quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Mercantilização das Igrejas



"Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus." (2Co 2.17)

Muitas igrejas têm trocado o modelo comunidade pelo molde empresarial. Estão buscando executivos da fé, enquanto as igrejas precisam de pastores. Ou seja, estão buscando profissionais nas áreas de Administração de Empresas, Contabilidade, Direito, Gestão de Pessoas, Psicologia, Filosofia, Sociologia e Antropologia, enquanto o rebanho necessita urgentemente de pastores que conheçam profundamente a Bíblia.

Infelizmente, muitos pastores vestiram suas igrejas com padrões seculares e empresariais de administração. Quando um pastor faz isso é porque vendeu a sua alma. O fato é que estruturas empresariais não produzem comunidades. Pois, as pessoas sentem-se usadas e esgotadas pelas empresas, não nutridas por elas. Assim, incontáveis são os perigos e ameaças proporcionados pela secularização e mercantilização das igrejas.

O padrão empresarial ressalta programas, produtos, tarefas, ocupações, domínio, controle, benefícios e vantagens, prerrogativas, dinheiro, emprego, profissão, encargos, produção, obras, sistemas de organização, regras, normas e regulamentos, gerenciamento, concorrência, produtividade, lucros, números e estatísticas, promoção, agenciamento, marketing, propaganda, exigências e cronogramas. Enquanto a igreja (modelo comunitário) é absolutamente contrária ao empresarial, pois realça a glória de Deus, a edificação da igreja e a salvação dos perdidos. Isto significa que nossas igrejas devem cuidar das pessoas, terem senso de propósito, capacitação, graça, missão, exortação, providência, salvação, discipulado, investimento em vidas, misericórdia, crescimento pessoal, ternura, relacionamentos (não simplesmente eventos), amizade, convívio e organismo (não meramente organização).

O alvo da igreja não pode e não deve ser o lucro financeiro. A igreja não pode ser entendida e conduzida como um comércio. Igreja não é empresa, por isso não pode ser regida como tal. Igreja não é lugar de lucro, não é secular. Na igreja do Senhor não há lugar para executivos da fé. Igreja é uma instituição sem fins lucrativos. A missão da igreja é adorar ao Senhor e proclamar o Evangelho para a glória de Deus!

Assim, o pastor ao contrário do executivo da fé, prioriza relacionamentos, alenta e anima o rebanho, trabalha para o crescimento das pessoas, pautando-se pelos princípios bíblicos aprofundados na identidade e caráter de Cristo como o Pastor, com o intento último da concretização espiritual e uma absoluta dependência em Deus.

Nos laços do Calvário que nos une,
Rev. Luciano Paes Landim.

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