelo Senhor, e que um dos nossos irmãos foi abençoado no exato momento em que você intercedeu por ele”, afirma Michael, um dos colaboradores do Oriente Médio.

Ele continua: “Nadia, por exemplo, passou alguns meses na prisão apenas por ser cristã. Um de nossos colaboradores se encontrou com ela e Nadia contou sua história. Em uma ocasião, ela disse para os oficiais da prisão que não daria nenhuma informação sobre as pessoas que ela conhecia ou sobre seu marido; apenas falaria sobre si mesma. Isso fez com que ela ficasse em uma solitária por 4 dias. Essa cela mede 2m x 3m. “Fazia muito frio lá”, ela conta. “E não havia banheiro, nem nada disso. Em certo momento, estava com muito frio e a experiência foi muito difícil. De repente, senti uma brisa quente soprando em meu rosto; tão quente que quando respirei fundo e o ar entrou em meus pulmões, comecei a tossir”.

Ela não tinha ideia de onde aquele calor vinha e, ao mesmo tempo, estava muito feliz. Essa sensação de alegria a invadiu de tal forma que Nadia começou a dançar na cela. Ela estava confusa. Ela se perguntava como conseguia sentir calor em um lugar frio como aquele? “Então, eu ouvi uma voz”, ela enfatiza que não era uma voz interna, e sim audível, “como se alguém dentro da cela estivesse dizendo: ‘Isso é porque pessoas estão orando por você. Esse é o espírito de alegria que está sobre você’”.

Tempos depois, quando foi solta, Nadia compartilhou sua experiência na cela da prisão com a sua irmã. Quando ela contou quando o fato havia ocorrido, sua irmã disse que era a hora e o dia exatos em que 32 cristãos se encontraram para orar por ela. Dois cristãos foram para outro lugar para representar Nadia e outro cristão que estava preso, enquanto os outros 30 irmãos se reuniram para pedir a Deus que os confortasse e enviasse seu espírito de alegria sobre eles.

Michael encerra o relato dizendo: “O testemunho foi de grande encorajamento para esse grupo de oração, e para todos os outros que dobram os seus joelhos para orar por cristãos em situação semelhante”.

Fonte: Portas Abertas

Tradução: Deborah Stafussi


http://www.portasabertas.org.br/noticias/testemunhos/2011/04/noticia7046/

Pais e extremistas islâmicos surram jovem cristã, na Índia

26 mar 2012 Índia

Rekha Khatoon, uma jovem de 22 anos, foi expulsa de casa por testemunhar ter sido curada por Jesus, em um vilarejo predominantemente muçulmano no estado de Bengala Ocidental, na Índia. Seus pais ajudaram os extremistas a surrá-la, até quase perder a consciência.

O ataque a Rekha Khatoon, ocorreu em Nutangram, Murshidabad, onde muçulmanos extremistas ameaçaram matar 25 famílias que inicialmente demonstraram interesse por Cristo, das quais somente cinco, assustadas, permaneceram.

“Eu disse com ousadia àqueles que me surraram que posso deixar meus pais, mas não deixarei Jesus, disse Rekha. Jesus me curou e não posso esquecê-lo”.

Rekha estava voltando de um culto da Igreja dos Crentes, no Salão de Al Hamdulilah, quando seus pais e os extremistas a atacaram, disse ela. Eles a chamaram de pagã, entre outras ofensas. A multidão também insultou a cristã que encorajou Rekha a confiar em Jesus como Senhor, Aimazan Bibi, disse Bashir Pal, pastor e fundador da Igreja dos Crentes.

"Na mesma noite, o pai de Rekha, Nistar Shaike, e cerca de 20 radicais muçulmanos cercaram a casa de Aimazan, gritaram slogans anticristãos, ameaçaram fazer mal a ela e a sua família e a acusaram falsamente de ‘persuadir’ Rekha a se converter ao cristianismo", contou o Pastor Bashir à Compass Direct News.

Após se ver só em uma estrada, depois da surra, Rekha se refugiou no lar de Aimazan Bibi. Rekha conheceu Amaizan Bibi no ano passado e lhe contou sobre sua doença no aparelho reprodutor que a fazia sangrar muito e a mulher idosa compartilhou com ela do Evangelho de Cristo e de Seu poder curador, disse o Pastor Bashir.

“Após Rekha saber de sua doença, ela conheceu um dos membros de nossa igreja, Aimazan Bibi, e compartilhou de seu problema físico com ela, contando-lhe que sua doença estava ficando pior, por ela não poder comprar mais remédios”, disse ele.
Aimazan também convidou Rekha para frequentar a igreja. Em 23 de outubro, Rekha veio ao local de culto, onde mulheres cristãs lhe impuseram as mãos, disse ele. O pastor e a congregação pediram a Deus, em o nome de Jesus pela cura de Rekha.

“Ela recebeu a cura de Cristo e, desde então, passou a frequentar os cultos sempre que podia”, disse o Pastor Bashir. “Em 17 de janeiro, Rekha compareceu a uma reunião da igreja doméstica em seu vilarejo e, mais uma vez, testemunhou que Jesus a curara, e que ela não havia tomado nenhum remédio desde 23 de dezembro”.

Ele disse que os extremistas muçulmanos alertaram Rekha para não ter contato com os cristãos. Ao saber que ela estava frequentando cultos cristãos, seus pais a avisaram para não se relacionar com cristãos e não participar de suas reuniões, disse Aimazan Bibi.

“Entretanto, ela lhes disse que não podia esquecer Jesus, nem Seu amor por ela”, disse.

A esposa do Pastor Bashir, Anasea Pal, enfermeira, acrescentou que, em outra reunião da igreja doméstica, Rekha trouxe sua irmã e testemunhou sobre a cura que recebera. Rekha, desde então, se mudou para outro local, onde vive confinada a maior parte do tempo, para sua proteção.

Rekha e sua mãe já tinham frequentado cultos na igreja anteriormente. Isto foi em 2009 até que muçulmanos da região, furiosos em ouvir que várias mulheres estavam frequentando os cultos, avisaram-nas para cessar todos os contatos com cristãos ou sofreriam as consequências. A mesquita da região, então, ofereceu à mãe de Rekha um emprego de levar comida para o líder islâmico local para assegurar-se de que ela não teria mais contatos com cristãos. Ela também impediu que Rekha frequentasse as reuniões cristãs.

As tensões predominam na região, com radicais muçulmanos furiosos ameaçando causar danos às cinco famílias cristãs sob qualquer pretexto. Além de assediar Aimazan Bibi, os extremistas arruinaram o negócio de seu filho, Sirajul Shaike, jogando fora todos os seus vegetais e perseguindo-o fora do mercado do vilarejo.
“Está muito difícil para eles agora, uma vez que vender vegetais é a principal fonte de renda da família”, disse o Pastor Bashir.

Os cristãos de Nutangram têm suportado todo o tipo de tortura física e boicote social nas mãos dos extremistas, disse o Pastor, acrescentando que eles não permitem mais, a entrada de cristãos no vilarejo.

Fonte: Compass Direct

Tradução: Getúlio Cidade


http://www.portasabertas.org.br/noticias/2012/03/1461626/

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Quem foi David Wilkerson?


Extraído do link: http://renatovargens.blogspot.com.br/search/label/David%20Wilkerson

David Wilkerson foi o fundador e presidente do “Desafio Jovem”, que é uma organização sem fins lucrativos; fundada em 22 de Setembro de 1971. Reverendo Wilkerson é autor de trinta livros de sua inspiração, visando o ministério para viciado em drogas, jovens e membros de gangues em Manhattan, no Bronx, e no Brooklyn. Sua história é contada na Cruz e o Punhal, um livro que bateu o recorde de venda. (A história tem sido lida aproximadamente por 50 milhões de pessoas em trinta línguas e 150 países desde 1963. Em 1969, o filme do mesmo título foi lançado e ainda é visto por milhares de pessoas).

Em quatro décadas de ministério evangelístico do Reverendo Wilkerson, que inclui: pregação, ensino e a autoria de vários livros, tem sido possível alcançar um número significativo de pessoas em todo o mundo. Durante todo esse tempo, tem-se também preservado uma das características fundamentais deste trabalho, que assistir aos mais carentes e necessitados entre a população, isto através de grande uma mobilização evangelística-social, cujo um dos objetivos é reintegrar os marginalizados à sociedade, proporcionado-lhe uma nova vida em Jesus Cristo. Até mesmo agora, aos 72 anos de idade, ele sai às ruas de Nova Iorque acompanhado de um assistente. Nessas ocasiões, ele também visita o Broadway e Oitava Avenida, evangelizando os transeuntes. Sua missão está sempre procurando o perdido, o desorientado e o derrotado, para pregar a eles sobre o Cristo vivo.

David Wilkerson, nascido em Indiana, no ano de 1931, casou-se em 1953 com Gwen Carosso. Teve dois filhos que são ministros e suas duas filhas são casadas. Eles têm 11 netos. Os Wilkersons vinham servindo ao Senhor na Pensilvânia, até que o Reverendo Wilkerson viu uma fotografia em uma revista sobre violência urbana, que mostrava vários adolescentes da Cidade de Nova Iorque assassinados. Movido pela compaixão, ele foi à cidade em fevereiro 1959. Foi assim que ele começou seu ministério de rua. Depois atuou como escritor, visando alcançar os chamados: "desesperados, confundidos e violentos nas ruas e do submundo".

Naquele ano, o Reverendo Wilkerson encontrava um desafio no seu ministério: eram os adolescentes do Brooklyn, Nova Iorque, mas ele, enfim alcançou a juventude e adultos com problemas globais através de seus 490 centros de reabilitação social. Estes são ministérios de recuperação baseados em um programa para viciados em drogas, os quais têm sido reconhecidos como os maiores centros de recuperação do mundo. Um estudo do Instituto Nacional do Governo dos Estados Unidos de Uso de Droga comprovou a recuperação através do Desafio, de Adolescentes e jovens na marca de 86%.

A Cruzada da Juventude do David Wilkerson, originada em 1967, dando início a um ministério evangelístico, caracterizado por esforços do Reverendo Wilkerson para alcançar os adolescentes e crianças que foram abandonadas, para prevenir que eles caminhem para uma vida de escravidão nas drogas, álcool ou na violência. Através deste ministério, CURA (Centro Urbano de Recuperação de Adolescentes) tem-se recuperado muitas vidas preciosas. O CURA foi um esforço para realizar o idealismo e o sacrifício de muitas pessoas, jovens e cristãos que souberam sobre este trabalho de paz, e desejavam ajudar os necessitados.

Em 1971, o ministério se expandiu, e o Reverendo Wilkerson, movido por uma chama missionária, saiu do Texas, sede de seu ministério e do Desafio Jovem, para uma Missão específica de transmitir a eterna mensagem de Cristo através dos seminários para um público cristão, com objetivo de prepará-los para a tarefa de resgatar outras vidas para Cristo. O Desafio Jovem serve como um ponto de partida para cruzadas do Reverendo Wilkerson, conferências dos ministros, livros e produção de vídeo, escolas bíblicas, evangelismo de rua, distribuição de literatura, investimentos em programas antidroga.

Ele continua como presidente do Desafio Jovem, ministrando palestras para centenas de milhares de pessoas que, regularmente, têm recebido cópias dos sermões e notícias do ministério. O Reverendo Wilkerson, pessoalmente, lê os pedidos de oração, auxiliado pela sua esposa Gwen, que o ajuda a ler as milhares de correspondências, que chegam mensalmente. Responde as cartas e intercede pelas necessidades nelas expressas, levando-as a Deus em oração.

Em 1986, o coração do Reverendo Wilkerson se moveu outra vez para levantar um ministério nos Tempos Squares. Ele chorou pedindo a Deus para fazer alguma coisa, e em um dia, pela manhã, sentiu o Senhor falando ao seu coração: "Você sabe que eu amo essa cidade". Naquele momento, a igreja “Time Square” foi idealizada. A igreja foi inaugurada em outubro 1987 e, desde então, está com as suas portas abertas. Primeiro em um auditório alugado e depois no Teatro do Hellinger, que o ministério adquiriu em 1989. A igreja está localizada no coração do Distrito de Manhattan. O teatro é belo, em contraste à pobreza e necessidades dominantes daquela área. E a congregação é composta de 8.000 pessoas, da Cidade de Nova Iorque: entre doutores, estudantes, professores, advogados, viciados e os desabrigados, enfim todas as classes.

LANÇAMENTO DA REVISTA MISSIONÁRIA “MISSIO DEI”

Estamos no mês de aniversário da Missão SAEM. No dia 21 de abril, comemoraremos 18 anos de existência da Sociedade de Apoio Evangelístico e ...