quinta-feira, 7 de março de 2013

Autoajuda, Bibliomancia e Horóscopo Gospel



Lamentavelmente, temos visto o desprezo de muitos no que refere à meditação das Escrituras. Vivemos dias difíceis em que muitos abandonaram o estudo da Palavra de Deus. Há pesquisas que denunciam 86% de evangélicos brasileiros que nunca leram a Bíblia inteira nenhuma vez e 50,68% dos pastores e líderes brasileiros que nunca leram por inteiro o Livro de Deus pelo menos uma vez. 80% dos pastores da nossa nação só leem a Bíblia quando vão preparar sermões, afirmam pesquisas.

Tão terrível quanto não ler a Bíblia é tratar o Livro de Deus como palavras de autoajuda, horóscopo gospel e o que chamo de bibliomancia. A Palavra de Deus não é uma receita de palavras de auto aceitação e de autoajuda. Ela não fala de autoajuda, mas de ajuda do alto. A ênfase dela não está no homem, mas em Deus. Deus é quem nos aceita (os eleitos) por sua infinita graça. Vermos a Palavra de Deus como um livro de autoajuda só contriburá com uma visão distorcida do Eterno, fazendo de Deus um ser apequenado, cujo propósito de existência é satisfazer os caprichos humanos.

A Bíblia também não é um método de adivinhação onde tiramos uma pequena porção da mesma e nos dirigimos. Pelo contrário, as Escrituras devem ser lidas por completas, não através de porções, e deve nos guiar por inteiro. Não somos nós que nos guiamos, porém, é Deus quem nos guia. A ideia de ler a Bíblia através da “caixinha de promessas” onde são selecionados apenas versículos coniventes ao leitor, deve ser rejeitada completamente. As Escrituras devem ser lidas por completas. Devemos ler toda a Escritura e não somente aquilo que nós consideramos como conveniente.

A Bíblia também não é um amuleto. Não adianta colocarmos a Bíblia aberta no Salmo 23 ou 91 em cima da nossa estante. A Bíblia tem de estar em nossa mente e coração. Ela não é um talismã que vai atrair todo mal da nossa casa para ela e nos trazer sorte. Há uma diferença enorme e fundamental entre a fé bíblica e as crendices supersticiosas. Cristianismo não é animismo. Para o cristão não existe sorte nem azar, mas providência divina, plano de Deus.

A Bíblia também não é um livro mágico ou “psicografado” pelo Espírito Santo. Ela é a revelação escrita, inspirada, inerrante, autoritativa e suficiente Palavra de Deus: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3.16).

Portanto, digo: abandonemos o paganismo e façamos da Bíblia, mas toda Ela, a nossa meditação dia e noite. Pratiquemos a Palavra de Deus com toda a nossa força. Preguemos o Evangelho aos perdidos e vivamos para a glória de Deus.

Nos laços do Calvário que nos une
Luciano Paes Landim.

2 comentários:

  1. Caro irmão, creio que o texto levanta um outro problema para aqueles que creêm que o tão esperado avivamento brasileiro se dará no nível de um mínimo de conhecimento da Palavra de Deus pela grande maioria do povo cristão. A realidade escancarada no teu texto a respeito da pouca dedicação à leitura inclusive por parte da liderança, leva-me a crer que o momento seja mais propício para o "avivamento" daqueles que comungam com o movimento do reteté.
    #triste realidade.

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    1. Paz em Cristo irmão Célio!

      Grande parte da igreja brasileira alcançou crescimento quilomêtrico, todavia, tem se acomodado na superficialidade espiritual e bíblica. Ou seja, o crescimento em expansão é de 10000 km, mas o o crescimento em profundidade é de 2 cm. Tudo isso é consequência do analfabetismo bíblico em nossas igrejas.

      Portanto, digo: Voltemos ao Evangelho puro e simples. Confessemos as Escrituras como nossa única regra de fé e prática. A Bíblia é fonte do verdadeiro avivamento.

      Nos laços do Calvário que nos une,
      Luciano.

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Comentários:

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